segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 34

Olá, meus amados filhos das trevas ...


A princípio não percebi, porque é que ele me perguntara se eu tinha a certeza, mas agora... Depois de estar 2 horas a ver fotos e só ir a meio dos álbuns. Tínhamos visto, pelo menos, 6 álbuns e ainda faltavam outros 6 álbuns para ver. Decidimos que ficaríamos por ali, porque já tinha a fotos que necessitava, mas reparei que faltavam fotos em todos os álbuns.
 - Ro, porque faltam fotos nos álbuns?
 - Porque o Erik levou - as para o seu próprio álbum de fotos. O que é que me chamas - te?
 - Ro. O diminutivo do teu nome. Gostas?
 - Sim.
Estávamos sentados no sofá, a ver as fotos, quando ele aproveitou para me dar um longo beijo. Com o beijo, acabou a concentração. Ele deitou - me e depois deitou - se ele por cima de mim, para continuar a beijar - me. Segurava - o pelo ombros e ele segurava - me pela cintura. Os beijos foram aumentando de temperatura, tão quentes que nós quase nem conseguíamos recuperar o fôlego.
De repente, ele deixou de me beijar nos lábios e começou a beijar - me no pescoço. Era muito bom, posso vos dizer. Ele beijava - me de cima para baixo, e vice - versa, e passava as persas na pele, como se fizesse um linha invisível. Os olhos dele escureceram, a respiração era rouca e o calor do corpo aumentava.
Continuava a beijar - me no pescoço, mas não me queixava, pois era maravilhoso. Parecia uma massagem, suave e com precisão. Depois parou, como se tivesse encontrado o que procurava. Levantou a cara, olhou - me nos olhos, e sorriu - me. Um sorriso provocador, para regressar aos beijos no pescoço, mas antes lamber os lábios com a fome a passar - lhe pela cara. No entanto, ainda exclamou:
 - Deixa - me provar - te. - Com a voz rouca.
 - Sim.
 - Poderá doer, mas depois passa a dor.
Logo que acabou de me dizer isto, lambeu - me o pescoço. E tenho a certeza, que apareceu lá uma veia minha. Ouvi a sua respiração ficar mais rápida e estrondosa. O coração dele batia irregularmente. E a temperatura corporal dele aumentou ardentemente. O ar ficara mais húmido e o sol escondera - se nas nuvens. Deixando - nos ás escuras e com ele pronto, quando......
 - Está tudo bem? - Perguntou a Rose, de repente.
Rodrigo assustou - se tanto, que saiu de cima de mim e caiu no chão. Caiu com tanta força, que se ouviu estalo das costas a bater no chão de madeira. Mandei um grito de susto, mas quando vi ele no chão, fiquei ralada com ele.
 - Estás bem? Ro? Meu amor? Responde - me, merda!
Levantei - me depressa e fui ajudá - lo a levantar - se do chão. Sentei - o no sofá e ajoelhei - me á sua frente para verificar se ele estava bem. Abracei - o para ver se ficava melhor, e depois lembrei - me que um copo de água faria lhe bem.
 - Vou buscar - te um copo de água. Ficas bem?
 - Sim.
Saí do escritório, deixando Rodrigo sozinho, e fui á cozinha. Rose não estava lá, mas tinha deixado um bilhete: Fui ás compras com o pai. Bjs. Então tinha de encontrar os copos sozinha. Bonito serviço!
Demorei 10 minutos para achar os copos. Agarrei na garrafa da água, enchi o copo e pus - me a caminho. O caminho foi rápido, por isso, cheguei a tempo de ouvir a conversa de Rodrigo com Erik. Falavam sobre mim e outra rapariga, pelo que eu percebi.
 - Tentas - te prova-la?
 - Sim, mas não consegui.
 - Ela deixou?
 - Sim. E estive muito perto. Bolas!
 - O que esperavas?! Que depois de a provares, ela te dissesse para continuares?
 - Olhar dizia - me que sim.
 - Não quererás dizer, que era a alma dela que dizia que sim.
 - Que queres dizer com isso?
 - Oh! Não me digas, que não percebes - te que a alma dela é a de Claire. A Claire que tu amas - te e que te abandonou sem qualquer explicação. A bela Claire, de cabelos castanhos e olhos cinzentos como prata.
 - Eu sei que a alma dela é a Claire.
 - Resumidamente, estás com ela porque ela tem a alma da tua antiga amada Claire. Não é verdade?
Ele não respondeu, logo era verdade. O meu coração parou, o sangue gelou - me e um buraco pareceu abriu - se. O copo caiu - me das mãos e partiu - se em mil pedaços no meu do chão do corredor. Rodrigo e Erik vieram a correr para a porta para ver o que se passava, mas não lhes liguei. Estava demasiado magoada, para me importar.
Afastei - me da porta e fui para a cozinha, novamente. Não pensei duas vezes, abri a porta com o demónio e entrei. Desci as escadas apressadamente e corri, não sei para onde, para encontrar o corredor. Acabei por encontra - lo, atravessei - o sem tomar atenção a nada, e cheguei ao alçapão. Não me interessei se tinha fechado o alçapão ou não, passei pela ponte e só parei debaixo da árvore de jasmim. Encostei - me á árvore, meti a cabeça nos joelhos e chorei, como nunca tinha chorado.

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