segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 28

Olá, meus amados filhos das trevas ...


- Erik.... Calma....
 - Calma? Tu queres que eu tenha calma!? - Disse - me Erik, friamente. - Ah! Ah! Ah! Ah!
 - Não sejas assim com ela! - Respondeu Rodrigo.
 - Porque? Que me fazes?
 - Dou - te uma sova que nunca recuperarás.
 - Força! Mostra - me o que vales! Vá!
Antes que eu pudesse agarra - lo, Rodrigo fechou o punho e deu um murro na cara do Erik, o murro foi tão forte que ele cambaleou para trás e caiu no chão. A cara dele avermelhou muito, e ele levou uma mão á cara, mas Erik levantou - se na mesma. Eu apostava 500 euros em como lhe doeu.
Aproximei - me de Rodrigo, que me agarrou, porque tinha medo de Erik naquele estado de humor demoníaco. Erik olhou para mim, directamente nos olhos, e eu vi chamas nos seus olhos, semelhante ás chamas do Inferno. Chamas puras e perigosas, até parecia que tinham vida. De repente saiu, mas antes disse:
 - Isto ainda não acabou!
Assim que ele saiu, agarrei - me com toda a força a Rodrigo e chorei no seu ombro com medo, desespero e tristeza. As palavras, "Isto ainda não acabou!", não me saíam da cabeça. Tinha medo do que podia acontecer. Medo do que Erik podia fazer. Medo que alguma coisa acontecesse a Rodrigo. Tinha medo por Rodrigo e, um pouco, por mim. Deixei de chorar, pois não ajudava a melhorar a situação, mas fiquei abraçada a Rodrigo. Ele percebeu que eu não estava bem, por isso ficou abraçado a mim mais uns minutos e tentou animar - me.
 - Vê o lado positivo.
 - Qual é o lado positivo? Diz - me, porque eu não estou a ver o lado positivo.
 - Tu não namoras com o meu irmão, logo eu posso namorar contigo.
 - Tens razão. Obrigada por me animares.
 - De nada. Sou tua alma - gémea, que esperavas!?
 - Podemos afastar-nos dele na escola.
 - Com certeza. Se te faz sentir melhor, está bem...
 - Sim, faz - me sentir melhor.
 - Então agora, vamos descer, comer o pequeno - almoço e ir para a escola como se nada se tivesse passado. Ok?
 - Ok.
Descemos até á sala para o pequeno - almoço, mas desta vez o lugares foram diferentes. Eu, Rodrigo e o Aaron ficamos de um lado, enquanto que o Erik e os pais deles do outro lado. O pior disto era que eu estava de frente para Erik, e isso era arrepiante. Principalmente, depois do que se passara no quarto á pouco tempo. Não tive coragem de pedir a Rodrigo para trocar comigo de lugar, pois não queria parecer estúpida e medrosa.
Comemos todos em silêncio, o que foi bom, e isso ajudou - nos a acalmar os nervos. Aaron tinha os olhos brilhantes de ansiedade. Erik estava chateado e Rodrigo feliz, mas ligeiramente preocupado. Sabia o motivo de cada um, para estar daquela maneira, mas preferi não dizer nada. Não queria que houvesse uma discussão, especialmente á hora do pequeno - almoço.
Terminamos o pequeno - almoço rapidamente, para chegarmos á escola a horas. Mas antes de irmos embora, a Rose deu - nos um beijo na testa e desejou - nos boas aulas. Para ser franca, senti - me como uma filha dela. Senti - me bem. Senti - me em paz, pelo menos naquele momento.
Chegámos á escola muito depressa, despedimo-nos do pai deles, e fomos para a escola. Erik afastou - se de mim e de Rodrigo, logo que o pai se foi embora, e deixou - nos sozinhos o resto do dia. Aaron era um sortudo, não vinha á escola e estava de férias. No intervalo, encontrei a Vanessa para combinarmos a sua ida á casa dos pais de Rodrigo. A Nessa achou estranho não ver Erik, por isso, perguntou.
 - O Erik? Não anda convosco?
 - Desapareceu.
 - Desapareceu? - Exclamou ela espantada. - O que é que ele te fez?
 - Descobri que ele me mentia e que ele não era a pessoa certa para mim.
 - Então....Acabaram?
 - Sim. Mas, descobri a pessoa certa para mim.
 - Quem é? - Disse ela, antes de perceber. - Já sei quem é!
 - A sério? Ah! - Disse - lhe no gozo.
 - Sim. Se não for, não sei quem será.
Olhámos as duas para Rodrigo, que ficou muito corado. Achei garça, e por isso, cheguei - me a ele e abracei - o. Ele aproveitou e puxou - me para me dar um beijo. O beijo demorou tanto, que a Nessa, farta de segurar a vela, disse:
 - Arranjem um quarto!
Quando o beijo acabou, comecei a corar. Devia parecer que tinha andado a beber uma garrafa de vinho tinto, por isso, assim que pude, mudei de assunto.
 - Sempre vais a casa dele para conheceres o Aaron?
 - Claro. Quero conhecer o giraço.
Despedi - me dela e fui com Rodrigo para o bloco B. Durante o dia muita gente, perguntou - nos por Erik, ao que eu respondi: Nós acabamos, porque ele não era a pessoa certa para mim. A pessoa certa para mim era Rodrigo, e ele está chateado connosco. Repeti isto, umas 50 vezes, mas não me importei. Algumas pessoas perguntaram por preocupação, outros perguntaram por curiosidade.
Rodrigo levou - me a casa, mas desta vez, entrou em casa. Apressei - me a apresentá-lo á avó, a avó perguntou - me por Erik e eu respondi que ele estava mal disposto e não pode trazer - me a casa. Era mentira, mas o que é eu podia fazer?! Sim, eu sei, não devia ter mentido. Mas isto era uma situação diferente. Não lhe podia dizer que eu e o Erik tínhamos acabado porque eu amarava o irmão e que ele agora queria vingança. Não podia! Daqui a um mês, talvez diga alguma coisa. Talvez!
Esperei pela Nessa, que apareceu ás 14:20. Pudemos ir para casa de Rodrigo mais cedo, Rodrigo já não tinha fome, porque tinha comido comigo em casa. Fiquei entre eles, para não haver briga e ir de mão dada aos dois.
Quando chegamos, reparei que havia um carro a mais na entrada da casa. Era um lindo, jaguar preto, com bancos de pele branca. Mas de quem seria? Estava para perguntar a Rodrigo, mas ele parecia ter entrado em estado de choque. Não dizia nada ou mexia alguma coisa. A Nessa também reparou, e tentou ajudar - me. Pensei, mas me ocorria - a nada, mas de repente a Nessa deu - me uma ideia.
 - Beija - o. - Disse - me ela.
 - O quê?
 - Beija - o. Nos filmes resulta sempre.
 - Achas?
 - Experimenta.
Inclinei - me para a frente e dei - lhe um beijo. Ele ficou surpreendido, mas acordou para corresponder ao meu beijo. Depois de acabar, olhei para a Nessa e para ele.
 - E ainda dizem que não resulta.
 - Concordo. - Disse a Nessa.
 - O que é que resulta? - Perguntou ele.
 - Nada! - Respondemos eu e a Nessa.
 - Ok.

