segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 30

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Olhei para a Nessa, que tinha cara de quem precisava de ajuda, e ela olhava para mim com os olhos muito abertos. Apressei - me a pensar em algo para a ajudar. A Nessa ainda corada, tirou as mãos dele.
 - Nessa, qual será o teu animal? - Perguntei - lhe depressa.
 - O meu quê?
 - O teu animal. Cada personalidade é parecida com a de um animal, o nos liga a esse animal, caso descubras qual é o animal. Qual é o teu? - Disse o Aaron.
 - Não sei.
 - Então, vamos descobrir.
Aaron agarrou, outra vez, na mão da Nessa e levou - a pelas enormes portas, que davam para o jardim. Eu e Rodrigo fomos de mão dada, atrás deles. Marcus e a Rose imitaram - nos. A Aurora foi a única que não quis vir connosco, preferiu ir ver como estava o Erik. Que relação teriam eles? Amorosa? Amizade? Não sei, mas não era da minha conta. Logo, não me ia meter.
Aaron e a Nessa ficaram na linha da frente, saiu - me um pouco futebolístico. Nós ficamos atrás a observar, a Nessa estava meio assustada e Aaron a tentar concentrar - se para a ajudar. Aaron pediu á Nessa para se concentrar, … blá... blá... blá... blá; entregou - lhe um caderno e fez ela lê - lo. Esperamos, esperamos, esperamos e esperamos. E nada aparecia.
Estávamos quase a irmos embora, quando um barulhinho nos chamou á atenção, e acabamos por ficar para ver o que iria sair dos arbustos. Saiu dos arbustos, nada mais ou nada menos, um gatinho. Era uma gatinho branco, com um olho azul claro e o outro olho dourado, e era adorável. Assim que viu a Nessa, correu e saltou para o colo dela. Não sei como, mas ela agarrou o gato no momento certo. Fez - lhe umas festas e o gato começou a ronronar.
 - Vou chamar - te…hum...Aaronessa. Gostas?
O gatinho abanou a cauda, em sinal de concordância. Aaron aproximou - se da Nessa, e segredou - lhe ao ouvido qualquer coisa que eu não ouvi. Ela olhou para ele e abanou a cabeça a concordar. Ela posou o gatinho no chão e deixou que Aaron a leva - se.
Tinha um pressentimento que ele lhe ia contar dos vampiros. Estava certa, porque quando olhei para Rodrigo ela confirmou - me. Ela iria precisar de mim, depois da revelação. Ou talvez não. Afinal, tínhamos visto muitos filmes de vampiros e ela aguentou. Apesar de ás vezes se agarrar com muita força, ás minhas almofadas nas partes assustadoras.
Fomos para dentro, e eu sentei - me com Rodrigo á espera deles. Mas a espera, fazia com que eu começa - se a pensar demais na situação. Que estaria ele a dizer - lhe? Porque se demoravam tanto? Estaria a correr tudo bem? Ela teria aceitado? Sim? Não?
 - Isto está a dar comigo em doida. - Disse em voz alta.
 - O que é que te está a deixar doida? - Perguntou - me Rodrigo.
 - A curiosidade.
Então pensei em ir pôr - me a espreitar por uma janela, mas não sabia qual era janela. Que vou fazer? Não posso começar a ver todas as janelas da casa! São muitas! Já sei, o que vou fazer! É uma ideia muito pouco desconhecida, mas eficaz.
Agarrei no telemóvel, e escrevi um SMS a perguntar á Nessa a que janela é que ela estava mais próxima. Ela perguntou - me para que queria eu saber isso. Para disfarçar, disse que era para não me aproximar dessa janela e não ver alguma coisa que não devia. Ela deu - me a descrição, e eu descobri que a janela era da cozinha. Levantei - me e tentei pôr - me a caminho.
 - Vais onde? - Perguntou - me Rodrigo.
 - Vou á cozinha fazer uma coisa que não devia.
 - O que é?
 - Espiar a melhor amiga.
 - Posso ir contigo?
 - Com certeza.
