segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Capitulo 28

Olá, meus amados filhos das trevas ...


 - Sim. Nós vampiros sabemos sempre as horas, olhando para o sol ou a lua.
Rodrigo ajudou - me a levantar do chão e acompanhou - me até casa. Mesmo antes de entrarmos, ele pegou - me nas mãos, olhou - me nos olhos e declarou:
 - Mon Soleil scintillant
Et ma Lune brillant
Appoter je lunière en amour
Et ilumination en ma existence.
 - Foi lindo em francês, mas eu não percebi nada. Volta a dizer isso, mas em português.
 - Eu disse: Meu Sol cintilante. E minha Lua brilhante. Trouxeste - me luz no amor. E na minha existência.
 - Oh! Que romântico.
Inclinou - se e deu - me um beijo, suave e doce como o vento com o cheirinho a chocolate. Mas, infelizmente, era tarde e tivemos de entrar em casa para irmos dormir. Rodrigo mostrou o meu quarto, como se fosse o rei da casa.
O quarto era maravilhoso. As paredes eram vermelhas sangue com rosas brancas e folhas pretas. A cama tinha cortinas penduradas, parecendo uma cama de princesa. Tinha uma secretária e uma porta para uma casa de banho privada. A janela que havia do lado direito, mostrava o lago do jardim com o luar reflectido. A luz do quarto era uns candeeiros antigos que estavam na parede, um de cada lado da cama, parecia que estávamos iluminados pela luz das velas.
De repente, soltei um bocejo de sono. Estava cheia de sono, mas tinha medo de ficar a dormir sozinha, por isso, não me fui deitar.
 - Está na hora de ires dormir. - Comentou Rodrigo.
 - Mas não quero dormir sozinha.
 - E se dormi - se aqui contigo?
 - Farias isso por mim?
 - Claro. Veste - te, enquanto vou buscar dois copos de leite morno para te ajudar a adormecer.
 - Não demores.
 - Está bem. Volto já.
 - Ok.
Quando ele saiu, fui directamente á cama, pois estava lá um pijama. Era creme com umas rosas roxas nos cantos da camisola e dos calções. Abri a cama e fuiá casa de banho pentear o cabelo e apanha - lo num rabo - de - cavalo.
Voltei para o quarto e fui á mala buscar um dos livros que tenho andado a ler. Neste caso era: O retrato de Dorian Gray, e posso dizer que o filme que fizeram não tem nada a haver com o livro, os conselhos alguns são bons e maus e o livro é um pouco complicado de entender. Um dos bons conselhos é este: "Escolho os meus amigos pela sua boa aparência, meus meros conhecidos pelo seu bom carácter e os meus inimigos pela sua inteligência."
Li umas 2 ou 3 páginas antes de ele voltar, com as canecas de leite. Entrou e fechou a porta atrás dele, enquanto vinha sentasse comigo. Deu - me as duas canecas, e meteu - se dentro das cobertas com o pijama que trazia vestido. Passei - lhe uma das canecas e comecei a beber um pouco o meu leite. Hum! Estava quentinho e muito bom.
 - Como te sentes? - Perguntou - me ele.
 - Bem. O quarto é maravilhoso, adoro as cores e as rosas pintadas na parede.
 - Concordo. Fui que escolhi as cores e os desenhos do quarto.
 - A sério?!
 - Vamos dormir, pode ser?! - Pediu ele, a bocejar.
 - Está bem, Dorminhoco.
Ele deitou - se na cama, logo depois de pôr as canecas em cima das mesas - de - cabeceira, e puxou - me para perto dele. Também me deitei, ele pôs a cabeça na almofada e eu a cabeça no peito suave e caloroso dele. Como estávamos calados, eu consegui ouvir o som do coração dele a bater e o meu coração a acompanhar. Ele abraçou - me, como maneira de não me deixar escapar. Deu - me um beijo na testa e disse - me:
 - Boa noite, chérie.
 - Boa noite, mon amour.
Não ficamos totalmente ás escuras, pois as cortinas da janela estavam abertas, e entrava o luar branco e mágico. Era bonito, mas também assustador, porque é noite de lua cheia. É nessas noites alguma coisa mágica acontecia. Devo ter adormecido, porque não me lembro de mais nada. Voltei a sonhar, e o sonho foi abominável, mas vou contar - lo.

Estava á porta de uma catedral e a porta estava entreaberta, por isso, abri - a e entrei. Ouvi um som que vinha de uma sala á minha esquerda e fui ver o que estava a acontecer. Quando entrei, vi estendido no chão Rodrigo que sangrava. Corri para junto dele, e nesse momento, que avistei uma sombra escura na entrada. A sombra tinha grandes olhos grandes e uma comprida capa preta. Olhei para Rodrigo, que estava a morrer, e eu não podia fazer nada.
 - Ele vai morrer e tu não podes fazer nada. - Disse - me a "sombra".
 - Não!!!!!! - Gritei - lhe, fazendo - me acordar do sonho.

