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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 31

Olá, meus amados filhos das trevas ...


O lanche foi muito divertido, e cheio de gargalhadas e sorrisos. A Rose fez - me o favor da contar uma divertida e louca aventura de Rodrigo e de Aaron. A aventura de Rodrigo era que, quando ele era pequeno e a Rose lavava a roupa num tanque, ele meteu a boca no buraco e foi bebendo a água com sabão até ficar meio bêbado e ir aos tombos. O Aaron tinha ido apanhar pinhas e levou com uma pinha fechada no meio da cabeça.
 - É por isso que não bates bem da...pinha! - Comentei eu. - E tu andas sempre meio bêbado.
 - Ah! Ah! Ah! Ah! Mas que engraçadinha! - Respondeu o Aaron.
 - Digo o mesmo. - Concordou Rodrigo.
 - Eu sei, querido e meu amor. - Sussurrei - lhes.
 - É querido, mas não é para ti. - Reclamou a Nessa.
 - Assanhada!
 - Eu não estou assanhada.
 - Claro! Tu não estás assanhada e eu sou o Pai Natal.
 - Talvez esteja um bocadinho assanhada. - Concordou ela.
 - Ainda bem que percebes - te, Palitótó.
 - Palitótó?! - Exclamaram Aaron e Rodrigo.
 - É uma pessoa que levou os palitos, logo é uma palitótó. - Expliquei eu e a Nessa.
 - Ok, nós entendemos.
Nesse momento, apareceram Erik e a Aurora. Vinham de mãos entrelaçadas, e foi aí que reparei no sinal da mão dela, em forma de coração como a Brancura tinha. Olhei para ela nos olhos, e vi a cor dos olhos mudarem de castanho para verde e vice - versa. Era misterioso.
Desviei o olhar para Erik que olhava para mim e para o irmão. Via - se a confusão e o medo no eu olhar. Ele queria perdoar - me e ao irmão, mas tinha medo que nós o pudéssemos magoar, novamente. No entanto, ele sabia que se não nos perdoa - se podia ficar sem bestfriend e um irmão. Não o iria preciosas, ele com o tempo decidirá.
Eu sei, que tu sabes. Não é altura para falarmos, falaremos mais tarde.
 - Está bem.
 - Com quem falas? - Perguntou - me Rodrigo, ao ver que eu falava sozinha.
 - Eu falava com a Brancura.
 - Porque não lhe respondes - te por pensamento?
 - Posso fazer isso?!
 - Claro. A tua ligação com ela é mais poderosa que a minha, e eu consigo falar com o meu animal. Por isso, podes falar com ela por pensamento.
 - Tens razão.
 - Eu sei que tenho. Tenho sempre razão.
 - Convencido!
 - Achas?
 - Não, meu amor.
 - Ainda bem, chérie.
 - Ok, fofoinho (Quer dizer:"fofinho", mas mais adorável.)
Respondi á Brancura por pensamento e depois não voltamos a falar, por isso, não sou mais nenhuma explicação para aquela situação. Por muito que me custa - se a admitir, Erik e Aurora faziam um bonito par de namorados. A Nessa e o Aaron também eram lindo casal. Marcus e Rose igualmente bonitos. Eu e Rodrigo éramos também um lindo casal de almas - gémeas.
Depois do lanche, Erik levou a Aurora a casa. Aaron foi com a Nessa para verem o resto da casa e os pais de Rodrigo foram para a sala. Ficamos eu e Rodrigo na cozinha, sozinhos.
 - Queres ver o meu quarto? - Perguntou - me Rodrigo. - Prometo que é só ver!
 - Vamos.
Para não passarmos pela sala, fomos pela sala de jantar que tinha uma porta para o corredor que dava para os quartos. Pelo caminho ele pôs o braço nos meus ombros. Chegámos á porta muito depressa, e ele ficou tenso e nervoso. Olhou para mim e para a porta, com o pânico na cara. Não fiz ou disse alguma coisa, para não o enervar mais. Agarrou - me na mão e pôs - se a brincar com os dedos, eu farta disse alguma coisa.
 - Se não quiseres mostrar - me o quarto, deixar estar. Eu não me importo.
 - Não. Eu quero mostrar - te, mas não sei como vais reagir.
 - A reacção é minha, por isso, não te preocupes. Vais mostrar - me o quarto, ou não?
 - Ok. Vamos entrar?!
 - Vamos. - Disse - lhe, enquanto entrava no quarto.
O quarto era muito bonito. Na parede da frente, por baixo da janela, havia uma cama muito grande, com lençóis pretos (com as dobras em branco), almofadas castanhas escuras e pretas. Sobre a cama, pendurados nos cantos de ferros que se estendiam para cima, caia uma cortina comprida cinzenta que tapava a cama.