Agarrei na mão dele e fomos para a cozinha. Não era difícil dar com a janela, porque era a única janela. Tinha uma cortina creme, o que nos ajudava a esconder deles. Fiquei eu a uma ponta e Rodrigo a outra ponta da cortina. O visionamento e a audição para a cena era perfeito, por isso, ficamos calados e á espera que a conversa começa - se. Aaron tinha relva no cabelo, não sei porquê, mas também me iria meter. A Nessa tinha uma rosa vermelha nas mãos, que provavelmente teria sido Aaron a oferecer - lhe. De repente a conversa começou.
 - " Um vampiro?! A sério? "
 - " Sim, mas amo - te."
 - " Eu também te amo."
 - " E porque continuas a me dizer que não consegues estar comigo? "
 - " Tu vais viver para sempre, eu não. "
 - " A mortalidade é o problema? "
 - " Sim. "
 - " Eu prometo - te transformar - te quando quiseres. "
 - " Quero que o faças aos meus 19 anos. Ok? "
 - " Ok. "
 Aaron deu - lhe um beijo. E foi bastante quente, porque a Nessa ficou corada depois do beijo, e agarrou na mão dele para se irem embora, como se quisesse fugir. Eu e Rodrigo, ficamos na cozinha.
De repente, o meu estômago fez barulho a dizer que tinha fome. Rodrigo de certeza, tinha ouvido, porque começou a tirar bolachas, pão, doses, fruta, etc. Tinha um verdadeiro banquete, e não sabia por onde começar a comer.
Rodrigo agarrou numa bolacha e fez - me mordê - la, para depois ele comer a outra metade da bolacha. Foi tão romântico que decidi apanhar um morango e fiz com que ele morde - se para eu comer a outra metade. Ele adorou e, por esse motivo, partiu um pedaço de bolo e começamos a comê - lo juntos até faltar um pedaço. Ele ficou com o pedaço, mas levou - me o pedaço quase á boca. Quase. No momento, em que estava para o comer, ele tirou - me o pedaço da frente e deu - me um beijo. Foi um beijo muito doce e agradável. Amei o beijo!
 - Mas isto é sítio para estas poucas - vergonhas?! - Disse a Nessa, no gozo e sem avisar.
 - Tens algum problema!? - Respondi - lhe na brincadeira.
 - Sim. Não existe outro sítio para estes namoricos? - Disse Aaron. - Sim, chama - se quarto!
 - Não nos apeteceu ir para lá. - Reclamou Rodrigo.
 - Preciso de ralhar com alguém? - Perguntou a Rose.
 - Talvez. - Respondeu Marcus.
 - A culpa é dele. - Disse, apontado para Rodrigo. - Ele é demasiado adorável e eu não lhe consigo resistir. E existe uma frase que diz: "A única maneira de livrar - se da tentação é ceder a ela."
 - Faz sentido. - Concordaram todos.
Depois apareceu uma onda de amor, vinha não sei de onde, que fez os casais que ali estavam começarem a dar um beijo. Os primeiros foram eu e Rodrigo, seguiu - se a Rose e Marcus e por fim, a Nessa e o Aaron. Tinha sido uma cena muito amorosa.
 - Tenho uma cena para te contar! - Disse a Nessa, para me fazer curiosidade.
 - O que é?! - Perguntei - lhe.
 - Eu e o Aaron namoramos.
 - Eu sei, ele sabe e nós sabemos. - Respondi.
 - Sabem?! - Exclamaram a Nessa e o Aaron.
 - Sim, vimos o beijo ali fora.
 - Não sabes, que a curiosidade matou o gato. - Disse - me ela.
 - Isso aconteceu, porque o gato não teve cuidado e gastou as 7 vidas.
 - Tu és uma cusca.
 - Quem? Eu? Não sei do que estás a falar, cusca! - Disse - lhe.
 - Eu não sou cusca. - Respondeu irónica.
 - Eu também não!
Depois abraçámos - nos. Mas o abraço não demorou muito, porque era horas de lanchar e estava tudo com fome.

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