segunda-feira, 16 de abril de 2012

capítulo 5

Antes de mais, quero pedir que depois de lerem me deixassem um comentário. Depois quero pedir também que não fiquem a pensar "coisas" depois de lerem este capitulo. Queria que soubessem também que este foi um dos capítudos mais complicados de escrever. Obrigada e bjs para todos.


Cheguei á escola, estive uma surpresa. Erik estava ao portão com uma mão atrás das costas e outra a acenar-me. O que estaria atrás dele? Eu não faço ideia mas vou ter de descobrir. Depois lembrei-me do sonho, “Um vampiro, um nosferatu.”. Podia ser possível, isso explicaria como é que ele convenceu a prof, assim do nada. E também explicaria de onde é que veio toda aquela força e poder. Tentei olhar para trás das suas costas, mas era impossível. Ele era muito grande, até demais, pelo menos agora.
— Olá! O que tens atrás das costas?
— Uma coisa.
— Humm. Tanto mistério, o que é afinal.
— Uma prenda.
Devagar e elegantemente tirou o braço detrás dele, e mostrou-me na sua mão uma rosa. Uma rosa cor-de-sangue, ainda fechada, poderia ser uma simples rosa uma certas pessoas, para mim era especial. Brilhava como uma gota de sangue ao sol e era linda, uma rosa que para uma mulher significava muito. Pois era assim que em outras décadas se mostrava a uma mulher que a amava ou que a achava especial. Eu gostava de receber uma assim, um dia. São tão … românticas.
— Uau! É lindíssima.
— Toma, é para ti. – E entregou-me a rosa, aceitei-a, mas estava um pouco desconfiada. Porque haveria ele de me dar uma rosa? Será que me a deu por eu ser sua amiga? Ou será algo mais? Não, era mais por nós sermos amigos do que outra coisa. Mas nós só éramos amigos á 4/5 dias.
— Porque me ofereceste uma rosa? E como sabias que gostava deste tipo de rosas?
— Por te acho uma boa amiga e uma boa pessoa, não que as outras sejam, mas tu és diferente. És uma rapariga que foi cuidada segundo os costumes no tempo da tua avó, e isso é uma coisa rara. E sabia que gostavas deste tipo de rosas porque já me tinhas dito, e também porque és doce e quente, tal como a rosa.
Fiquei envergonhada e espantada ao mesmo tempo. Envergonhada, porque estava corada e porque ele fez-me sentir-me especial, algo que só sentia quando estava em casa. Espantada, porque maneira como disse, com carinho, paixão e sensualidade. Ele deve ter percebido como me sentia, pois se aproximou e me abraçou. Foi um abraço caloroso, amigável e reconfortante.
— Obrigada.
— Não tens de quê.
Afastou-se devagar, muito devagar, como se não quisesse deixar o meu abraço. Convidou-me a entrar na escola, com um gesto tradicionalmente cavalheiresco.
— Primeiro as senhoras.
 Entrei na escola, como ele tinha pedido, e isso tinha-o feito sorrir, mostrando uns dentes brancos como a neve, mas quentes como o sol e uns lábios vermelhos macios, finos e sensuais, tal como tudo em ele era, quente, macio e sensual, tudo gritava: “ Olhem para mim! Olhem para mim!”.
Ele entrou logo a seguir a mim, trazia umas calças de ganga escuras, uma t-shirt branca, que lhe reflectia os músculos, e um casaco de cabedal preto, parecia uma estrela de cinema.
— ¿ Quê vá tener ahora? – Perguntou ele em espanhol, mas num espanhol prefeito, maravilhoso.
— Español. – Respondi-lhe logo, porque não queria parecer uma parva a olhar para o corpo bom dele. Mas acho que foi isso que acabou por acontecer, mas ele não se deve ter importado pois não disse nada.
— Vamos, faltam … 5 minutos para entrarmos.
— Ok. – Comecei a andar, pois não queria chegar atrasada.
— Olha, queria fazer uma pergunta.
Já estava quase a chegar ao bloco B, mas o “ Queria fazer uma pergunta. ”, fez-me parar. Que teria ele para me perguntar? Será que me vai pedir em namoro? Não. Ou será que queria dizer-me que já não queria ser meu amigo? Isso seria péssimo. Mas valia mais saber de uma vez o que era. Virei-me para traz e olhei-o. Olhei para aquele mar de mel, que ele tinha no olhar. Evitei olhar para o seu corpo, porque se olha-se ficaria corada e deixaria de respirar. E isso não podia acontecer. Não agora, talvez mais logo.
— Sim, pergunta. Força.
— Era mais um convite. Queria convidar-te para vires comigo, a minha casa para conheceres os meus pais e o meu irmão. Aceitas?
— Humm. Sim, claro. Mas uma única condição.
— Qual?
— Tens de vir até casa da minha avó para a conheceres e a avisares que eu vou contigo a tua casa.
— Está bem, feito.