Acho que quando acordei do pesadelo, devo ter acordado Rodrigo também, porque ele estava com os olhos muito abertos de surpresa e preocupação. Abraçou - me com muita força, e cantou - me "Everything i do" para me tentar acalmar. Acalmei um bocado, mas não completamente, pois continuava a pensar no pesadelo. Aproveitei a situação para verificar se ele estava bem. Não estava magoado ou sangrava. Que maravilha! Huf!
 - Que aconteceu? Estás bem? Porque te assustas - te tanto?
 - Tive um pesadelo, mas agora estou bem.
 - E esse pesadelo assustou - te muito?
 - Sim.
 - Queres contar - mo?
 - Estava na sala de uma catedral e tu estavas nos chão a morrer. E havia uma sombra que me disse que tu ias morrer e eu não podia fazer nada. Tive tanto medo de te perder....
 - Não te preocupes. Eu não morro com facilidade.
 - Estou mais descansada.
 - E podemos voltar a dormir!? São 4 da manhã e eu ainda quero dormir.
 - Então, vamos dormir.
Voltei a dormir, mas sem sonhos. Dormi profundamente e em paz. Estava a dormir tão bem, que quando a Rose nos disse para levantar, não me apeteceu e a ele também não. Como se ele tivesse lido os meus pensamentos, puxou as cobertas para cima e tapou - nos por completo. Ficámos assim durante 15 minutos, depois percebemos que nos tínhamos de levantar para ir para a escola. Como desejava que fosse fim - de - semana!
Levantámos - nos e fomos vestir - nos. Ele saiu para me poder vestir á vontade e para ele se ir vestir ao seu quarto. Misteriosamente, tinha uma roupa para mim, diferente da minha, em cima da cama. Era uma saia preta lisa, uma camisa branca aos folhos e um colete preto bordado, e ainda umas botas pretas.
Depois de me vestir, fui á casa de banho pentear - me. Nesse momento, entrou Rodrigo. Foi sentar - se na cama, á minha espera. Quando sai, fui ter com ele, ele abraçou - me pela cintura e deu - me um beijo demorado.
 - Gostei da noite passada. E tu? - Disse ele.
 - Também gostei.
 - Vai buscar a tua mala e vamos para a escola.
 - Espera por mim....
 - Ok.
Enquanto eu fui buscar a mala, ouvi Erik a entrar, estrondosamente, pela porta. Estava furioso, quase parecia criar remoinhos á sua volta. Tinha os punhos fechados, o olhar cheio de loucura e malícia e a cara extremamente vermelha, lembrava um pimento. 

Capitulo 27

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Capitulo 29 - Dormir Em Casa


