Olá, meus amados filhos das trevas ...
A Árvore Genealógica
Amor Mortifero
Este é único blog acerca deste bom, apaixonante e excitante romance nunca antes criado. Por isso felizes e apaixonantes leituras.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Capitulo 43
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Estamos no ultimo dia de aulas, e muita malta já
começa a ter ideias para ocupar as suas férias. Uns vão ao Algarve, outros á
piscina municipal. E existe que vá para fora passar férias, que é o meu caso.
Vou a Paris, como tinha dito.
Muitas raparigas disseram-me que era uma sortuda, mas
eu não acredito. Acho que sou um pouco sortuda, mas a maior sorte que tive foi
encontrar o amor da minha vida. Ele é que foi uma grande sorte. Acreditem ou
não, o amor á a maior sorte que existe.
Tal como sempre, Rodrigo veio ter comigo á noite e
passar a noite comigo. Nesta semana, ele tem está eufórico, por causa das
férias que faria com ele. Tem sido difícil acalma-lo, mas eu consegui.
Disse-lhe que se ele não se acalma-se, não iria com ele de férias. E resultou.
No entanto, ele está eufórico e eu estou muito
preocupada. Tenho medo que o resto da familia dele não goste de mim e que o
sonho, com o homem de manto se concretize. tenho tentado não mostrar isso á
frente dele, mas acho que ele já percebeu.
Neste ultimo dia de aulas, Rodrigo pediu, á minha avó
e ao meu pai, se podia ficar a dormir lá em casa. O pai não achou graça
nenhuma, mas com um acordo deixou. O acordo dizia que Rodrigo, se quisesse
ficar, tinha de dormir no beliche da sala. Ele queria muito ficar, por isso,
concordou com o acordo. Ele foi buscar as suas coisas e veio antes do lanche.
Lanchamos e fomos deixar as suas coisas, no meu quarto que estava recentemente
mudado. Tinha duas paredes brancas e outras duas paredes lilases.
Depois, tivemos o resto da tarde a ver TV, até á hora
de jantar. O jantar foi arroz, carne guisada e alface. Estava muito bom, mas a
avó meteu sal a mais na carne, por isso, ficou salvado.
Logo que acabamos de jantar, fomos preparar o beliche
para Rodrigo ir dormir. O pai e o avô foram ao café, e eu e Rodrigo fomos meter
os lençóis para ele não passar frio. Os vampiros não tem frio, mas metemos os
lençóis para fingir.
- Vocês,
vampiros, não tem frio, pois não?
- Não, mas
calor sentimos.
- Isso já eu
sabia. Pelos beijos que me dás.
- Não tenho
culpa. E tens muito sorte por eu me controlar.
- Tu? Tens
controlo?!
- Sim. Se não
me controla-se, já não tinhas sobrevivido até agora.
- Porque dizes
isso?
- Porque eu
tenho o enorme desejo de te provar e, ás vezes, é muito difícil. É verdade que
não me consigo controlar muitas vezes, mas nunca me viste perder realmente o controlo.
- O que
aconteceria?
Quando disse isto, ele chegou-se a mim e puxou-me para
o meu quarto. Sentou-se na cama e fez-me sentar ao seu colo, de frente para
ele. Agarrou-me pelas ancas e olhou-me nos olhos. Os seus olhos estavam
verdes-azulados e as suas mãos muito quentes.
- Se eu
perde-se o controlo completo, tu agora estarias deitada na cama sem uma pinga
de sangue. Estarias morta, numa cama desfeita por mim, entendes? - Disse ele,
muito sério.
- Sim.
- Óptimo.
Abracei-o, sem perceber porquê. Foi uma abraço
confortável e querido. Quando o abraço acabou os dedos subiram até ás minhas
costas e voltaram a descer, fazendo com o top fosse para cima. As mãos dele
deslizaram, por dentro o top e sobre a minha pele.
Ele beijou-me por detrás das orelhas, e desceu até ao
pescoço. Depois os lábios dele mexeram-se do pescoço para as bochechas, até
encontrar os meus lábios. Beijou-me com tanta intensidade, que o meu sangue
ferveu mais quente do nas outras vezes. Beijamo-nos outra e outra vez.
- Devimos parar
... agora ... - Tentei dizer-lhe.
- Tens ...
razão ... mas ... é ... tão ... difícil...
- Eu ... sei
...
De repente, ganhei força e empurrei-o para longe. Saí
do colo dele e sentei-me na cadeira que tinha na secretária. Respirava com
irregularidade e sentia-me a ferver. Queria voltar, mas não podia, pois
podíamos não parar. Ele estava igual e pensava igual a mim.
- Isto chama-se
controlo. - Declarei-lhe.
- Verdade. Se
não tivesse parado, eu não conseguiria parar. - Disse-me ele.
- Eu percebi.
Devia ir preparar-me para ir dormir. - Disse, olhando para o relógio que
marcava 23:30.
- Vou fazer o
mesmo. Até daqui a pouco. - Respondeu-me ele, saindo do quarto.