Capitulo 28

Olá, meus amados filhos das trevas ...


 - Sim. Nós vampiros sabemos sempre as horas, olhando para o sol ou a lua.
Rodrigo ajudou - me a levantar do chão e acompanhou - me até casa. Mesmo antes de entrarmos, ele pegou - me nas mãos, olhou - me nos olhos e declarou:
 - Mon Soleil scintillant
Et ma Lune brillant
Appoter je lunière en amour
Et ilumination en ma existence.
 - Foi lindo em francês, mas eu não percebi nada. Volta a dizer isso, mas em português.
 - Eu disse: Meu Sol cintilante. E minha Lua brilhante. Trouxeste - me luz no amor. E na minha existência.
 - Oh! Que romântico.
Inclinou - se e deu - me um beijo, suave e doce como o vento com o cheirinho a chocolate. Mas, infelizmente, era tarde e tivemos de entrar em casa para irmos dormir. Rodrigo mostrou o meu quarto, como se fosse o rei da casa.
O quarto era maravilhoso. As paredes eram vermelhas sangue com rosas brancas e folhas pretas. A cama tinha cortinas penduradas, parecendo uma cama de princesa. Tinha uma secretária e uma porta para uma casa de banho privada. A janela que havia do lado direito, mostrava o lago do jardim com o luar reflectido. A luz do quarto era uns candeeiros antigos que estavam na parede, um de cada lado da cama, parecia que estávamos iluminados pela luz das velas.
De repente, soltei um bocejo de sono. Estava cheia de sono, mas tinha medo de ficar a dormir sozinha, por isso, não me fui deitar.
 - Está na hora de ires dormir. - Comentou Rodrigo.
 - Mas não quero dormir sozinha.
 - E se dormi - se aqui contigo?
 - Farias isso por mim?
 - Claro. Veste - te, enquanto vou buscar dois copos de leite morno para te ajudar a adormecer.
 - Não demores.
 - Está bem. Volto já.
 - Ok.
Quando ele saiu, fui directamente á cama, pois estava lá um pijama. Era creme com umas rosas roxas nos cantos da camisola e dos calções. Abri a cama e fuiá casa de banho pentear o cabelo e apanha - lo num rabo - de - cavalo.
Voltei para o quarto e fui á mala buscar um dos livros que tenho andado a ler. Neste caso era: O retrato de Dorian Gray, e posso dizer que o filme que fizeram não tem nada a haver com o livro, os conselhos alguns são bons e maus e o livro é um pouco complicado de entender. Um dos bons conselhos é este: "Escolho os meus amigos pela sua boa aparência, meus meros conhecidos pelo seu bom carácter e os meus inimigos pela sua inteligência."
Li umas 2 ou 3 páginas antes de ele voltar, com as canecas de leite. Entrou e fechou a porta atrás dele, enquanto vinha sentasse comigo. Deu - me as duas canecas, e meteu - se dentro das cobertas com o pijama que trazia vestido. Passei - lhe uma das canecas e comecei a beber um pouco o meu leite. Hum! Estava quentinho e muito bom.
 - Como te sentes? - Perguntou - me ele.
 - Bem. O quarto é maravilhoso, adoro as cores e as rosas pintadas na parede.
 - Concordo. Fui que escolhi as cores e os desenhos do quarto.
 - A sério?!
 - Vamos dormir, pode ser?! - Pediu ele, a bocejar.
 - Está bem, Dorminhoco.
Ele deitou - se na cama, logo depois de pôr as canecas em cima das mesas - de - cabeceira, e puxou - me para perto dele. Também me deitei, ele pôs a cabeça na almofada e eu a cabeça no peito suave e caloroso dele. Como estávamos calados, eu consegui ouvir o som do coração dele a bater e o meu coração a acompanhar. Ele abraçou - me, como maneira de não me deixar escapar. Deu - me um beijo na testa e disse - me:
 - Boa noite, chérie.
 - Boa noite, mon amour.
Não ficamos totalmente ás escuras, pois as cortinas da janela estavam abertas, e entrava o luar branco e mágico. Era bonito, mas também assustador, porque é noite de lua cheia. É nessas noites alguma coisa mágica acontecia. Devo ter adormecido, porque não me lembro de mais nada. Voltei a sonhar, e o sonho foi abominável, mas vou contar - lo.