Saímos da cozinha e virámos para a sala de jantar. Antes de eu entrar, a Rose disse que eu devia fazer uma entrada surpresa. Esperei que ela entrasse e dissesse: "Tenho uma surpresa."
Abri a porta e entrei. Ficaram todos muito surpreendidos, Erik parou de beber o sumo ( ou pelo menos parecia sumo), Rodrigo engasgou-se e Aaron ficou de boca aberta. O pai de Rodrigo e Erik foi o único que se levantou e me cumprimentou. Estalei os dedos e eles pareceram voltar ao normal, um normal muito abananado. Sentei ao lado do Erik, mas de frente para Rodrigo.
 - Que fazes aqui? - Perguntou-me o Erik, assim que me sentei.
 - Olha, fui a casa, mas a porta estava trancada. Não tinha chave, por isso, vim para aqui para ligar ao meu pai para me vir buscar. Ok?
 - Ok. E vais ficar para jantar?
 - Talvez. - Respondi-lhe com um misterioso.
 - Que rapariga misteriosa! - Comentou o Aaron. - A tua amiga também é assim?
 - Não, é pior. Nós somos a Atinadinha e a Rebelde. Eu sou a Atinadinha ela é a Rebelde.
 - E dão se bem?
 - Sim. Do tipo: Ela chama-me estúpida, eu chamo-lhe parva. Eu bato-lhe e ela bate-me. Eu digo um palavrão, ela faz o mesmo. A nossa relação funciona assim desde os 7 anos, e nunca mudou, e nunca vai mudar.
 - Então são best-friends? - Perguntou Rodrigo amorosamente.
 - Sim. As nossas zangas nunca duram mais que 20 minutos.
 - A sério? - Perguntou-me Aaron surpreendido.
 - Sim. Uma vez estávamos no 4º ano, e eu entalei na porta da casa de banho das raparigas a prima dela. Por coincidência, temos o mesmo nome, e não gostamos uma da outra. Mas fiquei feliz, pelo que lhe fiz. Que foi ?! - Exclamei, porque Erik, Rodrigo e Aaron olhavam para mim com cara de espanto e como se olhos lhes fossem sair das orbitas. - É verdade. A Nessa ficou chateada comigo, durante uns...10 ou 15 minutos. Enquanto ela estava chateada comigo, fui brincar para um ferro que havia na escola, onde andávamos á roda e ficávamos de cabeça para baixo. Ela, mais calma, pediu-me desculpa e eu também pedi a ela, depois disso ficamos novamente best-friends.
 - Nessa? - Perguntou o Aaron.
 - O quê?
 - O nome dela é Nessa?
 - Ah! - Exclamei ao perceber. - Não. O nome dela é Vanessa, mas eu trato-a por Nessa. É mais adorável.
 - Concordo. Quando é me apresentas a ela? - Interrogou-me Aaron, com um sorriso malandro.
 - Calma Garanhão! - Disse-lhe. - Irás conhecê-la amanhã! Ok?!
 - Queres que te sirva o jantar? - Perguntou-me Rose, a rir.
 - Por favor.
 - Então ficas para jantar! - Declarou Erik.
 - E, talvez, para passar aqui a noite. Porque a tua mãe foi maravilhosa a dar a volta ao meu pai, o que é raro.
 - A quem o dizes.
 - Estás a lembrar-te do que ele te disse.
 - Sim. O teu pai é muito protector. E pelo que me mostrou é muito protector, em relação á sua menina. - Disse Erik, olhando directamente para mim.
 - Todos os pais adoram proteger as suas meninas dos rapazes, independentemente que ele seja bom ou mau rapaz.
  - Verdade. Eu próprio se tivesse uma menina seria assim com ela.  - Disse Marcus. - Mas, a minha amada, só me deu rapazes. Devo contentar-me com o que tenho...
 - Se quiser, pode adoptar-me como filha emprestada.
 - Considera-te parte da familia. - Disse Rose.
 - Obrigada.
Deixei a conversa e comecei a comer. Era carde de porco á Alentejana, e estava delicioso, a sobremesa era mouse de chocolate.
 - Que achas-te do jantar? - Perguntou-me Rodrigo.
 - Estava muito bom.
 - Comes-te pouco, não tens mais fome? - Exclamou Rose.
 - Não, Rose, estou cheia.
Seguimos para a sala, enquanto esperávamos que a Rose viesse da cozinha, e fomos jogar ás cartas. Ou melhor dizendo, eles jogavam e eu observava.
Reparei que a lua estava muito brilhante, o vento acalmara e o frio da noite dera lugar a um calor invulgar de finais de Setembro. A lua estava tão brilhante que iluminava todo o jardim como uma lâmpada gigante. Apetecia-me ir passear pelo jardim, por isso, perguntei se podia dar um passeio pelo jardim. Eles responderam que sim, e eu fui lá para fora. Abri a janela e fui para o jardim passear.
Aqui estou eu, no meio do jardim, a passear á noite. Descalcei os ténis, e fui passeando á volta da casa, mas sempre por perto. Estava tudo muito calmo, calmo demais para o meu gosto. Algo iria acontecer, daqui a pouco, acontece sempre alguma coisa.
Sentei-me na relva, que estava macia e bem cortada, virada de frente para o lago. O lago estava muito bonito com o reflexo da lua na água. Dava um ar mágico ao lago e a tudo no jardim. As rosas estavam fechadas, os grilos cantavam e pirilampos voavam ali perto. Os pirilampos, a certa altura, juntaram-se e fizeram uma roda de luzes á minha volta. Magnifico.
De repente, atrás de mim, ouvi um rosnado leve. Estava tão perto que, quando me virei para trás, me assustei com a Brancura. Encontrava-mos tão perto, que os nossos narizes se tocaram suavemente. Ri-me e ela fez o mesmo.
Precisamos falar.
 - Então vamos falar.
Não pode ser aqui. Vamos para debaixo da amendoeira.
 - Ok.
Levantei-me e segui-a até á amendoeira. Quando lá chegamos voltei a sentar-me e Brancura veio colocar a sua cabecinha de lobo nas minhas pernas. Apercebi-me que estávamos meio escondidas, logo o assunto era sério.
 - Que se passa?
O Erik sabe que falas-te com Rodrigo nos sonhos e que tu descobris-te que ele não era a tua alma-gémea.
 - Então era, por isso que ele estava chateado esta manhã!?
Sim. Ele vai tentar dizer coisas horríveis sobre o irmão para tu o deixares, mas não podes deixar que te afecte. Eu sou a sua alma-gémea, por isso, acaba tudo com ele o mais depressa possível. Ok?
 - Ok. Mas como é que podes ser a sua alma-gémea se és um lobo?
Eu sou um metamorfo, mudo de forma quando me apetecer. Podia ser humana, mas assim estou mais perto dele, sem desconfiarem. Não contes a ninguém, nem a ele. Pelo menos ainda não contes, mais brevemente.
 - Não contarei. Se podes ser humana, como te chamas?
Juliette Sophie Maslin Bates.
 - Nome bonito.
Obrigada. Quando chegar a altura para contar, dizer-te-ei. Está bem?
 - Sim.
Se calhar, vou me embora. Agora de preferência!
 - Porquê?
Por que a tua alma-gémea vem ali, e eu não quero ficar a fazer de vela. Adeus e muito amor e beijos.
 - Igualmente.
Passados uns segundos, Rodrigo viu-me e veio ter comigo. Enquanto ele chegava, o vento levantou-se e fez-me arrepiar. Ele sentou-se e pôs a cabeça onde a Brancura tinha posto a cabeça á pouco tempo. Depois o vento parou.
 - Que fazes aqui - Perguntou-me ele.
 - Estava a falar com a Brancura, meu amor. - Disse-lhe, enquanto fazia festas no cabelo dele.
 - Vais mesmo ficar aqui a dormir?
 - Sim. No quarto ao lado teu. - Disse. - Diz-me uma coisa.
 - O quê?
 - Tu podes controlar os ventos?
 - Sim.
 - Uau! Fazes-me lembrar o Drácula, tirando o facto de seres mais giro, menos maléfico e seres inofensivo.
 - Obrigada, por me comparares a um dos mais malvados e poderosos vampiros de toda a história. - Disse-me ele ironicamente.
 - Não fiques assim zangado, não disse aquilo por mal.
 - Está bem.
 - O Erik sabe que tu e eu falamos nos sonhos.
 - A sério?
 - Sim.
 - Mas como?
 - Não sei, meu amor.
 - Adoro quando me chamas "meu amor". Faz-me sentir dono do teu coração e um sortudo.
 - Tu tens o meu coração. Que horas são?
 - São 22 horas. - Disse-me ele, enquanto olhava para a lua.
 - Como é que sabes? E deveríamos ir dormir.
 - A lua disse-me e tens razão. Devíamos ir dormir.
 -  A lua disse-te?!