- Até daqui a
pouco. - Disse-lhe, enquanto fechava a porta, para me vestir.
Vesti-me mais depressa que pensava, por isso, quando
saí para ir para a sala encontrei-o com apenas as calças do pijama. Escondi-me
atrás do sofá, para que ele não me visse, e espreitei.
Era maravilhoso. Os músculos dele eram fortes,
bronzeados e nítidos. Quando a camisola dele deslizou pela pele dos músculos,
um calor percorreu-me. Era uma calor mais quente que o fogo e mais quente que o
próprio sol. Eu queria tanto puder passear mão pelos músculos e senti-los
queimar-me. Queria tanto. Era um desejo mais necessário que a água.
Abanei a cabeça e tentei esquecer o que vira. Voltei
para o quarto sem que ele me visse e fingi que só saia de lá naquele momento.
Ele acreditou, ou pareceu acreditar, pois ele olhou-me como se soubesse que era
mentira, mas passou-lhe depressa o olhar.
Despedi-me dele e fui dormir a primeira noite sem ele
a abraçar-me. Dormi bem, pois tenho a certeza que ele me veio ver, enquanto
dormia. Não sonhei ou acordei a meio da noite. O que foi bom.
De manhã tomamos o pequeno-almoço juntos e depois do
almoço ele ajudou a escolher a roupa para levar para a viagem. Há noite, ele
voltou para sua casa e não pode vir ter comigo, pois tinha de fazer ele a mala
para a viagem, pois na segunda - feira partiríamos para Paris.
Domingo fui e vim da minha mãe, e logo que cheguei fui
dormir, pois tinha de estar acordada muito cedo para amanhã.
Capitulo 42
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Como era a semana da mãe trabalhar até noite, fui
lanchar ao trabalho dela para vê-la. Tive com o Miguel (o meu irmão) e depois
ás 6 horas da tarde, vi embora para casa. Fomos a casa da avó e eu fui trocar
de roupa.
Vesti um vestido preto, com um decote em V á frente e
atrás. Tinha uns brilhantes quadrados que estavam pregados ao vestido, mais
precisamente, no decote da frente. Levei uns sapatos de salto alto e o cabelo
solto. Meti o colar que Rodrigo me oferecera e um par de brincos, em forma de
asas. Por fim, coloquei o meu perfume preferido e pedi ao pai para me levar até
á festa.
Quando cheguei, tinha Rodrigo á minha espera. Tinha
umas calças pretas, que lhe realçavam as pernas grossas e bonitas; e tinha uma
camisa branca com umas ondas pretas bordadas. O cabelo estava despenteado e
tinha posto perfume. Era o perfume que eu mais gostava!
Assim que me viu, ficou muito alegre e sorriu-me. O
meu pai avisou-o do que lhe aconteceria,
se algo me acontece-se. Ele ficou preocupado, mas quando o meu pai se foi
embora, ele descontraiu. Disse-lhe para não se preocupar e foi o que ele fez.
Tudo correu bem, a malta adorou a festa e a visita
guiada pela casa. Mas quando chegou as 22 horas, as horas em que eles nasceram,
ocorreu uma mudança. Ficou mais quente e a lua pareceu ficar laranja, como se
também festeja-se os anos deles.
No entanto, essa não foi a única mudança. Tal como no
sonho, Erik foi á mesa da comida e Aurora gritou por ele. Depois aconteceu
tudo, como eu tinha sonhado. Ele acabou com ele, ele ficou triste, mas
entendeu. Ele foi-se embora e Erik voltara a odiar-nos por achar que a culpa
era nossa, por a Aurora ter acabado com ele.
Depois de passar as 22 horas, voltou tudo a ficar como
estava, excepto Erik e Aurora. Erik saiu da festa e não voltou a aparecer.
Apesar de eu e Rodrigo não termos culpa, eu senti-a que podia ter dito a Erik
que isto iria acontecer. A Nessa também tinha ido, e viu como eu estava e
disse:
- Vocês não tem
culpa. Ninguém previa isto acontecer.
- Não é
verdade. Eu sabia. - Disse-lhe.
- Como? -
Perguntou-me Rodrigo, e respondendo logo a seguir. - Os sonho. Sonhas-te que
isto ia acontecer. Foi isso?
- Sim. Eu podia
ter-lhe dito.
- Mas o mal já
está feito, por isso, não te lamentes mais com o assunto. - Disse Aaron, que
estava ao lado da Nessa.
- Tens razão.
Vou tentar não pensar no assunto.
- Assim é que
se fala. - Disse a Nessa.
Depois da festa acabar e de todos se terem ido embora.
Eu e Rodrigo fomos passear pelo jardim, até cerejeira. Ficamos lá a conversar e
a namorar, enquanto o meu pai não aparecia para me vir buscar. Sentados na
relva, voltei a pensar no assunto de Erik e Aurora.
- Não penses
nisso.
- É difícil não
pensar, quando sabes que podias ter evitado.
