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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 39

Olá, meus amados filhos das trevas ...


- A bruxa Julie, disse-lhe que o pai era um vampiro e que morreu ao salvar-lhe a mãe. A mãe não aguentou sem viver sem o pai dela e suicidou-se. A Helena cresceu, a acreditar nesta história, e casou-se com um lorde Nicolas. Pelo que me contaram, eles tiveram uma rapariga, chamada Juliette, e entregaram-na á bruxa Julie. Mas nunca ninguém a viu.
 - Juliette? A rapariga chamava-se Juliette?
 - Sim. Porque perguntas?
 - Por nada.
 - Resumidamente, matas-te a mulher que amávamos por amor, viste a minha filha nascer e mandaste-a para casa da bruxa Julie. E escondes-te tudo isto, porque?! - Disse Rodrigo.
 - Porque tinha medo que alguém descobrisse.
 - Hum ... Ok.
 - OK? Mais nada?
 - Queres que descarregue em ti a fúria que tenho agora?
 - Não.
 - Então, acabou-se a conversa. Eu prometo não contar a ninguém sobre a Claire, com uma condição. Não conto nem aos pais o que aconteceu.
 - Qual é a condição?
 - Quero puder ver Claire quando eu quiser.
 - Ok. Prometes não contar mesmo a ninguém?
 - Sim.
 - Jura por ela. - Disse Erik, apontando para mim.
 - Eu juro.
 - Vamos embora. - Pedi eu.
 - Vamos.
Rodrigo pôs o braço á minha volta e levou de volta para o corredor. Percebi que ele falava a sério quando disse que não contaria a ninguém.  Eles conversaram o resto do caminho, como se nada se tivesse passado.
Quando regressamos lá a cima, pedi a Erik algumas fotos suas para fazer a prenda de aniversário dele, deu-me algumas mas desconfiado. Lanchei em casa deles e depois o pai deles levou-me a casa. Dei-lhe um beijo e disse-lhe para voltar á noite.
Depois de ele se ir embora, fui para o quarto fazer os presentes de aniversário deles. Escondi-os bem, não fosse Rodrigo encontrá-los. Assim que acabei dos esconder, tomei banho e jantei, para ir para a cama esperar por Rodrigo. Fui ler para entreter-me, enquanto esperava.
Ele apareceu ás 22 horas, já eu estava quase a adormecer. Estranhamente, trazia o pijama dele vestido e era engraçado. Era azul escuro com uns morcegos pretos. Ele meteu-se dentro da minha cama, tirou-me o livro e disse-me:
 - Horas de ir dormir.
Ele deitou-se e puxou-me para si. Deitei a cabeça no peito dele e ele abraçou-me. Pouco depois, estávamos os dois a dormir. Tive um pequeno sonho, antes de adormecer na calma. O sonho, ou será pesadelo, foi assim:

- Erik! - Gritou Aurora.
Estávamos na festa de anos deles e Erik estava na mesa da comida. Tivemos uma conversa amigável e divertida, mas Aurora gritara por Erik de repente, sem explicação. Ele virou-se para ela e viu-a a chorar. Tinha lágrimas de raiva ou de arrependimento. Ele foi ter com ela, e ela disse-lhe:
 - Acabou. Não te amo mais.
 Erik ficara mais branco que cal, e entrou em estado de choque.
 - Porquê?
 - Simplesmente, não sou a pessoa ideal para ti.
 - Mas ...
 - Não á mas. Acabou. Fim. Nunca mais me fales.
 - Se é isso que queres ...
 - É isso que quero.
 - Muito bem, considera-o feito.
 - Obrigada.
Depois da conversa ela saiu da festa e nunca mais a vimos. Erik sofreu, novamente, um desgosto de amor. Que o fez voltar a zangar-se comigo e com Rodrigo, pois achava que Tinhamos sido nós a manipular a Aurora para acabar a relação com ele.

O sonho acabou e não voltei a relembra-lo. Passei o resto da noite num sono tranquilo como uma pena e profundo como um poço. Foi muito bom, depois de noites intermináveis com sonhos ou pesadelos idiotas e que se concretizam sempre.
Só acordei, porque senti Rodrigo mexer-se. Ele estava a tentar sair sem me acordar, mas não ia com seguir. Tenho um sexto sentido. Agarrei-o e levantei a cabeça meio ensonada para vê-lo. Tinha o cabelo loiro despenteado e os olhos verdes cansados. Olhei para o relógio, e mostravam 4:30 da manhã.
 - Ias-te embora?
 - Sim. Não fosse a tua avó encontrar-me.
 - Fica. Não pensas-te que eu não notava?! Pensas-te?
 - Talvez. Como soubeste?
 - Tenho um sexto sentido.
 - Sempre, pensei que só os vampiros é que tinham um sexto sentido.
 - Sou alma-gémea de um vampiro, também conta para a lista.
 - Tens razão. Vamos voltar a dormir? Prometo não fugir.
 - Vamos dormir.
E voltamos a adormecer. Apesar de o tempo para voltar a dormir seja pouco, foi maravilhoso e quentinho. Especialmente, porque tinha Rodrigo comigo e a abraçar-me. Os seus abraços eram sempre muito quentes, reconfortantes e muito, muito apaixonados.

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