Como era a semana da mãe trabalhar até noite, fui
lanchar ao trabalho dela para vê-la. Tive com o Miguel (o meu irmão) e depois
ás 6 horas da tarde, vi embora para casa. Fomos a casa da avó e eu fui trocar
de roupa.
Vesti um vestido preto, com um decote em V á frente e
atrás. Tinha uns brilhantes quadrados que estavam pregados ao vestido, mais
precisamente, no decote da frente. Levei uns sapatos de salto alto e o cabelo
solto. Meti o colar que Rodrigo me oferecera e um par de brincos, em forma de
asas. Por fim, coloquei o meu perfume preferido e pedi ao pai para me levar até
á festa.
Quando cheguei, tinha Rodrigo á minha espera. Tinha
umas calças pretas, que lhe realçavam as pernas grossas e bonitas; e tinha uma
camisa branca com umas ondas pretas bordadas. O cabelo estava despenteado e
tinha posto perfume. Era o perfume que eu mais gostava!
Assim que me viu, ficou muito alegre e sorriu-me. O
meu pai avisou-o do que lhe aconteceria,
se algo me acontece-se. Ele ficou preocupado, mas quando o meu pai se foi
embora, ele descontraiu. Disse-lhe para não se preocupar e foi o que ele fez.
Tudo correu bem, a malta adorou a festa e a visita
guiada pela casa. Mas quando chegou as 22 horas, as horas em que eles nasceram,
ocorreu uma mudança. Ficou mais quente e a lua pareceu ficar laranja, como se
também festeja-se os anos deles.
No entanto, essa não foi a única mudança. Tal como no
sonho, Erik foi á mesa da comida e Aurora gritou por ele. Depois aconteceu
tudo, como eu tinha sonhado. Ele acabou com ele, ele ficou triste, mas
entendeu. Ele foi-se embora e Erik voltara a odiar-nos por achar que a culpa
era nossa, por a Aurora ter acabado com ele.
Depois de passar as 22 horas, voltou tudo a ficar como
estava, excepto Erik e Aurora. Erik saiu da festa e não voltou a aparecer.
Apesar de eu e Rodrigo não termos culpa, eu senti-a que podia ter dito a Erik
que isto iria acontecer. A Nessa também tinha ido, e viu como eu estava e
disse:
- Vocês não tem
culpa. Ninguém previa isto acontecer.
- Não é
verdade. Eu sabia. - Disse-lhe.
- Como? -
Perguntou-me Rodrigo, e respondendo logo a seguir. - Os sonho. Sonhas-te que
isto ia acontecer. Foi isso?
- Sim. Eu podia
ter-lhe dito.
- Mas o mal já
está feito, por isso, não te lamentes mais com o assunto. - Disse Aaron, que
estava ao lado da Nessa.
- Tens razão.
Vou tentar não pensar no assunto.
- Assim é que
se fala. - Disse a Nessa.
Depois da festa acabar e de todos se terem ido embora.
Eu e Rodrigo fomos passear pelo jardim, até cerejeira. Ficamos lá a conversar e
a namorar, enquanto o meu pai não aparecia para me vir buscar. Sentados na
relva, voltei a pensar no assunto de Erik e Aurora.
- Não penses
nisso.
- É difícil não
pensar, quando sabes que podias ter evitado.
- Não sabes se
podia ter resultado ou não, por isso, não podes pensar se podias ter feito
alguma coisa ou não. Ok?
- Não sei se
sou capaz.
- Claro que és
capaz. Basta pensares noutra coisa e já esqueces-te o assunto.
- Talvez
resulte. - Pensei noutra coisa e aquilo que me veio ao pensamento, foi o dia em
que conheci-o e nós nos beijamos no sofá. - Oh! Resulta!
- Que
pensas-te?
- Não te posso
dizer. - Disse-lhe no gozo.
- Porquê?
- Porque se te
disser, ficas todo exaltado.
- A sério?
- Sim.
De repente, ele beijou-me. Foi um beijo tão apaixonado
que não soube o que fazia. Quando, voltei a ganhar controle sobre mim, já
estava sentada ao colo dele e de frente para ele. Acho que ele também ficou
surpreendido, mas não se queixou.
O vestido tinha subido dos joelhos, até quase ás
ancas. Ele meteu uma mão nas minhas costas e a outra na minha perna esquerda.
Agarrei-o e beijei-o. Ele correspondeu com beijos mais fortes e esfomeados.
A mão que estava na perna, subia e descia, conforme os
beijos. Ele desceu os beijos, e começou a beijar-me o pescoço e os ombros. Era
bom e de perder o controle. Eram beijos muito quentes, pois quando ele me
beijava, eu sentia-me em chamas. Mas ...
- Cris! -
Gritou o meu pai.
- Merda!
Saltei do colo dele e tentei arranjar-me, de maneira a
não se perceber o que estávamos a fazer. O meu pai apareceu. Fingimos que
Rodrigo me ajudava com o cabelo, e correu bem.
Fui embora e nunca esqueci o resto da noite o que
aconteceu, entre mim e Rodrigo. A partir desse dia tivemos mais cuidado com os
beijos apaixonados, principalmente os beijos de grande intensidade.
No resto do mês passou e chegaram as férias de Natal.
Rodrigo oferecera-me uma rosa de cristal, muito bonita e que estava a familia á
vários anos. As férias foram muito curtas, por isso, depressa voltamos para a
escola.
Os meses sucederam-se muito rapidamente, e num
instante estávamos em Junho com um calor de morrer e com roupas de Verão.
Fiquei preocupada com Rodrigo por causa do sol, mas ele disse-me que o sol não
os afretava. Os filmes é que gostavam de inventar.
Finalmente, chegaram as férias de Verão, as férias em
que vou com a familia de Rodrigo a Paris e vou conhecer mais gente da familia.
Tinha sido difícil convencer o meu pai, mas conseguimos com a ajuda da Rose.
Por isso, Paris que se prepare, porque e eu estou a chegar.
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