Que haveria eu de lhes oferecer? A Rodrigo já sabia,
porque tinha juntado dinheiro para comprar dois anéis, um para cada um. Eram
anéis simples de ouro com "Love" gravado. Ele iria adorar.
Mas a prenda para Erik, eu não sabia o que fazer.
Talvez um álbum de fotos ou uma grande moldura com os melhores momentos dele em
fotos. Sim, seria a moldura o presente ideal.
Fui para a escola com Rodrigo e tudo correu bem.
Curiosamente, Erik não aparecera na véspera do seu aniversário. Disse a Rodrigo
que precisava ir á ourivesaria, e ele disse - me que queria levar - me até lá e
fazer - me companhia. O pai dele é que nos deu boleia até á ourivesaria e
esperou por nós.
Quando chegamos á loja, mandei Rodrigo para o canto da
loja para não ver o presente. Ele ficou amuado, mas depressa lhe passou, porque
sabia que aquilo não o ajudaria em nada. Pedi á senhora da loja para me trazer
o que lhe tinha encomendado e para não falar do presente porque estava ali o
aniversariante. Paguei depressa e discretamente, para que ele não visse, e
fomos embora.
- Já podes vir.
- Finalmente.
Que compras - te?
- A tua prenda
de aniversário.
- O que é?
- Digo - te
quando fizeres anos.
- Mas é amanhã!
- Eu sei. E
será amanhã é que te irei dizer.
Entramos no carro do pai dele e arrancámos. Pedi para
irmos a casa dele, para procurarmos algumas fotografias e para mostrar a Rose o
presente dele. E enquanto eu ia dizendo isto, nós chegamos a casa dele.
Fui procurar Rose e Rodrigo veio comigo. Estava no
jardim a tratar das rosas e cantar uma bonita, e familiar canção. Não reparou
que tínhamos chegado, por isso, disse - lhe olá.
- Olá, não vos
ouvi chegar. Que fazem aqui?
- Eu vi aqui,
porque quero mostrar - lhe o presentes de anos de Rodrigo. E procurar umas
fotos para a prenda de anos do Erik.
- A sério? Vais
fazer um presente para a besta do meu irmão?!
- Sim, vou
fazer um presente e não digas isso do teu irmão.
- Porquê?!
- Porque são
irmãos e sangue do mesmo sangue.
- Ok. Eu não
aquilo novamente, mas não quer dizer que não pense assim.
- Está bem, mas
tenta não ser dessa maneira.
- Posso tentar,
no entanto, não te prometo nada.
- Como queiras.
- Voltei - me para Rose. - Acha que dá para lhe mostrar agora a prenda dele e
para a Rose me dar a sua opinião?
- Eu digo - te
a minha opinião. Mas primeiro vamos para dentro de casa. Depois vais buscar a
prenda, se a tiveres contigo melhor. E por fim, vens ter comigo á cozinha
sozinha. - Rose olhou directamente para Rodrigo, quando murmurou "
sozinha".
Assim fizemos. Pedi a Rodrigo que espera - se por mim
na sala, enquanto eu ia á cozinha. Passei a caixa com os anéis a Rose, e ela
disse que os adorava e que Rodrigo também iria adorar. Ela deu - me a caixa e
eu guardei - a dentro do bolso do casaco. Fiquei muito feliz, com a opinião
positiva, e lembrei da bonita musica que Rose estava a cantar.
- Que música
era aquela que estava a cantar?
- Beauthy
and the Beathe.
- Eu sabia que
conhecia a música, mas me lembrava.
- É uma música
bonita.
- Concordo.
Sabe onde posso encontrar, nesta casa enorme, os álbuns de fotos?
- Sim. No
escritório.
- Onde é que
fica?
- Primeira
porta do corredor, ao sair da sala, á esquerda.
- Obrigada.
- De nada.
Fui á sala,
agarrei em Rodrigo e fomos para o escritório. Era espaçoso, pintado de verde -
claro e branco á volta da porta e da janela. Tinha duas estantes, uma ao lado
da outra, uma secretária branca e um grande sofá creme, que parecia ter sido
feito de propósito para se deitar nele. A luz do Sol era radiante e calorosa
para um dia de Inverno.
- Que precisas?
- Perguntou - me Rodrigo.
- De todos os
álbuns de fotos, que existirem.
- Ok, mas tens
a certeza que queres todos?
- Sim. Porque
perguntas?
- Por nada. -
Disse - me ele, meio a rir - se.
E começamos a procurar os álbuns, para eu puder
escolher as melhores fotos.
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