- Não sabes se
podia ter resultado ou não, por isso, não podes pensar se podias ter feito
alguma coisa ou não. Ok?
- Não sei se
sou capaz.
- Claro que és
capaz. Basta pensares noutra coisa e já esqueces-te o assunto.
- Talvez
resulte. - Pensei noutra coisa e aquilo que me veio ao pensamento, foi o dia em
que conheci-o e nós nos beijamos no sofá. - Oh! Resulta!
- Que
pensas-te?
- Não te posso
dizer. - Disse-lhe no gozo.
- Porquê?
- Porque se te
disser, ficas todo exaltado.
- A sério?
- Sim.
De repente, ele beijou-me. Foi um beijo tão apaixonado
que não soube o que fazia. Quando, voltei a ganhar controle sobre mim, já
estava sentada ao colo dele e de frente para ele. Acho que ele também ficou
surpreendido, mas não se queixou.
O vestido tinha subido dos joelhos, até quase ás
ancas. Ele meteu uma mão nas minhas costas e a outra na minha perna esquerda.
Agarrei-o e beijei-o. Ele correspondeu com beijos mais fortes e esfomeados.
A mão que estava na perna, subia e descia, conforme os
beijos. Ele desceu os beijos, e começou a beijar-me o pescoço e os ombros. Era
bom e de perder o controle. Eram beijos muito quentes, pois quando ele me
beijava, eu sentia-me em chamas. Mas ...
- Cris! -
Gritou o meu pai.
- Merda!
Saltei do colo dele e tentei arranjar-me, de maneira a
não se perceber o que estávamos a fazer. O meu pai apareceu. Fingimos que
Rodrigo me ajudava com o cabelo, e correu bem.
Fui embora e nunca esqueci o resto da noite o que
aconteceu, entre mim e Rodrigo. A partir desse dia tivemos mais cuidado com os
beijos apaixonados, principalmente os beijos de grande intensidade.
No resto do mês passou e chegaram as férias de Natal.
Rodrigo oferecera-me uma rosa de cristal, muito bonita e que estava a familia á
vários anos. As férias foram muito curtas, por isso, depressa voltamos para a
escola.
Os meses sucederam-se muito rapidamente, e num
instante estávamos em Junho com um calor de morrer e com roupas de Verão.
Fiquei preocupada com Rodrigo por causa do sol, mas ele disse-me que o sol não
os afretava. Os filmes é que gostavam de inventar.
Finalmente, chegaram as férias de Verão, as férias em
que vou com a familia de Rodrigo a Paris e vou conhecer mais gente da familia.
Tinha sido difícil convencer o meu pai, mas conseguimos com a ajuda da Rose.
Por isso, Paris que se prepare, porque e eu estou a chegar.
Capitulo 41
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Assustei-me bastante com este sonho, ou pesadelo. O
coração batia descontroladamente e tremia por todo o lado. Por regra, quando
sonho com alguma coisa estranha, essa coisa acontece. Mas este sonho, eu não
podia deixar acontecer.
Levantei e despachei-me para a escola, pois queria
contar isto a Rodrigo. Era sexta-feira, logo amanha era a festa de anos deles.
Ele tinha-me dito que me ofereceria uma prenda inesquecível e que não poderia
devolver. Estava cheia de curiosidade!
Como sempre, Rodrigo esperava por mim e Erik fazia-lhe
companhia. Aparentavam conversar sobre a festa. Erik mostrava as suas ideias e
Rodrigo dava a sua opinião. Era bom eles conversarem, depois de tudo que se
passara. Aproximei-me devagar, e apanhei o final da conversa:
- Precisamos de
um doce fresco. Mas qual? - Disse Erik.
- O Doce
Mortal.
- Ok. Tudo
decidido. Tchau.
- Tchau.
Depois de Erik se ir embora, apareci e fui ter com
Rodrigo. Ele ficou desconfiado, mas não perguntou como tinha aparecido tão
depressa. Entramos na escola, e tivemos a turma sempre irrequieta até á última
aula.
A prof. já não consegui-a aturar-nos, por isso,
mandou-nos para casa. Logo, fui almoçar mais cedo a casa, e Rodrigo fez-me
companhia. Comemos todos juntos, e á tarde eu e Rodrigo fomos dar um passeio e
fazer um piquenique na barragem.
Levamos um cesto e uma toalha para meter no chão.
Aproveitamos as tarde para estarmos os dois sozinhos. Comemos e arrumamos o
resto do lanche. Tinhamos comido sandes com marmelada e sumo de laranja.
Depois de tudo arrumado, deitamo-nos na toalha a ver
as nuvens. Divertimo-nos muito a tentar encontrar formas nas nuvens, mas foi
difícil, pois as nuvens estavam sempre a mudar de forma, havia nuvens em forma
de coisas e animais, e de outras formas estranhas.
Ficamos na barragem, a ver o pôr do sol. O sol a
pôr-se é magnifico, havia cores muito vivas, como amarelo, laranja, rosa e
roxo. A lua pareceu do lado oposto, com uma cor dourada e brilhante. Tinha sido
mágico.