Capitulo 26

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Capitulo 28 - O Beijo entre Amantes


Depois da conversa, um pouco demorada, com a Nessa o dia passou a correr. As aulas começavam, e de repente, já estavam a acabar. As aulas da manhã, finalmente, acabaram.
Desta vez, eu é que fiquei á espera. Mas que inferno! Eu estava esfomeada e eles não se despachavam. Rodrigo acabou primeiro do que Erik. Estranho, porque Erik era sempre o primeiro. Tive de falar, senão nunca mais iria comer.
 - Erik, não quero ser má, mas... Despacha-te! Estou a morrer de fome.
 - Mano, concordo com ela. - Disse Rodrigo.
 - Vão andando, que eu já vos apanho. - Disse o Erik.
 - Tens a certeza? - Perguntámos eu e Rodrigo.
 - Absoluta.
Eu e Rodrigo fomos andando para fora da escola. Pelo caminho, ás escondidas, eu e ele fomos de mãos dadas. Era fenomenal, nada comparado quando eu e Erik andávamos de mãos dadas.
Andar com Rodrigo, mesmo ás escondidas, era mais apaixonante, querido e completamente diferente. Tinha a sensação de estar a ser observada, não por Rodrigo, mas por outra pessoa. Olhei para trás discretamente, e não vi ninguém, por isso, cheguei á conclusão de que estava a imaginar.
Mesmo antes de chegarmos a minha casa, ele fez-me dar meia volta para ele. Abraçou-me e olhou para mim olhos nos olhos. Tinha os olhos brilhantes, como estrelas.
 - Amo-te. - disse-me ele, de repente.
 - Eu sei. Eu também te amo.
Pôs a mão na minha bochecha, e a outra na cintura, e deu-me um beijo. O beijo foi muito apaixonado, mas de pouca duração. Ainda no beijo, senti as presas dele crescerem, por isso, parei o beijo. Ele sorriu-me, mostrando as, bonitas e afiadas, presas.
 - Encolhe-as! - Disse-lhe alarmada.
 - O quê?
 - As presas cresceram.
 - Ah! Ok, espera um pouco.
Ele abriu os olhos, e como se tivesse lido os meus pensamentos, respondeu ás perguntas que eu estivera a pensar. E, se calhar, leu mesmo os meus pensamentos.
 - Não voltará a acontecer, ninguém vai descobrir e tu não farias nada.
 - Tu lês-te os meus pensamentos?
 - Talvez.
Deu-me mais um beijo e foi-se embora. Abri a porta e fui almoçar rapidinho, porque tinha a aula de EV.  Logo. depois do almoço, fui fazer a mala para a aula. Era necessário tanta coisa, que eu perdi a conta.
Enquanto fazia a mala, pensava no caminho para casa com Rodrigo. Tinha sido tão bom, eu sentia-me com em paz de alma. Ficava mais descontraída e parecia que todo o mundo desaparecia. Éramos apenas eu e ele, e tínhamos tudo o que desejaremos.
Saí de casa. novamente, para a escola. A meio do caminho, encontrei Erik e Rodrigo, que vinham a sair do Mercedes branco do pai. Corri até eles, e cumprimentei o pai deles, que ficou muito feliz por me ver.
Depois fizemos o resto do caminho para a escola. Tocou logo quando nós entramos na escola. Fomos directos para a sala, e enquanto esperávamos conversamos sobre os testes. A prof. Bebé apareceu, pouco depois.
A prof. falou que esperava melhores notas e que para a próxima faríamos melhor. A Patrícia, delegada de turma da nossa turma, foi entregando os testes, com a ajuda da Vânia, a Ana e o Vasco.
Tive boa nota, por isso, fui ver o teste, até chegar a uma pergunta que perguntava quais as cores primárias que juntas faziam verde. Virei-me para trás e perguntei aos rapazes se eles também tinha a pergunta mal, como eu.
A seguir, ele fechou os olhos, como se ele estivesse a concentrar-se. Tão depressa como apareceram, as presas desapareceram. Aos poucos as presas foram encolhendo até desaparecerem. Isso fez-me descontrair. Já não havia o problema de alguém vê-las. Pelos agora. E se voltar a acontecer? E se descobrissem? O que é que eu faria?
 - Não, eu tenho a pergunta bem. - Disse-me o Erik.
 - Eu também tenho a minha certa. - Concordou Rodrigo.
De repente, a prof. perguntou-me se eu tinha a pergunta 9 ( era a pergunta que eu tinha mal e que eles não tinham) tinha escrito azul e amarelo. Eu estupidamente respondi:
 - Não, tenho amarelo e azul.
Depois percebi que não tinha muita diferente, e que todos se riram, até a prof. achou piada. O resto da aula foi assim, divertida, mas quando cheguei a casa a piada foi outra.
Quando cheguei a casa, descobri que estava ninguém e a porta de casa estava fechada. Procurei a chave na mala, na esperança que ela lá estivesse, mas não havia chave nenhuma. Lembrei-me que a tinha deixado no quarto, logo, não tinha como entrar em casa. O que podia eu fazer? Chamar a vizinha? Ficar em casa de alguém? Talvez. Mas em casa de quem? Os rapazes! Porque não me lembrei deles?!
Pus-me a caminho, pois a casa deles ainda ficava, ligeiramente, longe. Começara a escurecer, enquanto eu caminhava para casa deles. Quando lá cheguei já era noite.
A lua era cheia, no profundo e bonito céu estrelado, e estava muito brilhante, como um grande diamante divino. Ouvi uma coruja. O som que fazia parecia maquiavélico e frio, em vez de inofensivo. O vento levantou-se fazendo assobios quando rosava nas janelas e ramos das árvores, e os cães começaram a uivar. Não havia carro ou pessoa a passar por ali, era como se tivessem sumido para outro planeta. No apareceu um relâmpago enorme que chegou ao chão, ou pareceu chegar ao chão.
Abri o portão, que estava destrancado, e corri para a porta. Toquei na campainha e durante 10 minutos ninguém me respondeu. Logo, sentei-me no chão e enrolei-me, como uma bolinha. Estava assustada, e começava a achar que havia ninguém em casa e que aquilo tinha sido má ideia.
Eu podia ter esperado, mas não.... Eu tinha de me lembrar de vir para aqui! Talvez, devesse voltar para casa, afinal, não estava muito escuro. Eu a acabar de dizer isto, e uma nuvem, vinda não sei de onde, se meteu em frente á lua. Que nervos! Raios parta, mais á nuvem! Depois a Rose, apareceu á porta.
 - Boa noite! Em que ... - Começou ela, até me ver. - Oh, querida. Queres entrar?
 - Por favor. - disse-lhe, um pouco com medo. - Quer dizer. Posso entrar?
 - Claro. Estávamos a começar a jantar.
 - Oh! Não queria interromper.
 - Não interrompes. Até fazes companhia a nós e jantas. Pode ser?
 - Eu vim para aqui, porque a porta da minha casa está fechada e eu não tenho chave para entrar. - Expliquei a Rose, enquanto caminhávamos pela sala para chegarmos á cozinha. - Mas, se a Rose, insistir eu fico.
 - Eu insisto. Mas vamos primeiro, avisar alguém que está aqui.
 - Tem toda a razão. Tem um telefone?
 - Sim, na cozinha.
Depois, em vez de virarmos á esquerda para a sala de jantar, fomos para a porta da direita para a cozinha. O telefone estava na parede ao lado da porta, liguei para o pai. Ele atendeu logo.
 - " Quem fala? "
 - Sou eu, pai.
 - " Onde estás? "
 - Em casa do Erik. A porta estava fechada e eu não tinha chave, por isso, vim para casa dele, enquanto esperava que me viessem buscar.
 - " Podias ter ficado com a vizinha Gabriela. "
 - Não me lembrei, desculpa.
 - " Agora, vem para casa. "
 - Mas os pais do Erik queriam que eu janta-se com eles.
 - " Isso é pedir muito. "
 - Não. A Sr. Rose diz que não.
 - " Deixa-me falar a Sr. Rose. "
 - Está bem.
A Rose estava ao meu lado, por isso, foi muito rápido. Estiveram a falar um bocado, mas não me importei, porque a Rose tinha-me dito que faria de tudo para eu ali jantar. Era bom os pais darem-se bem, significava que nos deixavam namorar. Mas, provadamente, que eu e Erik iríamos acabar, porque o meu verdadeiro amor era Rodrigo. O rebeldemente amoroso Rodrigo.
O telefonema acabou e eu olhei para Rose. Tinha os ombros descaídos, os olhos tristes, os lábios sérios e a cara abatida. Percebi logo, eu não iria ficar para jantar em casa. Que treta! Bolas para isto!
De repente, a Rose começou a rir, um riso cheio de animação. Olhou para mim e disse:
 - Parece que alguém vai ficar para jantar, e para dormir aqui.
Abracei-a e respondi-lhe cheia de felicidade:
 - A Rose é a maior.