Tocou, e nós subimos, quando lá chegamos a prof. ainda não tina chegado. A mala estava pesadíssima por isso eu e Erik fomos lá mete-la dentro. Mas enquanto, nós colocávamos as malas, alguém, por brincadeira ou estupidez, fechou-nos aos dois dentro da sala. De certa forma não era muito mau, fiquei com Erik e não com outro tonto da minha turma. A turma até que é fixe e brincalhona, por isso, afinal poderia me ter calhado qualquer um da turma não importava quem, pois toda a gente naquela turma era boa pessoa, mesmo aqueles que são mauzinhos.
Tenta-mos abri-la, mas nada. Como não podia-mos abri-la, fomos esperar sentados, para não nos passarmos da cabeça. Erik estava muito calmo, já eu não poderia dizer o mesmo. Estava fula, irritada, enervada, a minha vontade era abrir a estúpida daquela porta á mocada, ao murro e á estada. Depois comecei a ouvir vozes, gente a rir. E eu conhecia as vozes, eram as da nossa turma. Deviam estar a rir daquilo que nos fizeram, e isso irritou-me mais.
— Eu juro que dou uma tareia a toda a gente, que está lá fora, a rir-se de nós. – Disse eu já passada com tudo aquilo.
Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro, Erik olhava para mim sem dizer nada, mas podia dizer. Depois de uns minutos a andar assim, ele levanta-se e tenta acalmar-se.
— Têm calma, ou te acalmas ou vais enlouquecer. Não podes sair daqui, por isso acalma-te.
— Está bem.
Podia ter dito, “Está bem”, mas não estava nada bem. Estava a enervar-me com ele ali a ver, ainda por cima. Raios. Tentei sentar-me, mas não era capaz, pois estava muito chateada.
— Pára. Cristiana, chega. Acalma-te, e senta-te porque estar a ver-te de um lado para o outro está a dar comigo em louco, mais do que o normal.
Levantou-se e veio ter comigo e abraçou, com aqueles braços fortes que ele tinha. Coloquei os meus braços á sua volta também e abracei-o, levantei a cara para olha-lo, e vi. Vi os seus olhos brilharem de alegria, pareciam estrelas brilhantes numa linda noite estrelada. Maravilhoso. Magnifico.
Levou uma mão á minha cara e outra ao meu pescoço, eu coloquei uma mão em cada um dos seus ombros. Ele sorriu-me, não foi um sorriso qualquer, foi um sorriso de satisfação e felicidade, devolvi-lhe o sorriso. Então ele puxou mais para si, ficamos colados um ao outro.
Aproximou mais a sua cara da minha, depois aproximou os seus lábios e beijou-me. Foi um beijo forte, apaixonado, ardente, carinhoso e sensual. Sentia-me nos 7 céus, como se aquele beijo me tivesse oferecido assas para eu voar. Era isso que eu sentia, como se estivesse a voar.
Ele abriu os lábios e deixou passar a sua língua, por entre os meus lábios, acariciou-a. A acariciou mutuamente a minha, e isso deu origem um beijo ainda mais forte e faminto que o anterior. Juntámo-nos mais, eu não queria ficar por ali, e ao que me parecia ele também não. A mão dele tinha no meu pescoço desceu pelas minhas costas e só parou nas ancas, eu desci também uma das mãos até ao seu peito. Um peito forte e musculado, um peito de um campeão, de um lutador.
Há medida que o beijo ficava mais intenso, eu ia me derretendo mais por aquele corpo bom. Puxei a cabeça para traz, com o prazer que estava a ter. Ele começa a beijar-me o pescoço, para cima e para baixo. Tal com a sua mão na minha anca, subia e descia. A minha mão que estava no seu peito, também subia e desci-a. Havia em mim uma parte que queria parar, pois não um sítio apropriado, mas a outra parte queria mais, mais e mais. Encostei-me á mesa e sentei-me, ele veio atrás, mas agora tinha as suas duas mãos, uma em cada anca. Então abri as pernas para o deixar aproximar-se mais, depois meti as minhas mãos nas suas costas e puxei-o mais para mim.
— ¿ Pero qué sé está pasando aquí ? – perguntou a prof de espanhol, que estava espantada á porta da sala.
— ¡ Nada! – Respondemos eu e Erik num único.
— Então vamo-nos sentar, e para alguns desaproximarem-se primeiro, e depois vamos tomar atenção ao que vou falar convosco.
 Não tinha percebido que eu e Erik ainda estava-mos juntos e abraçados um ao outro. Saímos dos braços um do outro e fomos nos sentar. O resto da aula não pensei noutra coisa, o beijo. A prof de espanhol, era de altura média, era rechonchuda, tinha cabelos castanhos aloirados, olhos castanhos e era a diversão total dentro de um pessoa.
