segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 28

Olá, meus amados filhos das trevas ...


- Erik.... Calma....
 - Calma? Tu queres que eu tenha calma!? - Disse - me Erik, friamente. - Ah! Ah! Ah! Ah!
 - Não sejas assim com ela! - Respondeu Rodrigo.
 - Porque? Que me fazes?
 - Dou - te uma sova que nunca recuperarás.
 - Força! Mostra - me o que vales! Vá!
Antes que eu pudesse agarra - lo, Rodrigo fechou o punho e deu um murro na cara do Erik, o murro foi tão forte que ele cambaleou para trás e caiu no chão. A cara dele avermelhou muito, e ele levou uma mão á cara, mas Erik levantou - se na mesma. Eu apostava 500 euros em como lhe doeu.
Aproximei - me de Rodrigo, que me agarrou, porque tinha medo de Erik naquele estado de humor demoníaco. Erik olhou para mim, directamente nos olhos, e eu vi chamas nos seus olhos, semelhante ás chamas do Inferno. Chamas puras e perigosas, até parecia que tinham vida. De repente saiu, mas antes disse:
 - Isto ainda não acabou!
Assim que ele saiu, agarrei - me com toda a força a Rodrigo e chorei no seu ombro com medo, desespero e tristeza. As palavras, "Isto ainda não acabou!", não me saíam da cabeça. Tinha medo do que podia acontecer. Medo do que Erik podia fazer. Medo que alguma coisa acontecesse a Rodrigo. Tinha medo por Rodrigo e, um pouco, por mim. Deixei de chorar, pois não ajudava a melhorar a situação, mas fiquei abraçada a Rodrigo. Ele percebeu que eu não estava bem, por isso ficou abraçado a mim mais uns minutos e tentou animar - me.
 - Vê o lado positivo.
 - Qual é o lado positivo? Diz - me, porque eu não estou a ver o lado positivo.
 - Tu não namoras com o meu irmão, logo eu posso namorar contigo.
 - Tens razão. Obrigada por me animares.
 - De nada. Sou tua alma - gémea, que esperavas!?
 - Podemos afastar-nos dele na escola.
 - Com certeza. Se te faz sentir melhor, está bem...
 - Sim, faz - me sentir melhor.
 - Então agora, vamos descer, comer o pequeno - almoço e ir para a escola como se nada se tivesse passado. Ok?
 - Ok.
Descemos até á sala para o pequeno - almoço, mas desta vez o lugares foram diferentes. Eu, Rodrigo e o Aaron ficamos de um lado, enquanto que o Erik e os pais deles do outro lado. O pior disto era que eu estava de frente para Erik, e isso era arrepiante. Principalmente, depois do que se passara no quarto á pouco tempo. Não tive coragem de pedir a Rodrigo para trocar comigo de lugar, pois não queria parecer estúpida e medrosa.
Comemos todos em silêncio, o que foi bom, e isso ajudou - nos a acalmar os nervos. Aaron tinha os olhos brilhantes de ansiedade. Erik estava chateado e Rodrigo feliz, mas ligeiramente preocupado. Sabia o motivo de cada um, para estar daquela maneira, mas preferi não dizer nada. Não queria que houvesse uma discussão, especialmente á hora do pequeno - almoço.
Terminamos o pequeno - almoço rapidamente, para chegarmos á escola a horas. Mas antes de irmos embora, a Rose deu - nos um beijo na testa e desejou - nos boas aulas. Para ser franca, senti - me como uma filha dela. Senti - me bem. Senti - me em paz, pelo menos naquele momento.
Chegámos á escola muito depressa, despedimo-nos do pai deles, e fomos para a escola. Erik afastou - se de mim e de Rodrigo, logo que o pai se foi embora, e deixou - nos sozinhos o resto do dia. Aaron era um sortudo, não vinha á escola e estava de férias. No intervalo, encontrei a Vanessa para combinarmos a sua ida á casa dos pais de Rodrigo. A Nessa achou estranho não ver Erik, por isso, perguntou.
 - O Erik? Não anda convosco?
 - Desapareceu.
 - Desapareceu? - Exclamou ela espantada. - O que é que ele te fez?
 - Descobri que ele me mentia e que ele não era a pessoa certa para mim.
 - Então....Acabaram?
 - Sim. Mas, descobri a pessoa certa para mim.
 - Quem é? - Disse ela, antes de perceber. - Já sei quem é!
 - A sério? Ah! - Disse - lhe no gozo.
 - Sim. Se não for, não sei quem será.
Olhámos as duas para Rodrigo, que ficou muito corado. Achei garça, e por isso, cheguei - me a ele e abracei - o. Ele aproveitou e puxou - me para me dar um beijo. O beijo demorou tanto, que a Nessa, farta de segurar a vela, disse:
 - Arranjem um quarto!
Quando o beijo acabou, comecei a corar. Devia parecer que tinha andado a beber uma garrafa de vinho tinto, por isso, assim que pude, mudei de assunto.
 - Sempre vais a casa dele para conheceres o Aaron?
 - Claro. Quero conhecer o giraço.
Despedi - me dela e fui com Rodrigo para o bloco B. Durante o dia muita gente, perguntou - nos por Erik, ao que eu respondi: Nós acabamos, porque ele não era a pessoa certa para mim. A pessoa certa para mim era Rodrigo, e ele está chateado connosco. Repeti isto, umas 50 vezes, mas não me importei. Algumas pessoas perguntaram por preocupação, outros perguntaram por curiosidade.
Rodrigo levou - me a casa, mas desta vez, entrou em casa. Apressei - me a apresentá-lo á avó, a avó perguntou - me por Erik e eu respondi que ele estava mal disposto e não pode trazer - me a casa. Era mentira, mas o que é eu podia fazer?! Sim, eu sei, não devia ter mentido. Mas isto era uma situação diferente. Não lhe podia dizer que eu e o Erik tínhamos acabado porque eu amarava o irmão e que ele agora queria vingança. Não podia! Daqui a um mês, talvez diga alguma coisa. Talvez!
Esperei pela Nessa, que apareceu ás 14:20. Pudemos ir para casa de Rodrigo mais cedo, Rodrigo já não tinha fome, porque tinha comido comigo em casa. Fiquei entre eles, para não haver briga e ir de mão dada aos dois.
Quando chegamos, reparei que havia um carro a mais na entrada da casa. Era um lindo, jaguar preto, com bancos de pele branca. Mas de quem seria? Estava para perguntar a Rodrigo, mas ele parecia ter entrado em estado de choque. Não dizia nada ou mexia alguma coisa. A Nessa também reparou, e tentou ajudar - me. Pensei, mas me ocorria - a nada, mas de repente a Nessa deu - me uma ideia.
 - Beija - o. - Disse - me ela.
 - O quê?
 - Beija - o. Nos filmes resulta sempre.
 - Achas?
 - Experimenta.
Inclinei - me para a frente e dei - lhe um beijo. Ele ficou surpreendido, mas acordou para corresponder ao meu beijo. Depois de acabar, olhei para a Nessa e para ele.
 - E ainda dizem que não resulta.
 - Concordo. - Disse a Nessa.
 - O que é que resulta? - Perguntou ele.
 - Nada! - Respondemos eu e a Nessa.
 - Ok.

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