Estava á porta de uma catedral e a porta estava entreaberta, por isso, abri - a e entrei. Ouvi um som que vinha de uma sala á minha esquerda e fui ver o que estava a acontecer. Quando entrei, vi estendido no chão Rodrigo que sangrava. Corri para junto dele, e nesse momento, que avistei uma sombra escura na entrada. A sombra tinha grandes olhos grandes e uma comprida capa preta. Olhei para Rodrigo, que estava a morrer, e eu não podia fazer nada.
 - Ele vai morrer e tu não podes fazer nada. - Disse - me a "sombra".
 - Não!!!!!! - Gritei - lhe, fazendo - me acordar do sonho.

Acho que quando acordei do pesadelo, devo ter acordado Rodrigo também, porque ele estava com os olhos muito abertos de surpresa e preocupação. Abraçou - me com muita força, e cantou - me "Everything i do" para me tentar acalmar. Acalmei um bocado, mas não completamente, pois continuava a pensar no pesadelo. Aproveitei a situação para verificar se ele estava bem. Não estava magoado ou sangrava. Que maravilha! Huf!
 - Que aconteceu? Estás bem? Porque te assustas - te tanto?
 - Tive um pesadelo, mas agora estou bem.
 - E esse pesadelo assustou - te muito?
 - Sim.
 - Queres contar - mo?
 - Estava na sala de uma catedral e tu estavas nos chão a morrer. E havia uma sombra que me disse que tu ias morrer e eu não podia fazer nada. Tive tanto medo de te perder....
 - Não te preocupes. Eu não morro com facilidade.
 - Estou mais descansada.
 - E podemos voltar a dormir!? São 4 da manhã e eu ainda quero dormir.
 - Então, vamos dormir.
Voltei a dormir, mas sem sonhos. Dormi profundamente e em paz. Estava a dormir tão bem, que quando a Rose nos disse para levantar, não me apeteceu e a ele também não. Como se ele tivesse lido os meus pensamentos, puxou as cobertas para cima e tapou - nos por completo. Ficámos assim durante 15 minutos, depois percebemos que nos tínhamos de levantar para ir para a escola. Como desejava que fosse fim - de - semana!
Levantámos - nos e fomos vestir - nos. Ele saiu para me poder vestir á vontade e para ele se ir vestir ao seu quarto. Misteriosamente, tinha uma roupa para mim, diferente da minha, em cima da cama. Era uma saia preta lisa, uma camisa branca aos folhos e um colete preto bordado, e ainda umas botas pretas.
Depois de me vestir, fui á casa de banho pentear - me. Nesse momento, entrou Rodrigo. Foi sentar - se na cama, á minha espera. Quando sai, fui ter com ele, ele abraçou - me pela cintura e deu - me um beijo demorado.
 - Gostei da noite passada. E tu? - Disse ele.
 - Também gostei.
 - Vai buscar a tua mala e vamos para a escola.
 - Espera por mim....
 - Ok.
Enquanto eu fui buscar a mala, ouvi Erik a entrar, estrondosamente, pela porta. Estava furioso, quase parecia criar remoinhos á sua volta. Tinha os punhos fechados, o olhar cheio de loucura e malícia e a cara extremamente vermelha, lembrava um pimento. 