Capitulo 25

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Quando acordei, antes da minha avó me chamar, Erik já não estava. Tinha ido, talvez, para casa trocar de roupa. Ou para fingir que tinha dormido em casa. Não importava, eu tinha muito em que pensar, antes de ir para a escola e encontrá-lo.
Levantei-me, fui á casa de banho, penteei-me e vesti-me. Enquanto me vestia ia pensando no sonho. Como teria Rodrigo acordado, depois do sonho? E beijo como teria sido para ele? Será que se lembrava do que eu tinha dito no sonho? Talvez. Depois vi, em cima, do móvel da roupa dois cartões. Um era cor de vinho tinto, o outro era branco. O vermelho era de Rodrigo e o branco era de Erik, pelo que diziam os cartões.
Abri o de Rodrigo primeiro e dizia: Foi estranho, mas bom o sonho. E o beijo maravilhoso. Fico á tua espera na escola, porque fiquei na mesma turma que tu. Beijinhos do que te ama muito. Era lindo e romântico, mas era também muito preocupante. Como é que eu me iria esquecer do beijo do sonho, com Rodrigo por perto? Como? Eu depois tratava disso, pelo caminho para a escola.
De seguida abri o de Erik que tinha escrito o seguinte: Gostei muito da nossa noite ontem. Tive de me ir embora, porque precisava de trocar de roupa. Vemo-nos na escola, com o meu irmão, porque ele também quis começar a ter aulas. Beijos e até logo. Descontraí, um pouco, porque ele ainda não sabia de mim e de Rodrigo. Estaria com ele e com o irmão como se fossemos todos amigos, e não dois rapazes a namorar a mesma rapariga.
Depois de comer, agarrei na mala e pus-me a caminho da escola. No caminho, pensava como é que esconderia os meus pensamentos, sobre Rodrigo, de Erik. Podia pensar noutras coisas? Ou podia criar um muro mental, se isso fosse possível. Podia não pensar em nada? Impossível. Não faria nada, teria fé em Deus para me ajudar a esconder os meus pensamentos dele.
Cheguei á escola num instante, e reconheci-os imediatamente. Erik trazia umas calças pretas, uma camisola branca e uma camisa desabotoada cinzenta. Rodrigo vinha com umas calças de ganga, uma camisa creme e um chapéu cinzento.
 - Olá rapazes!
 - Olá rapariga. - Responderam os dois.
 - Qual é a minha primeira aula? - perguntou Rodrigo.
 - História. - Respondi-lhe. - Vai ser ... hilariante. Principalmente, quando todas as raparigas das turmas andarem atrás de ti.
Entramos todos para dentro e seguimos para a porta da aula. Rodrigo ia-me fazendo perguntas sobre as aulas, a escola, os colegas de turma, as outras turmas. Mas Erik estava, misteriosamente, calado. De cada vez que o olhava, tinha o olhar baço e perdido nos pensamentos.
 - Turma, quero apresentar o Rodrigo. - Disse o prof. apontando para ele. - E ele é o irmão do Sr. Adrian.
De repente, lembrei-me que faltava pouco para o aniversário da minha bestfriend de sempre, a Vanessa ou a Nessa. Eu ainda não tinha presente para ela, tinha de me apressar. Que haveria eu de lhe oferecer? Já sei, vou apresentá-la ao Aaron, davam um belo par de tontos.
A turma, principalmente as raparigas, deram as boas-vindas ao Rodrigo. Para mim, ele parecia bastante feliz e desejoso de se integrar na turma. O que, para ser sincera, é bastante fácil e divertido nesta turma. Nas outras turmas também é fácil, mas a turma do 9ºA é mais loucamente divertida.
A aula de história, passou rapidamente, para dar lugar ao intervalo. Saí-mos os três e fomos dar a volta á escola, para mostrar ao Rodrigo como era. Ele pareceu bastante interessado, e Erik pareceu-me bastante distraído.
De repente, a Nessa apareceu e veio ter comigo. Tinha cara de felicidade e de dúvida, por isso, era uma pergunta sobre uma pessoa que nós conhecíamos ( só para o caso de se terem esquecido, a pessoa é o Erik). Agarrou-me na mão e puxou-me para a ponta mais distante deles.
 - Já resolveram? - perguntou-me ela.
 - Mais ou menos. A propósito, arranjei-te um namorado.
 - Quê? Quem? Quando?
 - É o primo deles, é lindo e chama-se Aaron.
 - Parece ... Como é que se diz ? ... Há sim! Air? 
 - Sim, parece air, que quer dizer ar. Porque não vens ter comigo amanhã, e vamos as duas a casa deles? E tu conheces o Aaron. - disse a ela. - Pode ser?
 - Ok. Amanhã, ás 3.
 - Ás 3, mas se chegares atrasada, deixo-te para trás.
 - Como é que ele é?
 - Olhos verdes, cabelo castanho. Brincalhão, ideias loucas e ideal para ti.
 - É perfeito para mim.