A prof começou a falar, mas eu não tomei atenção nenhuma, pensava o quanto o beijo tinha sido bom, apaixonante e espectacular. Estava feliz. Mas depois lembrei-me, “Nada”, ele teria dito aquilo para me encobrir ou teria dito porque aquilo não significou nada para ele. Olhei para ele, á primeira vista, vi um rapaz bom com quem tinha andado aos meles e que parecia estar a pensar em alguma coisa ou em alguém, mas depois olhando melhor, ele estava estranhamente sossegado, como se fosse de pedra. Olhei novamente para a prof, não iria estragar tudo, só por causa de um “nada”. Agora a questão mistério: Por que teria ele me beijado?
Vamos às opções.
  1. Pânico.
  2. Medo.
  3. Calma.
  4. Amor.
  5. Amizade.
Eu acho que a opção correcta é … e). Porque não podia ser outra opção? Perguntão vocês, e eu darei um resposta para cada uma.
  1. Ele era uma pessoa calma, nunca entrava em pânico, mesmo quando toda a gente já entrara em pânico. Por isso nunca podia ser esta.
  2. Ele era corajoso e nunca o vi ter medo de alguma coisa. Não era esta a opção a tomar.
  3. Para se acalmar, mas já era uma pessoa calma de nascença. Não, nunca poderia ser esta opção.
  4. Que ele era uma pessoa amorosa era, mas nunca me beijaria por amor, seria loucura. Esta opção seria impossível.
  5. Ele era um excelente amigo, por isso era esta a poção mais conveniente. Um amigo que tinha ido ao ponto de beijar a melhor amiga, só para a acalmar.
Por isso, é que a opção correcta era a e). Tenho pena, que não seja a opção d), essa era maravilhoso se fosse realidade.
Quando voltei á realidade, é que percebi que tinha acabado de tocar para a saída. Arrumei as minhas coisas e preparei-me para sair, levantei-me e fui para a porta, mas sem dizer uma palavra a Erik.
Já estava perto da porta quando umas mãos quentes e macias me impediram. Por instinto olhei para traz, e as mãos quentes e macias que me agarravam eram as de Erik. Tinha no olhar preocupação e estava nervoso, algo que acontecia quando ele tinha que se desculpar de algo a alguém, mas não sabia como o fazer.
— Espera, precisamos falar. – Disse-me ele com calma.
— Falar sobre o quê. Não temos nada para falar.
— Temos sim, não aqui, talvez na biblioteca. Anda. – E levou-me para a biblioteca, sem me dar tempo de protestar.
Saímos do bloco B, atravessamos o espaço da escola e paramos no bloco D, para entrarmos na biblioteca. Na escola existem 4 blocos: A, B, C, e D.
O bloco A é composto por: as salas de música, a sala de EVT, a sala de EV, os laboratórios, as salas de aula e duas casas de banho (raparigas \ rapazes).
O bloco B tem a secretaria, a papelaria, a sala de reunião, as salas de professores, a sala da direcção, o concelho executivo, a sala de ET e as salas de aula.
O bloco é a cantina, que quase ninguém lá vai, e o bar, que é onde a maioria vai almoçar e tomar o pequeno-almoço.
O bloco D, que era onde eu estava, tinha o auditório, as salas de TC, as salas de laboratórios, a biblioteca e as salas de aula.
A escola também tinha um ginásio, campos de futebol, mesas de pingue-pongue e as mesas de comer cá fora, e agora matraquilhos.
Subimos as escadas, pois a biblioteca ficava no andar superior, fomos para o canto mais longínquo para ninguém poder ouvir ou nos vir incomodar. Sentámo-nos frente a frente, pois deve ser assim que as pessoas devem falar, não por detrás das costas. Por isso, quando tivermos um problema com alguém, não devemos pedir a outra pessoa para o dizer a essa pessoa, mas sim sermos nós próprios a dize-lo, cara a cara.
Ele estava cauteloso e nervoso, e eu podia sentir isso, não sabia como começar, se ele não sabia, eu ia dar-lhe uma ajuda.
— Disseste que tinhas de falar comigo, força fala. – Comecei eu.
Ele percebeu que eu estava ansiosa, ao que me agarrou as mãos e começou a brincar com os meus dedos, como sinal de tem calma. E tive, acalmei-me um pouco, mas ainda continuava ansiosa. Ele esperou mais, e depois olhou-me nos olhos.
— Queria pedir-te desculpas.
— Pelo quê?
— Pelo beijo. É que eu nunca me comportei assim, juro pela minha vida. Foi uma situação inesperada. – Baixou a cabeça com vergonha e arrependimento, estampados na cara.
Então ele nunca quis saber do beijo. Ele não estava feliz, nem contente com o beijo e tinha vergonha de o ter dado. Isso deu-me muito, no fundo do meu coração, eu achava que ele era sentimental, mas parece que me enganei. Estava tão triste, que só me apetecia era fugir dali, ir ter com alguém e desabafar. Lembrei-me logo da pessoa certa para isso. A Vanessa, a Nessie.
— Estás perdoado. – Disse-lhe eu enquanto me levantava para me ir embora. Erik levantou logo a cabeça com alegria, beijou-me as mãos, como forma de expressar a sua alegria.
— Obrigada, por me perdoares.
— Não tens de quê. Agora adeus.