Capitulo 27

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Capitulo 29 - Dormir Em Casa


Saímos da cozinha e virámos para a sala de jantar. Antes de eu entrar, a Rose disse que eu devia fazer uma entrada surpresa. Esperei que ela entrasse e dissesse: "Tenho uma surpresa."
Abri a porta e entrei. Ficaram todos muito surpreendidos, Erik parou de beber o sumo ( ou pelo menos parecia sumo), Rodrigo engasgou-se e Aaron ficou de boca aberta. O pai de Rodrigo e Erik foi o único que se levantou e me cumprimentou. Estalei os dedos e eles pareceram voltar ao normal, um normal muito abananado. Sentei ao lado do Erik, mas de frente para Rodrigo.
 - Que fazes aqui? - Perguntou-me o Erik, assim que me sentei.
 - Olha, fui a casa, mas a porta estava trancada. Não tinha chave, por isso, vim para aqui para ligar ao meu pai para me vir buscar. Ok?
 - Ok. E vais ficar para jantar?
 - Talvez. - Respondi-lhe com um misterioso.
 - Que rapariga misteriosa! - Comentou o Aaron. - A tua amiga também é assim?
 - Não, é pior. Nós somos a Atinadinha e a Rebelde. Eu sou a Atinadinha ela é a Rebelde.
 - E dão se bem?
 - Sim. Do tipo: Ela chama-me estúpida, eu chamo-lhe parva. Eu bato-lhe e ela bate-me. Eu digo um palavrão, ela faz o mesmo. A nossa relação funciona assim desde os 7 anos, e nunca mudou, e nunca vai mudar.
 - Então são best-friends? - Perguntou Rodrigo amorosamente.
 - Sim. As nossas zangas nunca duram mais que 20 minutos.
 - A sério? - Perguntou-me Aaron surpreendido.
 - Sim. Uma vez estávamos no 4º ano, e eu entalei na porta da casa de banho das raparigas a prima dela. Por coincidência, temos o mesmo nome, e não gostamos uma da outra. Mas fiquei feliz, pelo que lhe fiz. Que foi ?! - Exclamei, porque Erik, Rodrigo e Aaron olhavam para mim com cara de espanto e como se olhos lhes fossem sair das orbitas. - É verdade. A Nessa ficou chateada comigo, durante uns...10 ou 15 minutos. Enquanto ela estava chateada comigo, fui brincar para um ferro que havia na escola, onde andávamos á roda e ficávamos de cabeça para baixo. Ela, mais calma, pediu-me desculpa e eu também pedi a ela, depois disso ficamos novamente best-friends.
 - Nessa? - Perguntou o Aaron.
 - O quê?
 - O nome dela é Nessa?
 - Ah! - Exclamei ao perceber. - Não. O nome dela é Vanessa, mas eu trato-a por Nessa. É mais adorável.
 - Concordo. Quando é me apresentas a ela? - Interrogou-me Aaron, com um sorriso malandro.
 - Calma Garanhão! - Disse-lhe. - Irás conhecê-la amanhã! Ok?!
 - Queres que te sirva o jantar? - Perguntou-me Rose, a rir.
 - Por favor.
 - Então ficas para jantar! - Declarou Erik.
 - E, talvez, para passar aqui a noite. Porque a tua mãe foi maravilhosa a dar a volta ao meu pai, o que é raro.
 - A quem o dizes.
 - Estás a lembrar-te do que ele te disse.
 - Sim. O teu pai é muito protector. E pelo que me mostrou é muito protector, em relação á sua menina. - Disse Erik, olhando directamente para mim.
 - Todos os pais adoram proteger as suas meninas dos rapazes, independentemente que ele seja bom ou mau rapaz.
  - Verdade. Eu próprio se tivesse uma menina seria assim com ela.  - Disse Marcus. - Mas, a minha amada, só me deu rapazes. Devo contentar-me com o que tenho...
 - Se quiser, pode adoptar-me como filha emprestada.
 - Considera-te parte da familia. - Disse Rose.
 - Obrigada.
Deixei a conversa e comecei a comer. Era carde de porco á Alentejana, e estava delicioso, a sobremesa era mouse de chocolate.
 - Que achas-te do jantar? - Perguntou-me Rodrigo.
 - Estava muito bom.
 - Comes-te pouco, não tens mais fome? - Exclamou Rose.
 - Não, Rose, estou cheia.
Seguimos para a sala, enquanto esperávamos que a Rose viesse da cozinha, e fomos jogar ás cartas. Ou melhor dizendo, eles jogavam e eu observava.