Capitulo 24, parte 2

Olá, meus amados filhos das trevas ...


Depois, a Brancura desapareceu, e apareceu Rodrigo no seu lugar. Este estava vestido com umas calças de ganga, uma t-shirt ( que dizia: Kiss me). Estava com o cabelo solto, como uma cortina dourada, e os olhos verdes muito abertos de surpresa, e estranhamente de prazer.
Olhei para mim mesma, para ver o que é eu tinha vestido. Tinha um lindo vestido preto, sem alças, acima dos joelhos. A parte de cima colava-se muito bem a mim, a parte de baixo fazia uma pequena roda. Tinha um generoso decote em V, magnifico. O meu cabelo estava solto e com um laço prateado, do lado direito, a prender-me o cabelo. Os sapatos eram igualmente pretos e muito bonitos, com uns lacinhos na ponta e de saltos altos.
 - Como é que eu vi aqui parar? - Perguntou ele.
 - Não te posso responder, porque também eu não sei. - Respondi. - Mas sei que tenho de falar contigo.
 - O que é que queres? - Respondeu-me ele secamente.
 - Eu sei o que se passou contigo e com as namoradas que tiveste. - Ele pareceu-me surpreso. - Eu sei que, sempre que tu tentavas arranjar uma namorada, ela acabava contigo para ficar com o teu irmão. E compreendo o teu sofrimento.
 - Como é que sabes?
 - A tua última namorada, era uma bruxa e metamorfa e amaldiçoou o teu irmão, contou-me.
 - Amaldiçoou-o?
 - Sim. Ela disse-lhe que quando ele encontra-se a sua alma-gémea e se apaixona-se por ela, a iria perder para ti.
 - A sério?
 - Sério. E, também, sei que podes ler-me os pensamentos, mas que não o fazes para não violar a minha privacidade. Não acredito que vou dizer isto, mas ... mas ...
 - Mas...
 - Acho que estou apaixonada por ti. Desde que nos beijamos, que não penso noutra pessoa, senão em ti.
 - Também sinto o mesmo.
Depois aproximámo-nos, até ficar-mos nos braços um do outro, e beijámo-nos. Novamente, senti borboletas na barriga. O beijo foi cheio de emoções: amor, dor, esperança, medo, etc.
De repente, acordei do sonho.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O FILME!!!!!

Olá, meus amados filhos das trevas ...
Há muito que não falo aqui, por isso,vou publicar no blog  e no youtube o filme que criei para representar o livro. Isto para acrescentar que mandei o livro para algumas editoras e algumas já me disseram que iriam analisar e me dariam resposta daqui a uns dias.


sábado, 1 de setembro de 2012

Anunciação

Olá, meus amados filhos das trevas ...

EStou quase a acabar o meu livro. E posso adiantar-vos dizendo que o primeiro livro irá acabar no capítulo 50, e que já tenho ideias para o segundo e treceiro livros. Se alguém que tenha lido o livro tenha duvidas ou que queira saber qual é o animal correspodente á sua personalidade, mandem-me um e-mail: teodorocristiana@hotmail.com.

Se for um e-mail para saber qual o vosso animal, mandem-me um pequeno texto onde descrevem a vossa personalidade, por exemplo: " Sou forte, amável,adoro ajudar, ..."Prometo responder a todas a perguntas, mas digam-me qual é vosso e-mail para ue possa responder á vossa questão.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Bryan Adams - (Everything I Do) I Do It For You - YouTube

Bryan Adams - (Everything I Do) I Do It For You - YouTube

Como alguns já devem ter visto no facebook do livro, eu escolhi esta musica para representar a história do meu livro. É uma musica clássica, que fala de tudo o que ele fez na vida foi por ela, por isso, é uma musica romântica. Espero que alguns gostem da musica. Bjs da vossa escritora.