- Qualquer dia,
a lua e o sol encontram-se. - Disse eu, enquanto olhava para os dois.
- Isso é
impossível.
- Não é
impossível. É muito provável.
- Como?
- Tu és a lua,
porque és uma criatura da noite. Eu sou o sol, pois vivo durante o dia. No
entanto, apesar de tu seres a lua e eu o sol, nós estamos juntos como
almas-gémeas. Por isso, porque não poderá resultar com os astros?!
- Boa teoria.
Eu sempre ouvi dizer que, os opostos atraem-se.
- O sol e a lua
são opostos, logo atraem-se.
- Os opostos
atraem-se e tornam-se amores inquebrável.
- Verdade. O
nosso amor é assim.
Ele aproximou-se e deu-me um beijo doce e meigo. Doce,
porque ainda sabia a marmelada. Puxei-o e deu-lhe um beijo, que pareceu
aquecer-me a alma. Beijá-mo-nos outra, outra e outra vez. Foi até eu perder a
conta e dizer que devíamos ir para casa.
- Tens razão.
Vamos para casa, antes que ... - Disse ele afogando.
- Antes que… -
Repeti cansada.
- Nada. -
Exclamou ele, a mudar de assunto.
Não voltamos a tocar no assunto. Fomos para casa da
minha avó, onde ele me deixou e se foi embora. A familia achou-me muito feliz e
perguntou-me o que acontecera. Ao que respondi:
- Ele é maravilhoso. Vimos o pôr do sol.
Estive nos sete céus até á noite, que foi quando ele
voltou. Também ele estava feliz, tão feliz que quando chegou disse-me que
queria dançar. Achei estúpido, mas fiz-lhe a vontade. Dançamos um bocado e
depois fomos dormir. Estávamos tão cansados, que nem sequer falamos antes de ir
dormir ou eu tive tempo de ler o meu livro.
Com o cansaço todo, acho que afastou os sonhos e
pesadelos esta noite. Dormi como uma pedra, não ouvi nada. Só acordei de manhã,
ás 10 horas, e me lembrei que era o dia da festa de anos do Erik e do Rodrigo.
Levantei-me da cama e fui tomar banho, para ficar
bonita para o meu aniversariante. Vesti uma camisola e umas calças simples,
para poder andar por casa e não sujar a roupa que levaria á festa de anos.
Capitulo 40
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Quando voltei a acordar, já Rodrigo se tinha ido
embora e a avó estava a abanar-me para
eu acordar. A avó abanou-me com tanta força que caí da cama abaixo, e
doeu-me muito, mas tive de levantar na mesma. Preparei-me para a escola, meio
acordada e meio a dormir. Parecia um zombei! Que horror!
Fui para a escola, meio a dormir. Quase caí no chão,
quando fui contra uma pedra, mas Rodrigo agarrou-me na altura certa. Ele deu-me
um beijo e, por isso, acordei bem disposta. Seguimos o caminho normal para as
aulas, no entanto, quando chegamos a turma deu os parabéns aos aniversariantes.
A festa de aniversário seria no sábado, ás 20 horas,
em casa deles. Eles ofereciam uma visita guiada pela casa, mas só para quem
estava convidado a ir á festa. Todos queriam ir, mas apenas alguns foram
convidados.
O dia passou depressa, como sempre passava quando
estava com Rodrigo. Era como se ele fizesse com que o tempo passa-se mais
depressa. Seria isso possível? Tenho de lhe perguntar um dia.
A noite chegou e com ela veio Rodrigo. Ficou abraçado
a mim, até eu ter sono e ir dormir. A certa altura ela perguntou-me,
melindrosamente:
- Não tens um
presente para mim?
- Não. Achas
que mereces?
- Claro que
mereço.
- Hum...Ok, mas
se abrires agora, não tens para abrir no sábado. Como preferes?
- És má. Podia
dar-me uma agora e outra no sábado.
- Deves pensar
que sou a Santa Casa da Misericórdia.
- Mas, podes
ser a Santa Casa dos Presentes.
- Isso é no
pólo Norte, que é onde fica a fábrica do Pai Natal. Logo, se queres presentes
pede a ele.
- Má. Não
gostas de mim, por isso, não me dás duas prendas.
- Ah, eu não
gosto de ti?! Vai ver se está a chover e depois vem cá dizer-me.
- Não sejas
assim!
- Estás a dizer
mentiras. Que queres que faça?
- Que não leves
o que digo por mal.
Abraçou com mais força e beijou-me no topo da cabeça.
Agarrou-me a cara e fez-me olha-lo. Os seus olhos lembravam esmeraldas. Deu-me
outro beijo nos lábios e disse-me:
- Não disse
aquilo por mal. Nunca te diria algo assim. Foi só na brincadeira.
- Compreendo.
- Prefiro abrir
a minha prenda no sábado. Faz-te mais feliz?
- Sim. Podemos
ir dormir? É que foi um dia cansativo e tu és um ano mais velho.