Reparei que a lua estava muito brilhante, o vento acalmara e o frio da noite dera lugar a um calor invulgar de finais de Setembro. A lua estava tão brilhante que iluminava todo o jardim como uma lâmpada gigante. Apetecia-me ir passear pelo jardim, por isso, perguntei se podia dar um passeio pelo jardim. Eles responderam que sim, e eu fui lá para fora. Abri a janela e fui para o jardim passear.
Aqui estou eu, no meio do jardim, a passear á noite. Descalcei os ténis, e fui passeando á volta da casa, mas sempre por perto. Estava tudo muito calmo, calmo demais para o meu gosto. Algo iria acontecer, daqui a pouco, acontece sempre alguma coisa.
Sentei-me na relva, que estava macia e bem cortada, virada de frente para o lago. O lago estava muito bonito com o reflexo da lua na água. Dava um ar mágico ao lago e a tudo no jardim. As rosas estavam fechadas, os grilos cantavam e pirilampos voavam ali perto. Os pirilampos, a certa altura, juntaram-se e fizeram uma roda de luzes á minha volta. Magnifico.
De repente, atrás de mim, ouvi um rosnado leve. Estava tão perto que, quando me virei para trás, me assustei com a Brancura. Encontrava-mos tão perto, que os nossos narizes se tocaram suavemente. Ri-me e ela fez o mesmo.
Precisamos falar.
 - Então vamos falar.
Não pode ser aqui. Vamos para debaixo da amendoeira.
 - Ok.
Levantei-me e segui-a até á amendoeira. Quando lá chegamos voltei a sentar-me e Brancura veio colocar a sua cabecinha de lobo nas minhas pernas. Apercebi-me que estávamos meio escondidas, logo o assunto era sério.
 - Que se passa?
O Erik sabe que falas-te com Rodrigo nos sonhos e que tu descobris-te que ele não era a tua alma-gémea.
 - Então era, por isso que ele estava chateado esta manhã!?
Sim. Ele vai tentar dizer coisas horríveis sobre o irmão para tu o deixares, mas não podes deixar que te afecte. Eu sou a sua alma-gémea, por isso, acaba tudo com ele o mais depressa possível. Ok?
 - Ok. Mas como é que podes ser a sua alma-gémea se és um lobo?
Eu sou um metamorfo, mudo de forma quando me apetecer. Podia ser humana, mas assim estou mais perto dele, sem desconfiarem. Não contes a ninguém, nem a ele. Pelo menos ainda não contes, mais brevemente.
 - Não contarei. Se podes ser humana, como te chamas?
Juliette Sophie Maslin Bates.
 - Nome bonito.
Obrigada. Quando chegar a altura para contar, dizer-te-ei. Está bem?
 - Sim.
Se calhar, vou me embora. Agora de preferência!
 - Porquê?
Por que a tua alma-gémea vem ali, e eu não quero ficar a fazer de vela. Adeus e muito amor e beijos.
 - Igualmente.
Passados uns segundos, Rodrigo viu-me e veio ter comigo. Enquanto ele chegava, o vento levantou-se e fez-me arrepiar. Ele sentou-se e pôs a cabeça onde a Brancura tinha posto a cabeça á pouco tempo. Depois o vento parou.
 - Que fazes aqui - Perguntou-me ele.
 - Estava a falar com a Brancura, meu amor. - Disse-lhe, enquanto fazia festas no cabelo dele.
 - Vais mesmo ficar aqui a dormir?
 - Sim. No quarto ao lado teu. - Disse. - Diz-me uma coisa.
 - O quê?
 - Tu podes controlar os ventos?
 - Sim.
 - Uau! Fazes-me lembrar o Drácula, tirando o facto de seres mais giro, menos maléfico e seres inofensivo.
 - Obrigada, por me comparares a um dos mais malvados e poderosos vampiros de toda a história. - Disse-me ele ironicamente.
 - Não fiques assim zangado, não disse aquilo por mal.
 - Está bem.
 - O Erik sabe que tu e eu falamos nos sonhos.
 - A sério?
 - Sim.
 - Mas como?
 - Não sei, meu amor.
 - Adoro quando me chamas "meu amor". Faz-me sentir dono do teu coração e um sortudo.
 - Tu tens o meu coração. Que horas são?
 - São 22 horas. - Disse-me ele, enquanto olhava para a lua.
 - Como é que sabes? E deveríamos ir dormir.
 - A lua disse-me e tens razão. Devíamos ir dormir.
 -  A lua disse-te?!

