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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 29

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Entramos em casa, e logo ouvimos gargalhadas vindas da sala. Depois de Rodrigo ir pôr a mala dele ao seu quarto, fomos para a sala. Quando chegamos, Rose, Marcus, Erik e outra rapariga olharam para nós. Reparei que Aaron não estava lá, não sei porque seria, mas era bom que aparece - se, senão tínhamos chatices.
Fomos os três sentar no sofá grande disponível, que era mesmo á frente de Erik e a rapariga bonita. Olhei para ela, era muito bonita. Tinha cabelos cor de ouro e olhos verdes azulados, trazia vestido uma camisola azul, calças pretas e botas castanhas até aos joelhos. Ela percebeu que eu estava a olhar para ela, por isso, olhou para mim e apresentou - se.
 - Olá, sou a Aurora.
 - Olá, eu sou a Cristiana.
 - Prazer em conhecer - te. Ouvi dizer que tu e o Erik acabaram, é verdade? - Perguntou - me ela.
 - Sim. - Vi Erik entristecer. - Lamento Erik, mas eu não sou a tua alma - gémea, e por isso, não podia ficar contigo.
 - Como podes ter a certeza? Eu senti a minha alma - gémea aqui! Como podes não ser ela!?
 - Porque a tua alma - gémea é uma pessoa que eu conheço e ela própria me disse que era a tua alma - gémea.
 - Quem é ela? - Perguntou - me ele.
 - Não te posso dizer. Pelo menos por agora.
 - Quando?
 - Em breve.
 - Porquê!? - Exclamou ele, com uma voz chorosa.
Erik levantou as mãos e tapou a cara, principalmente os olhos. Conhecendo como eu o conheço, ele iria chorar, que é raro ele chorar. Levantei - me do sofá, sem pensar duas vezes, e ajoelhei - me á frente de Erik. Estava a chorar, quando cheguei junto a ele. Levei as minhas mãos ás dele, e tirei - as da cara dele para poder olhar para ele. Tinha lágrimas nos olhos, lágrimas enormes mergulhadas na tristeza. Tirei uma mão minha e limpei - lhe as lágrimas suavemente, e ele quase pareceu ficar alegre.
 - Não fiques triste. Eu gosto de ti, mas não como namorado. Como amigo. Se quiseres, podemos ser........
 - Não!
Ele respondeu - me tão bruscamente, que eu cai para trás, esbatendo no chão. Apanhei um susto enorme. Quando voltei a olhar para ele, tinhas olheiras vermelhas á volta dos olhos e o dourado do seu olhar era cor de ferrugem. Olhava - me fixamente nos olhos, e eu pude ver muita raiva, desespero e, principalmente, uma escuridão de morte. Arrepiei - me, mas tentei levantar - me e dizer - lhe que lamentava e que ainda queria ser sua amiga. Mas ele levantou - se, olhou - me cheio de ódio e desapareceu. Desconfio que ele desapareceu no ar, ele mostrar - mo uma vez na sala de aula. Dividia - se em milhares de pedaços e desaparecia no ar. Fiquei confusa, porque não entendi aquela reacção. Eu contei - lhe, expliquei - lhe e tentei ajudá - lo, mas ele não quis saber. Parvo!
 - Que disse eu de mal!?
 - Nada, querida. - Disse a Rose, a tentar ajudar - me.
 - Obrigada por me dizer. A minha vida é uma treta1
 - Concordo.
 - Então! Isso diz - se?
 - Claro. - Concordou Rodrigo.
 - Mas está tudo contra mim. - Exclamei contrariada. - Agora vou ter com a Aurora, se ela não se importar. Importas - te?
 - Não.
 - Obrigada.
Sentei - me ao lado dela, e nesse momento, percebi uma coisa. A Aurora não parava de olhar para Rodrigo, e vice - versa. Que raio era aquilo? Estaria ela a atirar - se ao meu namorado? Que merda era aquela? Ele tem dona, e ela não está a achar piada á situação. Ou ela para de olhar para ele, e vice - versa. Ou eu ia - lhe ás gadelhas!
Ele deve ter lido os meus pensamentos, ou viu o olhar assassino que dirigia a ela, porque ele desviou o olhar dela para mim. Ele não olhava para mim, mas para as minhas pernas. Não me teria importado se não estivéssemos á frente de tanta gente, com as pernas um pouco abertas e a saia quase nas ancas. Tinha colans, mas não queria ali excitações a mais. Fechei as pernas, puxei a saia para baixo e encerrei a diversão dele. Ele ficou aborrecido, mas não me importava nada disso. Que esperava ele? Que tira - se a saia e a camisa para ele? Ele que vá sonhando, mas bem a dormir.
Nesse instante, apareceu Aaron. Vinha todo vestido com roupa nova e, se não me enganava, ele trazia perfume. Dava parecenças a um príncipe encantado. Se não tivesse o meu príncipe encantado, atirava - me ao Aaron.
 - Se não tivesse o meu príncipe encantado, atirava - me a ti. - Disse ao Aaron.
 - Então! Tens namorado, lembras - te? - Exclamou Rodrigo, na defensiva.
 - Sim, por isso é que disse que já tinha príncipe encantado.
 - Quem é? - Perguntou - me ele.
 - Tu.
 - É este o giraço? - Perguntou - me a Nessa.
 - Sim.
 - É esta a tua bestfriend? - Perguntou - me o Aaron.
 - Sim.
 - Eu gosto. - Disseram os dois ao mesmo tempo.
Aaron foi sentar - se ao lado da Nessa, e Rodrigo ficou a uma ponta do sofá a fazer e a segurar a vela. Aaron muito atiradiço e romântico, agarrou a mão da Nessa e beijou - a. Ela corou e sorriu, mas virou - se para mim, para Aaron não ver a sua reacção. Aaron tinha os olhos muito brilhantes e Nessa tinha o olhar perdido no dele. Iam dar um belo par de namorados! Era como juntar o Doce á Sobremesa, ou a Loucura com a Diversão.
Rodrigo estava a ficar aborrecido, por isso, saiu e veio ter comigo. Tentei conter o riso, mas foi impossível. Ri - me com tanta alegria, que Rodrigo pareceu começar a rir - se também. A Nessa e o Aaron eram almas - gémeas. Bastava olhar para a cara de um e a cara do outro, dava quase para ver os anjinhos e os corações a voar por cima deles.
 - São almas - gémeas.
 - Como sabes? - Perguntou - me Rodrigo.
 - Não acreditas?
 - Talvez, se tiver provas.
 - Queres provas?! Eu mostro - te as provas!
 - Força, chérie.
 - Aaron que sentes agora?
 - Sinto - me nos sete céus, com assas e a voar pelas nuvens.
 - Resposta estranha, mas aceitável. Nessa, que sentes tu?
 - Sinto - me completa e em paz de alma e corpo.
 - Esquisita resposta, mas verdadeira. - Virei - me para Rodrigo. - Sinto o mesmo quando estou contigo.
 - Tens razão, eu também sinto. Porque será?
 - Porque somos almas - gémeas.
 - Concordo.
Ele inclinou - se para a frente e deu - me um grande beijo. Foi um beijo muito apaixonado, quase dava para ver as faíscas de paixão. Quando acabou, os nossos narizes tocaram - se e as nossas testas juntaram - se. Éramos um casal de namorados, e almas - gémeas, muito romântico.
 - Adoro - te. - Disse - me ele.
 - Amo - te.

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