- Nem me
lembres disso. Quem me dera poder voltar atrás no tempo.
- Concordo.
Fomos dormir, e logo acabou a conversa. Ele trouxe o
pijama dele, como sempre trazia, para poder dormir comigo. Adormecer-mos
abraçados, e é quando normalmente sonho com coisas estranhas e que se
concretizam.
Desta vez, estávamos em Paris. Estava eu, a Nessa, o
Aaron, Erik, Rodrigo, os pais deles e
mais umas pessoas que não conhecia. Estávamos todos a preparar umas malas e a
dizer que Tinhamos de nos despachar. O sonho andou para a frente.
Depois estávamos na Rússia, mais precisamente num
palácio. Era grande e bonito, mas não consegui ver muito dele, porque fomos
levados para uma sala enorme. Havia um homem á nossa espera. Não vi a sua cara,
pois tinha um grande manto vermelho escuro a tapar-lha. Sabia apenas que era
alto e forte.
Eu e Nessa fomos apresentadas ao tal homem, e ele
disse qualquer coisa numa língua que não entendi. Percebi que era uma língua
antiga e que quase ninguém tinha conhecimento dela. O homem falava com Marcus
nessa língua, mas a certa altura, começou a falar uma português para eu e a
Nessa perceber-mos.
- Devem ficar
duas semanas aqui. - Disse o homem.
- Como lhe
apuser, mestre.
Depois saímos da sala e fomos dar uma volta. Eu e
Rodrigo encontramos um jardim de rosas na parte de trás do palácio, e fomos para
lá. Vimos o pôr do sol abraçados, mas adormecemos no meio das rosas.
Quando acordei no sonho, descobri que não estava no
jardim de rosas, mas num quarto ou sala que tinha uma grande cortina numa das
paredes. Aparece o homem da sala e fez um sinal para mandarem subir a cortina
Olhei para ela, e vi o meu namorado do outro lado.
Estava preso com umas correntes á parede, e as correntes eram muito grandes e
pesadas. Perdiam-no pelos pulsos e deixando marcas. A única coisa que nos
separava era um vidro e as idiotas das correntes. Ele debatia-se, mas logo que
me viu, ele parou.
- Rodrigo!
- Cris! Espera
por mim!
- Esperarei
sempre por ti! - Voltei-me para o homem e disse-lhe: - Solte-o ou mato-o!
- Não tentes
ameaçar-me!
- Senão o que
me faz?! Prende-me? Força! Não tenho medo! - Respondi-lhe. - Mas se lhe
acontecer alguma coisa acabo consigo. - Disse, enquanto apontava para Rodrigo.
- Não teria
coragem, humana.
- Posso ser
humana e não ter muita coragem, mas se fizerem alguma coisa ás pessoas que amo,
não se metam comigo.
- Afinal, és
corajosa. Mas serás suficientemente corajosa?
- Por quem amo,
serei sempre corajosa.
- Só te quero
fazer duas perguntas, por isso, tenta acalmar-te.
- Se responder
ás duas perguntas, você solta-o. Entendido?
- Com certeza.
Prometo solta-o.
- As perguntas.
- Ama-lo muito?
- Sim.
- E estarias
capaz de morrer por ele?
- Sim.
- Nesse caso
... Desculpa.
Nesse momento o sonho acabou. Felizmente, acabou.Capitulo 39
Olá, meus amados filhos das trevas ...
- A bruxa Julie, disse-lhe que o pai era um vampiro e
que morreu ao salvar-lhe a mãe. A mãe não aguentou sem viver sem o pai dela e
suicidou-se. A Helena cresceu, a acreditar nesta história, e casou-se com um
lorde Nicolas. Pelo que me contaram, eles tiveram uma rapariga, chamada
Juliette, e entregaram-na á bruxa Julie. Mas nunca ninguém a viu.
- Juliette? A
rapariga chamava-se Juliette?
- Sim. Porque
perguntas?
- Por nada.
- Resumidamente,
matas-te a mulher que amávamos por amor, viste a minha filha nascer e
mandaste-a para casa da bruxa Julie. E escondes-te tudo isto, porque?! - Disse
Rodrigo.
- Porque tinha
medo que alguém descobrisse.
- Hum ... Ok.
- OK? Mais
nada?
- Queres que
descarregue em ti a fúria que tenho agora?
- Não.
- Então,
acabou-se a conversa. Eu prometo não contar a ninguém sobre a Claire, com uma
condição. Não conto nem aos pais o que aconteceu.
- Qual é a
condição?
- Quero puder
ver Claire quando eu quiser.
- Ok. Prometes
não contar mesmo a ninguém?
- Sim.
- Jura por ela.
- Disse Erik, apontando para mim.
- Eu juro.
- Vamos embora.
- Pedi eu.
- Vamos.
Rodrigo pôs o braço á minha volta e levou de volta
para o corredor. Percebi que ele falava a sério quando disse que não contaria a
ninguém. Eles conversaram o resto do
caminho, como se nada se tivesse passado.