Capitulo 26

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Capitulo 28 - O Beijo entre Amantes


Depois da conversa, um pouco demorada, com a Nessa o dia passou a correr. As aulas começavam, e de repente, já estavam a acabar. As aulas da manhã, finalmente, acabaram.
Desta vez, eu é que fiquei á espera. Mas que inferno! Eu estava esfomeada e eles não se despachavam. Rodrigo acabou primeiro do que Erik. Estranho, porque Erik era sempre o primeiro. Tive de falar, senão nunca mais iria comer.
 - Erik, não quero ser má, mas... Despacha-te! Estou a morrer de fome.
 - Mano, concordo com ela. - Disse Rodrigo.
 - Vão andando, que eu já vos apanho. - Disse o Erik.
 - Tens a certeza? - Perguntámos eu e Rodrigo.
 - Absoluta.
Eu e Rodrigo fomos andando para fora da escola. Pelo caminho, ás escondidas, eu e ele fomos de mãos dadas. Era fenomenal, nada comparado quando eu e Erik andávamos de mãos dadas.
Andar com Rodrigo, mesmo ás escondidas, era mais apaixonante, querido e completamente diferente. Tinha a sensação de estar a ser observada, não por Rodrigo, mas por outra pessoa. Olhei para trás discretamente, e não vi ninguém, por isso, cheguei á conclusão de que estava a imaginar.
Mesmo antes de chegarmos a minha casa, ele fez-me dar meia volta para ele. Abraçou-me e olhou para mim olhos nos olhos. Tinha os olhos brilhantes, como estrelas.
 - Amo-te. - disse-me ele, de repente.
 - Eu sei. Eu também te amo.
Pôs a mão na minha bochecha, e a outra na cintura, e deu-me um beijo. O beijo foi muito apaixonado, mas de pouca duração. Ainda no beijo, senti as presas dele crescerem, por isso, parei o beijo. Ele sorriu-me, mostrando as, bonitas e afiadas, presas.
 - Encolhe-as! - Disse-lhe alarmada.
 - O quê?
 - As presas cresceram.
 - Ah! Ok, espera um pouco.
Ele abriu os olhos, e como se tivesse lido os meus pensamentos, respondeu ás perguntas que eu estivera a pensar. E, se calhar, leu mesmo os meus pensamentos.
 - Não voltará a acontecer, ninguém vai descobrir e tu não farias nada.
 - Tu lês-te os meus pensamentos?
 - Talvez.
Deu-me mais um beijo e foi-se embora. Abri a porta e fui almoçar rapidinho, porque tinha a aula de EV.  Logo. depois do almoço, fui fazer a mala para a aula. Era necessário tanta coisa, que eu perdi a conta.
Enquanto fazia a mala, pensava no caminho para casa com Rodrigo. Tinha sido tão bom, eu sentia-me com em paz de alma. Ficava mais descontraída e parecia que todo o mundo desaparecia. Éramos apenas eu e ele, e tínhamos tudo o que desejaremos.
Saí de casa. novamente, para a escola. A meio do caminho, encontrei Erik e Rodrigo, que vinham a sair do Mercedes branco do pai. Corri até eles, e cumprimentei o pai deles, que ficou muito feliz por me ver.
Depois fizemos o resto do caminho para a escola. Tocou logo quando nós entramos na escola. Fomos directos para a sala, e enquanto esperávamos conversamos sobre os testes. A prof. Bebé apareceu, pouco depois.
A prof. falou que esperava melhores notas e que para a próxima faríamos melhor. A Patrícia, delegada de turma da nossa turma, foi entregando os testes, com a ajuda da Vânia, a Ana e o Vasco.
Tive boa nota, por isso, fui ver o teste, até chegar a uma pergunta que perguntava quais as cores primárias que juntas faziam verde. Virei-me para trás e perguntei aos rapazes se eles também tinha a pergunta mal, como eu.
A seguir, ele fechou os olhos, como se ele estivesse a concentrar-se. Tão depressa como apareceram, as presas desapareceram. Aos poucos as presas foram encolhendo até desaparecerem. Isso fez-me descontrair. Já não havia o problema de alguém vê-las. Pelos agora. E se voltar a acontecer? E se descobrissem? O que é que eu faria?
 - Não, eu tenho a pergunta bem. - Disse-me o Erik.
 - Eu também tenho a minha certa. - Concordou Rodrigo.
De repente, a prof. perguntou-me se eu tinha a pergunta 9 ( era a pergunta que eu tinha mal e que eles não tinham) tinha escrito azul e amarelo. Eu estupidamente respondi:
 - Não, tenho amarelo e azul.
Depois percebi que não tinha muita diferente, e que todos se riram, até a prof. achou piada. O resto da aula foi assim, divertida, mas quando cheguei a casa a piada foi outra.
Quando cheguei a casa, descobri que estava ninguém e a porta de casa estava fechada. Procurei a chave na mala, na esperança que ela lá estivesse, mas não havia chave nenhuma. Lembrei-me que a tinha deixado no quarto, logo, não tinha como entrar em casa. O que podia eu fazer? Chamar a vizinha? Ficar em casa de alguém? Talvez. Mas em casa de quem? Os rapazes! Porque não me lembrei deles?!
Pus-me a caminho, pois a casa deles ainda ficava, ligeiramente, longe. Começara a escurecer, enquanto eu caminhava para casa deles. Quando lá cheguei já era noite.
A lua era cheia, no profundo e bonito céu estrelado, e estava muito brilhante, como um grande diamante divino. Ouvi uma coruja. O som que fazia parecia maquiavélico e frio, em vez de inofensivo. O vento levantou-se fazendo assobios quando rosava nas janelas e ramos das árvores, e os cães começaram a uivar. Não havia carro ou pessoa a passar por ali, era como se tivessem sumido para outro planeta. No apareceu um relâmpago enorme que chegou ao chão, ou pareceu chegar ao chão.
Abri o portão, que estava destrancado, e corri para a porta. Toquei na campainha e durante 10 minutos ninguém me respondeu. Logo, sentei-me no chão e enrolei-me, como uma bolinha. Estava assustada, e começava a achar que havia ninguém em casa e que aquilo tinha sido má ideia.
Eu podia ter esperado, mas não.... Eu tinha de me lembrar de vir para aqui! Talvez, devesse voltar para casa, afinal, não estava muito escuro. Eu a acabar de dizer isto, e uma nuvem, vinda não sei de onde, se meteu em frente á lua. Que nervos! Raios parta, mais á nuvem! Depois a Rose, apareceu á porta.
 - Boa noite! Em que ... - Começou ela, até me ver. - Oh, querida. Queres entrar?
 - Por favor. - disse-lhe, um pouco com medo. - Quer dizer. Posso entrar?
 - Claro. Estávamos a começar a jantar.
 - Oh! Não queria interromper.
 - Não interrompes. Até fazes companhia a nós e jantas. Pode ser?
 - Eu vim para aqui, porque a porta da minha casa está fechada e eu não tenho chave para entrar. - Expliquei a Rose, enquanto caminhávamos pela sala para chegarmos á cozinha. - Mas, se a Rose, insistir eu fico.
 - Eu insisto. Mas vamos primeiro, avisar alguém que está aqui.
 - Tem toda a razão. Tem um telefone?
 - Sim, na cozinha.
Depois, em vez de virarmos á esquerda para a sala de jantar, fomos para a porta da direita para a cozinha. O telefone estava na parede ao lado da porta, liguei para o pai. Ele atendeu logo.
 - " Quem fala? "
 - Sou eu, pai.
 - " Onde estás? "
 - Em casa do Erik. A porta estava fechada e eu não tinha chave, por isso, vim para casa dele, enquanto esperava que me viessem buscar.
 - " Podias ter ficado com a vizinha Gabriela. "
 - Não me lembrei, desculpa.
 - " Agora, vem para casa. "
 - Mas os pais do Erik queriam que eu janta-se com eles.
 - " Isso é pedir muito. "
 - Não. A Sr. Rose diz que não.
 - " Deixa-me falar a Sr. Rose. "
 - Está bem.
A Rose estava ao meu lado, por isso, foi muito rápido. Estiveram a falar um bocado, mas não me importei, porque a Rose tinha-me dito que faria de tudo para eu ali jantar. Era bom os pais darem-se bem, significava que nos deixavam namorar. Mas, provadamente, que eu e Erik iríamos acabar, porque o meu verdadeiro amor era Rodrigo. O rebeldemente amoroso Rodrigo.
O telefonema acabou e eu olhei para Rose. Tinha os ombros descaídos, os olhos tristes, os lábios sérios e a cara abatida. Percebi logo, eu não iria ficar para jantar em casa. Que treta! Bolas para isto!
De repente, a Rose começou a rir, um riso cheio de animação. Olhou para mim e disse:
 - Parece que alguém vai ficar para jantar, e para dormir aqui.
Abracei-a e respondi-lhe cheia de felicidade:
 - A Rose é a maior.

