A princípio não percebi, porque é que ele me
perguntara se eu tinha a certeza, mas agora... Depois de estar 2 horas a ver
fotos e só ir a meio dos álbuns. Tínhamos visto, pelo menos, 6 álbuns e ainda
faltavam outros 6 álbuns para ver. Decidimos que ficaríamos por ali, porque já
tinha a fotos que necessitava, mas reparei que faltavam fotos em todos os
álbuns.
- Ro, porque
faltam fotos nos álbuns?
- Porque o Erik
levou - as para o seu próprio álbum de fotos. O que é que me chamas - te?
- Ro. O
diminutivo do teu nome. Gostas?
- Sim.
Estávamos sentados no sofá, a ver as fotos, quando ele
aproveitou para me dar um longo beijo. Com o beijo, acabou a concentração. Ele
deitou - me e depois deitou - se ele por cima de mim, para continuar a beijar -
me. Segurava - o pelo ombros e ele segurava - me pela cintura. Os beijos foram
aumentando de temperatura, tão quentes que nós quase nem conseguíamos recuperar
o fôlego.
De repente, ele deixou de me beijar nos lábios e
começou a beijar - me no pescoço. Era muito bom, posso vos dizer. Ele beijava -
me de cima para baixo, e vice - versa, e passava as persas na pele, como se
fizesse um linha invisível. Os olhos dele escureceram, a respiração era rouca e
o calor do corpo aumentava.
Continuava a beijar - me no pescoço, mas não me
queixava, pois era maravilhoso. Parecia uma massagem, suave e com precisão.
Depois parou, como se tivesse encontrado o que procurava. Levantou a cara,
olhou - me nos olhos, e sorriu - me. Um sorriso provocador, para regressar aos
beijos no pescoço, mas antes lamber os lábios com a fome a passar - lhe pela
cara. No entanto, ainda exclamou:
- Deixa - me
provar - te. - Com a voz rouca.
- Sim.
- Poderá doer,
mas depois passa a dor.
Logo que acabou de me dizer isto, lambeu - me o
pescoço. E tenho a certeza, que apareceu lá uma veia minha. Ouvi a sua
respiração ficar mais rápida e estrondosa. O coração dele batia irregularmente.
E a temperatura corporal dele aumentou ardentemente. O ar ficara mais húmido e
o sol escondera - se nas nuvens. Deixando - nos ás escuras e com ele pronto,
quando......
- Está tudo
bem? - Perguntou a Rose, de repente.
Rodrigo assustou - se tanto, que saiu de cima de mim e
caiu no chão. Caiu com tanta força, que se ouviu estalo das costas a bater no
chão de madeira. Mandei um grito de susto, mas quando vi ele no chão, fiquei
ralada com ele.
- Estás bem?
Ro? Meu amor? Responde - me, merda!
Levantei - me depressa e fui ajudá - lo a levantar -
se do chão. Sentei - o no sofá e ajoelhei - me á sua frente para verificar se
ele estava bem. Abracei - o para ver se ficava melhor, e depois lembrei - me
que um copo de água faria lhe bem.
- Vou buscar -
te um copo de água. Ficas bem?
- Sim.
Saí do escritório, deixando Rodrigo sozinho, e fui á
cozinha. Rose não estava lá, mas tinha deixado um bilhete: Fui ás compras
com o pai. Bjs. Então tinha de encontrar os copos sozinha. Bonito serviço!
Demorei 10 minutos para achar os copos. Agarrei na
garrafa da água, enchi o copo e pus - me a caminho. O caminho foi rápido, por
isso, cheguei a tempo de ouvir a conversa de Rodrigo com Erik. Falavam sobre
mim e outra rapariga, pelo que eu percebi.
- Tentas - te
prova-la?
- Sim, mas não
consegui.
- Ela deixou?
- Sim. E estive
muito perto. Bolas!
- O que
esperavas?! Que depois de a provares, ela te dissesse para continuares?
- Olhar dizia -
me que sim.
- Não quererás
dizer, que era a alma dela que dizia que sim.
- Que queres
dizer com isso?
- Oh! Não me
digas, que não percebes - te que a alma dela é a de Claire. A Claire que tu
amas - te e que te abandonou sem qualquer explicação. A bela Claire, de cabelos
castanhos e olhos cinzentos como prata.
- Eu sei que a
alma dela é a Claire.
-
Resumidamente, estás com ela porque ela tem a alma da tua antiga amada Claire.
Não é verdade?
Ele não respondeu, logo era verdade. O meu coração
parou, o sangue gelou - me e um buraco pareceu abriu - se. O copo caiu - me das
mãos e partiu - se em mil pedaços no meu do chão do corredor. Rodrigo e Erik
vieram a correr para a porta para ver o que se passava, mas não lhes liguei.
Estava demasiado magoada, para me importar.
Afastei - me da porta e fui para a cozinha, novamente.
Não pensei duas vezes, abri a porta com o demónio e entrei. Desci as escadas
apressadamente e corri, não sei para onde, para encontrar o corredor. Acabei
por encontra - lo, atravessei - o sem tomar atenção a nada, e cheguei ao
alçapão. Não me interessei se tinha fechado o alçapão ou não, passei pela ponte
e só parei debaixo da árvore de jasmim. Encostei - me á árvore, meti a cabeça
nos joelhos e chorei, como nunca tinha chorado.
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