Quando regressamos lá a cima, pedi a Erik algumas
fotos suas para fazer a prenda de aniversário dele, deu-me algumas mas
desconfiado. Lanchei em casa deles e depois o pai deles levou-me a casa.
Dei-lhe um beijo e disse-lhe para voltar á noite.
Depois de ele se ir embora, fui para o quarto fazer os
presentes de aniversário deles. Escondi-os bem, não fosse Rodrigo encontrá-los.
Assim que acabei dos esconder, tomei banho e jantei, para ir para a cama
esperar por Rodrigo. Fui ler para entreter-me, enquanto esperava.
Ele apareceu ás 22 horas, já eu estava quase a
adormecer. Estranhamente, trazia o pijama dele vestido e era engraçado. Era
azul escuro com uns morcegos pretos. Ele meteu-se dentro da minha cama,
tirou-me o livro e disse-me:
- Horas de ir
dormir.
Ele deitou-se e puxou-me para si. Deitei a cabeça no
peito dele e ele abraçou-me. Pouco depois, estávamos os dois a dormir. Tive um
pequeno sonho, antes de adormecer na calma. O sonho, ou será pesadelo, foi
assim:
- Erik! - Gritou Aurora.
Estávamos na festa de anos deles e Erik estava na mesa
da comida. Tivemos uma conversa amigável e divertida, mas Aurora gritara por
Erik de repente, sem explicação. Ele virou-se para ela e viu-a a chorar. Tinha
lágrimas de raiva ou de arrependimento. Ele foi ter com ela, e ela disse-lhe:
- Acabou. Não
te amo mais.
Erik ficara
mais branco que cal, e entrou em estado de choque.
- Porquê?
- Simplesmente,
não sou a pessoa ideal para ti.
- Mas ...
- Não á mas.
Acabou. Fim. Nunca mais me fales.
- Se é isso que
queres ...
- É isso que
quero.
- Muito bem,
considera-o feito.
- Obrigada.
Depois da conversa ela saiu da festa e nunca mais a
vimos. Erik sofreu, novamente, um desgosto de amor. Que o fez voltar a
zangar-se comigo e com Rodrigo, pois achava que Tinhamos sido nós a manipular a
Aurora para acabar a relação com ele.
O sonho acabou e não voltei a relembra-lo. Passei o
resto da noite num sono tranquilo como uma pena e profundo como um poço. Foi
muito bom, depois de noites intermináveis com sonhos ou pesadelos idiotas e que
se concretizam sempre.
Só acordei, porque senti Rodrigo mexer-se. Ele estava
a tentar sair sem me acordar, mas não ia com seguir. Tenho um sexto sentido.
Agarrei-o e levantei a cabeça meio ensonada para vê-lo. Tinha o cabelo loiro
despenteado e os olhos verdes cansados. Olhei para o relógio, e mostravam 4:30
da manhã.
- Ias-te
embora?
- Sim. Não
fosse a tua avó encontrar-me.
- Fica. Não
pensas-te que eu não notava?! Pensas-te?
- Talvez. Como
soubeste?
- Tenho um
sexto sentido.
- Sempre,
pensei que só os vampiros é que tinham um sexto sentido.
- Sou
alma-gémea de um vampiro, também conta para a lista.
- Tens razão.
Vamos voltar a dormir? Prometo não fugir.
- Vamos dormir.
E voltamos a adormecer. Apesar de o tempo para voltar
a dormir seja pouco, foi maravilhoso e quentinho. Especialmente, porque tinha
Rodrigo comigo e a abraçar-me. Os seus abraços eram sempre muito quentes,
reconfortantes e muito, muito apaixonados.
Capitulo 38
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Uma parte da parede estava a abrir-se como uma porta.
Mostrava uma pequena sala, dentro de uma velha gruta. A sala era feita de
grandes pedras, e no meio existia um caixão de vidro, com Claire lá dentro.
Estava frio lá dentro, parecia uma arca congeladora,
até as pedras ali espalhadas estavam congeladas e parecidas com cristal. No
caixão via-se uma bela e magra rapariga congelada e morta. Tinha o cabelo
castanho solto, e tão grande que lhe dava pela cintura.
Tinha na cabeça uma lindíssima coroa de rubis e
diamantes. O vestido era vermelho e prateado, e tinha a pele muito branca,
lembrava um fantasma congelado. As mãos dela estavam juntas e com uma rosa
vermelha sangue nas mãos.
Uma rosa sangue? Onde é que eu vira uma igual? Já me
lembro! Foi o Erik que me deu uma rosa sangue. O Erik, ele podia ter dito que
ia viajar, mas ficara lá para tratar dela. Ele mentira a toda a gente. Pensando
bem no assunto, a letra dos livros era parecida com a dele, a rosa igualmente
parecida com a que ele me dera e o modo como descreveram o que se passara era
igual á dele. Foi o Erik, que a amara, tivera a filha e matara-a.
- Oh, meu Deus!
- Gritei. - Foi ele que matara Claire.