Do lado esquerdo da cama, existia um roupeiro preto com gravuras em prata, uma secretária branca com os livros e o computador, e na parede havia duas prateleiras. Uma das prateleiras tinha uma aquário, a outra tinha fotografias de familia.
Do lado oposto da cama, estavam mais duas prateleiras, uma com pistolas e a outra com carros. Entre as prateleiras, havia um sofá de dois lugares castanho, com uma enorme tapete cinzento com o desenho de um morcego e uma lua quarto crescente.
Cada parede estava pintada de uma cor diferente, uma era branca, outra era castanha, a seguinte era preta e a ultima era cinzenta. O aquário estava na parede pintada de castanho, e estava a meter - me curiosidade, por isso, fui espreitar. No entanto, não havia nada lá dentro, estava vazia.
 - Meu amor, que bicho é que, supostamente, devia estar aqui?! - Perguntei - lhe.
 - Como supostamente? Não está aí a Noite?
 - Não. E quem é a Noite?!
 - Agora não te posso responder. Tenho de encontrá - la.
E pôs - se á procura do bicho que devia chamar - se Noite e que deveria estar dentro do aquário na prateleira. Não liguei muito ao assunto, até que senti alguma coisa a subir - me pelas pernas, a atravessar as minhas costas e a enrolar - se á minha cintura. A pele da coisa era escamosa, mas fofinha. Senti a respiração da coisa da minha cara e decidi virar - me, mesmo não sabendo o que era o bicho.
Apanhei um susto tão grande, que achei que ia desmaiar e que o meu coração iria parar de bater naquele instante. Ao meu lado estava a cabeça de uma cobra, que a certa achei que ia fazer de mim o seu lanche. Mas isso não aconteceu, porque quando olhei a cobra nos olhos, vi que se pareciam com os de Rodrigo e que ela era minha amiga. Era magnífica, deveria ter quase 2 metros e era preta com um padrão branco e castanho.
Cuidadosamente, levantei a mão e fiz uma festinha á cobra, mesmo por baixo do pescoço, e ela pareceu gostar, porque depois encostou a cabeça dela á minha bochecha e fez - me ela uma festinha.
Ri - me do acontecimento e memorizei na cabeça que nunca esqueceria este dia, era engraçado como uma cobra de 2 metros podia ser nossa amiga. A cobra posou a cabeça no meu ombro, eu virei - me e fiz - lhe outra festinha na cabeça.
 - Rodrigo, a Noite é uma cobra? - Perguntei - lhe, enquanto fazia festinha a uma cobra como se fazia a um gato.
 - Sim. - Virou - se para mim. - Como é que sabes?!
Assim que fez a pergunta, teve logo a resposta visual. Quando viu a cobra ao meu lado, ele ficou mais branco que a cal e os olhos pareceram quase que iam saltar. Até correu para mim, só para me tirar a cobra e a pôr dentro do aquário.
Depois de me tirar a cobra, deu um beijo e tirou o telemóvel dele para meter música. Meteu um slowly, curiosamente. Agarrou - me e começou a dançar comigo. Nós dançamos, dançamos e dançamos, até os nossos pés não aguentarem mais. Depois da dança, finalmente, acabar, fomos sentar - nos no sofá. Era confortável e dava vontade de dormir uma soneca nele.
 - Porque tens uma cobra no quarto?
 - Porque estou ligado a ela.
 - Mas isso é possível? Ter ligação com dois animais diferentes?
 - Sim, deste que tenham algo em comum. Mas á sempre o animal principal, que no teu caso é o lobo e no meu é o morcego.
Estávamos tão cansados, que quando ele se deitou no sofá, eu caí em cima dele. Pus a cabeça no peito dele e adormeci, com ele. Acordamos com a Nessa a abanar-me e o Aaron á estalada ao Rodrigo. Levantámo-nos depressa, pois não queríamos acabar nos cuidados intensivos do hospital, e porque eram horas de ir embora para casa.
Aaron fez-nos companhia, porque queria levar a Nessa a casa e dar-lhe um beijo antes de ir para a casa dele. Comigo foi o mesmo, mas Rodrigo iria ter comigo e o Aaron não podia ir ter com a Nessa.
 - Hoje posso vir ter contigo?
 - Claro.
 - A que horas?
 - Ás 10 horas.
 - Adeus.
E ele foi-se embora, para mais tarde, regressar para os meus braços e eu para os braços dele. Só tinha de esperar até á 10 horas. Não era muito...

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