segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 28

Olá, meus amados filhos das trevas ...


 - Sim. Nós vampiros sabemos sempre as horas, olhando para o sol ou a lua.
Rodrigo ajudou - me a levantar do chão e acompanhou - me até casa. Mesmo antes de entrarmos, ele pegou - me nas mãos, olhou - me nos olhos e declarou:
 - Mon Soleil scintillant
Et ma Lune brillant
Appoter je lunière en amour
Et ilumination en ma existence.
 - Foi lindo em francês, mas eu não percebi nada. Volta a dizer isso, mas em português.
 - Eu disse: Meu Sol cintilante. E minha Lua brilhante. Trouxeste - me luz no amor. E na minha existência.
 - Oh! Que romântico.
Inclinou - se e deu - me um beijo, suave e doce como o vento com o cheirinho a chocolate. Mas, infelizmente, era tarde e tivemos de entrar em casa para irmos dormir. Rodrigo mostrou o meu quarto, como se fosse o rei da casa.
O quarto era maravilhoso. As paredes eram vermelhas sangue com rosas brancas e folhas pretas. A cama tinha cortinas penduradas, parecendo uma cama de princesa. Tinha uma secretária e uma porta para uma casa de banho privada. A janela que havia do lado direito, mostrava o lago do jardim com o luar reflectido. A luz do quarto era uns candeeiros antigos que estavam na parede, um de cada lado da cama, parecia que estávamos iluminados pela luz das velas.
De repente, soltei um bocejo de sono. Estava cheia de sono, mas tinha medo de ficar a dormir sozinha, por isso, não me fui deitar.
 - Está na hora de ires dormir. - Comentou Rodrigo.
 - Mas não quero dormir sozinha.
 - E se dormi - se aqui contigo?
 - Farias isso por mim?
 - Claro. Veste - te, enquanto vou buscar dois copos de leite morno para te ajudar a adormecer.
 - Não demores.
 - Está bem. Volto já.
 - Ok.
Quando ele saiu, fui directamente á cama, pois estava lá um pijama. Era creme com umas rosas roxas nos cantos da camisola e dos calções. Abri a cama e fuiá casa de banho pentear o cabelo e apanha - lo num rabo - de - cavalo.
Voltei para o quarto e fui á mala buscar um dos livros que tenho andado a ler. Neste caso era: O retrato de Dorian Gray, e posso dizer que o filme que fizeram não tem nada a haver com o livro, os conselhos alguns são bons e maus e o livro é um pouco complicado de entender. Um dos bons conselhos é este: "Escolho os meus amigos pela sua boa aparência, meus meros conhecidos pelo seu bom carácter e os meus inimigos pela sua inteligência."
Li umas 2 ou 3 páginas antes de ele voltar, com as canecas de leite. Entrou e fechou a porta atrás dele, enquanto vinha sentasse comigo. Deu - me as duas canecas, e meteu - se dentro das cobertas com o pijama que trazia vestido. Passei - lhe uma das canecas e comecei a beber um pouco o meu leite. Hum! Estava quentinho e muito bom.
 - Como te sentes? - Perguntou - me ele.
 - Bem. O quarto é maravilhoso, adoro as cores e as rosas pintadas na parede.
 - Concordo. Fui que escolhi as cores e os desenhos do quarto.
 - A sério?!
 - Vamos dormir, pode ser?! - Pediu ele, a bocejar.
 - Está bem, Dorminhoco.
Ele deitou - se na cama, logo depois de pôr as canecas em cima das mesas - de - cabeceira, e puxou - me para perto dele. Também me deitei, ele pôs a cabeça na almofada e eu a cabeça no peito suave e caloroso dele. Como estávamos calados, eu consegui ouvir o som do coração dele a bater e o meu coração a acompanhar. Ele abraçou - me, como maneira de não me deixar escapar. Deu - me um beijo na testa e disse - me:
 - Boa noite, chérie.
 - Boa noite, mon amour.
Não ficamos totalmente ás escuras, pois as cortinas da janela estavam abertas, e entrava o luar branco e mágico. Era bonito, mas também assustador, porque é noite de lua cheia. É nessas noites alguma coisa mágica acontecia. Devo ter adormecido, porque não me lembro de mais nada. Voltei a sonhar, e o sonho foi abominável, mas vou contar - lo.

Estava á porta de uma catedral e a porta estava entreaberta, por isso, abri - a e entrei. Ouvi um som que vinha de uma sala á minha esquerda e fui ver o que estava a acontecer. Quando entrei, vi estendido no chão Rodrigo que sangrava. Corri para junto dele, e nesse momento, que avistei uma sombra escura na entrada. A sombra tinha grandes olhos grandes e uma comprida capa preta. Olhei para Rodrigo, que estava a morrer, e eu não podia fazer nada.
 - Ele vai morrer e tu não podes fazer nada. - Disse - me a "sombra".
 - Não!!!!!! - Gritei - lhe, fazendo - me acordar do sonho.

Acho que quando acordei do pesadelo, devo ter acordado Rodrigo também, porque ele estava com os olhos muito abertos de surpresa e preocupação. Abraçou - me com muita força, e cantou - me "Everything i do" para me tentar acalmar. Acalmei um bocado, mas não completamente, pois continuava a pensar no pesadelo. Aproveitei a situação para verificar se ele estava bem. Não estava magoado ou sangrava. Que maravilha! Huf!
 - Que aconteceu? Estás bem? Porque te assustas - te tanto?
 - Tive um pesadelo, mas agora estou bem.
 - E esse pesadelo assustou - te muito?
 - Sim.
 - Queres contar - mo?
 - Estava na sala de uma catedral e tu estavas nos chão a morrer. E havia uma sombra que me disse que tu ias morrer e eu não podia fazer nada. Tive tanto medo de te perder....
 - Não te preocupes. Eu não morro com facilidade.
 - Estou mais descansada.
 - E podemos voltar a dormir!? São 4 da manhã e eu ainda quero dormir.
 - Então, vamos dormir.
Voltei a dormir, mas sem sonhos. Dormi profundamente e em paz. Estava a dormir tão bem, que quando a Rose nos disse para levantar, não me apeteceu e a ele também não. Como se ele tivesse lido os meus pensamentos, puxou as cobertas para cima e tapou - nos por completo. Ficámos assim durante 15 minutos, depois percebemos que nos tínhamos de levantar para ir para a escola. Como desejava que fosse fim - de - semana!
Levantámos - nos e fomos vestir - nos. Ele saiu para me poder vestir á vontade e para ele se ir vestir ao seu quarto. Misteriosamente, tinha uma roupa para mim, diferente da minha, em cima da cama. Era uma saia preta lisa, uma camisa branca aos folhos e um colete preto bordado, e ainda umas botas pretas.
Depois de me vestir, fui á casa de banho pentear - me. Nesse momento, entrou Rodrigo. Foi sentar - se na cama, á minha espera. Quando sai, fui ter com ele, ele abraçou - me pela cintura e deu - me um beijo demorado.
 - Gostei da noite passada. E tu? - Disse ele.
 - Também gostei.
 - Vai buscar a tua mala e vamos para a escola.
 - Espera por mim....
 - Ok.
Enquanto eu fui buscar a mala, ouvi Erik a entrar, estrondosamente, pela porta. Estava furioso, quase parecia criar remoinhos á sua volta. Tinha os punhos fechados, o olhar cheio de loucura e malícia e a cara extremamente vermelha, lembrava um pimento. 

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