- Quem?! -
perguntou-me Rodrigo. - Diz-me. Por favor ...
Ele aproximou-se dela e olhou para ela com a cara
muito triste. Lágrimas começaram a cair dos seus belos olhos esmeralda, e as
lágrimas pareciam cristal. A sua mão posou no vidro, mesmo por cima do coração.
Aquela cena estava a matar-me por dentro. Revivê-la daquela maneira, devia ser
muito triste. Principalmente, não sabendo que tinha sido o irmão a matar a sua
amada. Eu queria conta-lhe, mas tinha medo que ele não aguenta-se a verdade.
Ele desviou o olhar dela e olhou-me directamente nos
olhos. Era como se olhar me entra-se pela alma e a tristeza passa-se para mim
pelo vento. A cara dele estava cheia de dor e desespero de não saber a verdade.
- Por favor
diz-me quem foi que lhe fez isto. Por favor ... - Pediu-me ele, novamente.
- Foi ... foi
... foi ... - Tentei dizer-lhe, mas engasgava-me sempre que ia dizer o nome
dele.
- Foi?
- Foi o Erik. -
Disse baixinho.
- Quem? Não
ouvi nada.
- Foi o Erik!
Ele matou-a, porque ela lhe pediu.
- O quê? -
Exclamou ele chocado. - Não. Isso é mentira.
- É verdade.
Ela sabia que eras um vampiro e acabou contigo, por causa disso. Ela não queria
viver como vampira, por isso, pediu ao Erik que a mata-se por amor. Ele
amava-a, e cego de amores por ela, fez o que ela lhe pediu.
- Ele não tinha
o direito! Não tinha!
Nesse momento, parecia que tinha adivinhado, apareceu
Erik na gruta. Fiquei entre eles para evitar que Rodrigo tenta-se matar Erik.
Erik tinha cara de confusão e de quem não sabia que fazer ou dizer. Rodrigo era
o oposto, estava furioso e louco de raiva.
Rodrigo já tinha dado um murro ao irmão, se eu não
estivesse no caminho dele. Podia sentir e ver a fúria de Rodrigo e a confusão
do Erik. Talvez, devesse tentar acalmar a situação. Mas era tarde demais,
Rodrigo já estava a acusar Erik.
- Não tinhas o
direito!
- Ela sabia e
eu amava-a. Não me podes bater por ama-la.
- Tens razão.
Mas posso bater-te por a teres morto.
- Ela pediu-me
e eu recusei-lhe a principio. Mas aconteceu e ela implorou-me.
- O que é que
aconteceu?
- Nada que
tenhas de saber.
- No entanto,
eu quero saber. Agora, ou troço-te o pescoço.
- Rodrigo! -
Gritei-lhe.
- Desculpa. Ainda
quero saber o que aconteceu.
- Nós ...
tivemos uma relação.
- Uma relação?!
- Que numa
noite acabou na cama e ela ficou grávida.
- Tiveste um
bebé dela?!
- Não. Tive uma
bebé. Uma rapariga e não um rapaz.
- Eu mato-te
hoje!
Tinha já os punhos fechados e estava a preparar-se
para se atirar a Erik. No entanto, eu consegui impedi-lo a tempo. Ele tentou
acalmar-se e esperou pela continuação da história, enquanto eu lhe segurava as
mãos, para acontecer um interdito.
- Continua. -
Disse Rodrigo.
- Acho que a
bebé não era minha, porque nasceu com cabelos loiros e olhos prateados. Era
muito bonita, e tinha um sinal de nascença estranho.
- Estranho como
?
- Era uma
estrela na cintura. Por isso, achas que não era minha.
- Espera. Uma
estrela na cintura?
- Sim. Foi o
que disse.
- Continuando.
Tiveste uma filha e ...
- E não fiquei
com ela. Deixei-a a uma pessoa de confiança.
- Quem?
- Há bruxa
Julie. Ela prometeu-me cria-la e não revelar-lhe nada dos pais, se eu
promete-se proteger-lhe a familia.
- Ela não era
tua filha. Era minha filha! - Disse Rodrigo sério.
- Como?
- Nenhum dos
dois tem uma estrela na cintura, mas eu tenho. E nem tu ou ela, são loiros, mas
eu sou. Logo a bebé era minha.
- Faz sentido.
- Que nome lhe
deste?
- Helena.
- Bonito nome.
O que lhe aconteceu?
Capitulo 37
Olá, meus amados filhos das trevas ...
Abri o livro e folhei umas páginas. Era velho e
algumas palavras não se conseguiam ler, mas com um pouco de paciência éramos
capazes ler o que lá estava escrito. Exclusivamente, as páginas finais falavam
de Claire. Comecei a ler uma das páginas, que dizia:
"Ela irá ser minha. Farei o que tiver de fazer,
para a conseguir para mim."
Ele fez o que tinha de fazer para a conseguir,
incluindo matá-la. O modo como escreveu, mostra que ela estava com outro e que
ele a amava muito. No entanto, o amor que ele tinha era doentio, por isso,
quando percebeu o mal que fizera, o amor dele transformou-se em ódio. Um ódio
muito grande, que fez com que ele não se apercebe-se do que fazia.