Capitulo 25

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Quando acordei, antes da minha avó me chamar, Erik já não estava. Tinha ido, talvez, para casa trocar de roupa. Ou para fingir que tinha dormido em casa. Não importava, eu tinha muito em que pensar, antes de ir para a escola e encontrá-lo.
Levantei-me, fui á casa de banho, penteei-me e vesti-me. Enquanto me vestia ia pensando no sonho. Como teria Rodrigo acordado, depois do sonho? E beijo como teria sido para ele? Será que se lembrava do que eu tinha dito no sonho? Talvez. Depois vi, em cima, do móvel da roupa dois cartões. Um era cor de vinho tinto, o outro era branco. O vermelho era de Rodrigo e o branco era de Erik, pelo que diziam os cartões.
Abri o de Rodrigo primeiro e dizia: Foi estranho, mas bom o sonho. E o beijo maravilhoso. Fico á tua espera na escola, porque fiquei na mesma turma que tu. Beijinhos do que te ama muito. Era lindo e romântico, mas era também muito preocupante. Como é que eu me iria esquecer do beijo do sonho, com Rodrigo por perto? Como? Eu depois tratava disso, pelo caminho para a escola.
De seguida abri o de Erik que tinha escrito o seguinte: Gostei muito da nossa noite ontem. Tive de me ir embora, porque precisava de trocar de roupa. Vemo-nos na escola, com o meu irmão, porque ele também quis começar a ter aulas. Beijos e até logo. Descontraí, um pouco, porque ele ainda não sabia de mim e de Rodrigo. Estaria com ele e com o irmão como se fossemos todos amigos, e não dois rapazes a namorar a mesma rapariga.
Depois de comer, agarrei na mala e pus-me a caminho da escola. No caminho, pensava como é que esconderia os meus pensamentos, sobre Rodrigo, de Erik. Podia pensar noutras coisas? Ou podia criar um muro mental, se isso fosse possível. Podia não pensar em nada? Impossível. Não faria nada, teria fé em Deus para me ajudar a esconder os meus pensamentos dele.
Cheguei á escola num instante, e reconheci-os imediatamente. Erik trazia umas calças pretas, uma camisola branca e uma camisa desabotoada cinzenta. Rodrigo vinha com umas calças de ganga, uma camisa creme e um chapéu cinzento.
 - Olá rapazes!
 - Olá rapariga. - Responderam os dois.
 - Qual é a minha primeira aula? - perguntou Rodrigo.
 - História. - Respondi-lhe. - Vai ser ... hilariante. Principalmente, quando todas as raparigas das turmas andarem atrás de ti.
Entramos todos para dentro e seguimos para a porta da aula. Rodrigo ia-me fazendo perguntas sobre as aulas, a escola, os colegas de turma, as outras turmas. Mas Erik estava, misteriosamente, calado. De cada vez que o olhava, tinha o olhar baço e perdido nos pensamentos.
 - Turma, quero apresentar o Rodrigo. - Disse o prof. apontando para ele. - E ele é o irmão do Sr. Adrian.
De repente, lembrei-me que faltava pouco para o aniversário da minha bestfriend de sempre, a Vanessa ou a Nessa. Eu ainda não tinha presente para ela, tinha de me apressar. Que haveria eu de lhe oferecer? Já sei, vou apresentá-la ao Aaron, davam um belo par de tontos.
A turma, principalmente as raparigas, deram as boas-vindas ao Rodrigo. Para mim, ele parecia bastante feliz e desejoso de se integrar na turma. O que, para ser sincera, é bastante fácil e divertido nesta turma. Nas outras turmas também é fácil, mas a turma do 9ºA é mais loucamente divertida.
A aula de história, passou rapidamente, para dar lugar ao intervalo. Saí-mos os três e fomos dar a volta á escola, para mostrar ao Rodrigo como era. Ele pareceu bastante interessado, e Erik pareceu-me bastante distraído.
De repente, a Nessa apareceu e veio ter comigo. Tinha cara de felicidade e de dúvida, por isso, era uma pergunta sobre uma pessoa que nós conhecíamos ( só para o caso de se terem esquecido, a pessoa é o Erik). Agarrou-me na mão e puxou-me para a ponta mais distante deles.
 - Já resolveram? - perguntou-me ela.
 - Mais ou menos. A propósito, arranjei-te um namorado.
 - Quê? Quem? Quando?
 - É o primo deles, é lindo e chama-se Aaron.
 - Parece ... Como é que se diz ? ... Há sim! Air? 
 - Sim, parece air, que quer dizer ar. Porque não vens ter comigo amanhã, e vamos as duas a casa deles? E tu conheces o Aaron. - disse a ela. - Pode ser?
 - Ok. Amanhã, ás 3.
 - Ás 3, mas se chegares atrasada, deixo-te para trás.
 - Como é que ele é?
 - Olhos verdes, cabelo castanho. Brincalhão, ideias loucas e ideal para ti.
 - É perfeito para mim.

Capitulo 24, parte 2

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Depois, a Brancura desapareceu, e apareceu Rodrigo no seu lugar. Este estava vestido com umas calças de ganga, uma t-shirt ( que dizia: Kiss me). Estava com o cabelo solto, como uma cortina dourada, e os olhos verdes muito abertos de surpresa, e estranhamente de prazer.
Olhei para mim mesma, para ver o que é eu tinha vestido. Tinha um lindo vestido preto, sem alças, acima dos joelhos. A parte de cima colava-se muito bem a mim, a parte de baixo fazia uma pequena roda. Tinha um generoso decote em V, magnifico. O meu cabelo estava solto e com um laço prateado, do lado direito, a prender-me o cabelo. Os sapatos eram igualmente pretos e muito bonitos, com uns lacinhos na ponta e de saltos altos.
 - Como é que eu vi aqui parar? - Perguntou ele.
 - Não te posso responder, porque também eu não sei. - Respondi. - Mas sei que tenho de falar contigo.
 - O que é que queres? - Respondeu-me ele secamente.
 - Eu sei o que se passou contigo e com as namoradas que tiveste. - Ele pareceu-me surpreso. - Eu sei que, sempre que tu tentavas arranjar uma namorada, ela acabava contigo para ficar com o teu irmão. E compreendo o teu sofrimento.
 - Como é que sabes?
 - A tua última namorada, era uma bruxa e metamorfa e amaldiçoou o teu irmão, contou-me.
 - Amaldiçoou-o?
 - Sim. Ela disse-lhe que quando ele encontra-se a sua alma-gémea e se apaixona-se por ela, a iria perder para ti.
 - A sério?
 - Sério. E, também, sei que podes ler-me os pensamentos, mas que não o fazes para não violar a minha privacidade. Não acredito que vou dizer isto, mas ... mas ...
 - Mas...
 - Acho que estou apaixonada por ti. Desde que nos beijamos, que não penso noutra pessoa, senão em ti.
 - Também sinto o mesmo.
Depois aproximámo-nos, até ficar-mos nos braços um do outro, e beijámo-nos. Novamente, senti borboletas na barriga. O beijo foi cheio de emoções: amor, dor, esperança, medo, etc.
De repente, acordei do sonho.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O FILME!!!!!

Olá, meus amados filhos das trevas ...
Há muito que não falo aqui, por isso,vou publicar no blog  e no youtube o filme que criei para representar o livro. Isto para acrescentar que mandei o livro para algumas editoras e algumas já me disseram que iriam analisar e me dariam resposta daqui a uns dias.