Mais á frente, escreveu palavras mais fortes e exigentes,
loucas:
"Ele não faz nada, e ela sabe o segredo. Se ele
não fizer, eu farei alguma coisa."
No livro, avancei dois meses, e nas frases que ele
voltara a escrever eram chocantes. E descreveu como faria as coisas para não
desconfiarem. Antes de chegar a umas frases, ele disse que a iria congelar
depois de morta, para a puder ver para sempre. Mas o interessante foi:
"Ela está grávida. A bebé é minha,
ou pelo menos penso que é minha.
Mas não vou poder ficar com ela, pois iriam
desconfiar. Por isso, ficará com uma pessoa de
confiança."
Ele sabia que ela estava grávida, e que a bebé era
dele, ou pensava ele que era. Mas foi matá-la na mesma. Porque o fez? Ao menos
não matou a bebé, deixou-a a alguém de confiança. Mas quem seria? Alguém que
lhe deu educação. No entanto, teria sido boa ideia deixa-la? Não me parece.
Ele tinha linhagem, independentemente, do que
acontece-se a ela. Continua faltar o porquê nesta história. Se ele a amava,
porque a matou. Porquê? Ela podia não ama-lo, mas teria sido por isso que a
matou? Sim ou não?
Segui umas páginas para a frente, e 6 meses se
passaram. E foi nestas páginas que tive a resposta ao porquê. Ele escrevera o
que se passara:
"A bebé está bem e a mãe também. Mas ela disse-me
que
não suportaria viver como vampira e pediu-me que a
mata-se.
Não o fiz. E ela ordenou-me a mata-se por amor.
Disse que se eu a amava que a mata-se. Foi o que fiz,
e irei
arrepender-me para o resto da vida de o ter feito.
Matei-a. Matei-a por ama-la."
Coitado. Ele matou-a, mas foi por ama-la. Não
entendi-a. Como é que isso fez ele ou ela mais felizes? Ele amava-a tanto, que
a matou, porque ela lhe pediu. Por um lado compreendo, mas por outro lado não
compreendo. Não era certo, mas também não era errado, pelo menos não era
completamente errado.
Ela era o amor dele, por isso, ele fez tudo o que ela
queria. Só para a ter para ele, nem que fosse nos últimos minutos da vida dela.
No entanto, deveria ter dito que não, mas para ele era impossível recusar-lhe
alguma coisa. Nem que fosse, o mais insignificante desejo ou pedido. O amor é
mágico e, por vezes, trágico. Neste caso amoroso, o amor foi uma tragédia
mortal.
Voltei a pôr o livro onde estava, e fui para a enorme
caixa. Era realmente bonita, e tinha uma placa com um nome. Retirei o pó e li :
Claire. Acho que tive um ataque, quando vi o nome dela ali escrito.
Recomecei a ler as frases, e desta vez, chamei Rodrigo para junto de mim.
Lê-mos os dois e sentarmo-nos a pensar. Vi que ele
queria abrir a caixa. ou será caixão? É o mesmo!
Agarrei nele e puxei-o para me ajudar a abrir a caixa,
ou caixão. Ele pareceu ficar confuso, mas animado.
- Sei que
queres abrir isto, por isso, vamos abri-la.
Eu fiquei a uma ponta e ele na outra ponta. Contei até
três e fizemos força. A principio, quase não se mexeu. Mas com a força de
Rodrigo, começou a mexer-se um bocado. Continuamos a fazer força, até não
aguentar-mos mais. Ele acabou primeiro, por isso, veio ajudar-me.
Quando acabamos de abrir a caixa, olhamos para dentro
dela, e ... Nada. Tinha um pequeno cartão, e mais nada. Estava fazia, mas eu
sabia que ela estava perto. Ele amava-a demais, para a deixar num sitio tão
visível, onde todos a podiam ver.
Ela estava num sitio perto, mas escondida. Talvez por
detrás de uma parede ou armário, num santuário secreto para ela. Devíamos
procurar uma pedra saída, uma alavanca ou outra coisa parecida. Antes disso,
estiquei-me e agarrei o cartão. Abri-o e li-o em voz alta:
"O
vampiro tem a Rosa.
A Rosa tem o mundo.
O mundo esconde um segredo.
Para a encontrares, procura o mundo.
E a Rosa encontrarás.
Dentro dela o vampiro."
- Temos de
procurar o mundo e uma rosa. Mas onde? - perguntou-me ele.
- Talvez, á
volta da caixa. Foi onde o cartão estava.
- Boa ideia,
querida.
- Obrigada.
Rodrigo viu a tampa da caixa, enquanto que eu vi-a á
volta. De repente, vi um circulo no meio da caixa. Tirei o pó com a mão, e
encontrei o mundo e, por cima, a rosa. Empurrei-a e, logo se ouvir uma porta a
abrir-se.
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