Capítulo 24, parte 1

Sei que é complicado de veres isto, mas explicar-te-ei tudo.
- Devias explicar.
Eu sou a rapariga que amaldiçoou o Erik. O meu nome não posso ainda revelar, mas posso dizer-te que em breve tu irás ajudar-me a encontrar a minha alma-gémea.
- Ok. Mas porque o que fizes-te?
Ele percisava de uma lição. A maldição está quase a concretizar-se, ele está a apaixonar-se por ti e está a perder-te para o Rodrigo.
- O Rodrigo é maluco e maléfico.
Não. O Rodrigo não é maluco, nem maléfico. Ele está a comportar-se assim porque te ama, e quer a tua atenção.
- Se quer a minha atenção, está a consegui-la.
E tu amas-o?
- Não, nunca.
Mentes. E ele reage friamente, porque já sofreu muito e não quer sofrer outra vez.
- Compreendo.
Então fala com ele, de preferência a sós. Diz-lhe que sabes que ele sofreu muito. Diz-lhe?
- Porque é que haveria de fazer isso?
Porque ele é que é a tua verdadeira alma-gémea. E tu sabes o que acontecerá, caso ele não esteja contigo, certo?
- Certo.
O Erik pode parecer santo, mas não é. Ele é capaz de tudo para conseguir o que deseja, e passar por cima de quem for para o ter. E ele mente-te.
- No que é que ele me mente?
Ele consegue ler-te a mente, mesmo sem ter bebido o teu sangue. E Rodrigo também consegue, mas não o faz porque perfere não violar a tua privacidade.
- Então ele tem lido sempre a minha mente?!
Sim.
- Porquê?
Porque ele qquer ter a certeza que tu não sabes da maldição. Nem que tu saibas que ele não a tua verdadeira alma-gémea, mas sim o Rodrigo.
- Idiota!
Fala com o Rodrigo ele é muito amgável e, dos dois, o mais romântico que existe. E ele quando ama alguém é capaz de tudo para tera sua atenção, a sua portecção e amor.
- Assim o farei.
Queres falar com ele agora?
- Isso é possivel?!

Capítulo 23

Depois de jantar, fui para dentro de casa. Porque a cozinha fica numa outra casinha afastada de casa. Vi TV, até normalmente ás 11 horas, e depois fui preparar a cama para me ir deitar.
Erik ainda não tinha aparecido, pelo que pude vestir á vontade. Depois de vestida, lavei os dentes e fui me sentar na cama a ler o "Drácula", não li muito se querem saber. Estava a aborrecer-me com o livro.
De repente, ouvi um ruído, era arrepiante e fantasmagórico. Vinha, detrás, da minha porta, por isso, levantei-me e fui ver o que era. Fui passinho a passinho, muito devagarinho, até chegar á porta, comecei a abri-la, até ... ver que não lá estava nada nem ninguém.
Contei até 10 e voltei a fechar a porta descontraídamente. Assim, que me virei para a cama, Erik apareceu. Do nada, como se tivesse aparecido com o vento. Apanhei um susto, que na escala de 1 a 10, eu daria 9.
- Merda Erik! - Respondi-lhe surpresa, e com o coração quase a sair do peito. - Nunca mais me faças isso. Oh, e descalça-te, ainda sujas os lençóis.
- É para já.
- Como é que achas que as pessoas vão reagir amanhã?
- Em relação a quê?
- A nós. Quer dizer, nós hoje de manhã eramos apenas amigos, agora somos ...
- Somos namorados, Cris. Namorados!
- Pois isso.
Ele levantou-se da cama e foi descalçar-se. E enquanto ele fazia isso, eu já estava sentada na cama, enroladinha, como um cachorro, nas minhas mantas. Ele ficou sentado na cama também, mas por cima dos lençóis, eu não queria ali misturas. Depois, chegou-me o sono.
Deitei e tapei-me com as mantas, Erik também se deitou com a cabeça na minha outra almofada e depois pôs o braço á minha volta, como uma forma de protecção. Adorei. Logo adormeci.
Voltei a sonhar, e desta vez o sonho era uma merda, no ínicio, porque eu não o entendia. Mas pelo meio, acho, que o comecei a entender. Desta vez, eu estava de fora a assistir, como se estivesse a ver uma visão ou uma recordação. Parecia bastante real, mas era ímpossivel.
Estava numa sala simples, mas de gente com posses e dinheiro, as paredes eram cremes, com pedaços de prata nos retoques, dando muito brilho á sala, na luz do Sol. Olhei um jornal que estava em cima de uma mesa, na sala, estavamos em 1939. Mais precisamente, 23 de Novembro de 1939.
Depois, entraram na sala, Rodrigo, Erik e uma rapariga. Ela era bonita, longos cabelos pretos e grandes olhos azuis marinhos penetrantes, e era alta e esbelta. Todos se sentaram, nos sofás que estavam ali, e depois a rapariga falou:
- Rodrigo, eu não te amo mais, por isso, acabou. Lamento.
- Porquê? Fiz-te algo de mal?
- Não, mas eu encontrei outro.
- E, só por curiosidade, o que é que o meu irmão faz aqui?
- A pessoa que eu encontrei, é o teu irmão.
- O quê?! - Virou-se para Erik. - Como podes-te? Somos irmãos, sangue do mesmo sangue.
- Temos personalidades diferentes. - Respondeu-lhe Erik.
Fiquei chocada e, pelo que me pareceu, Rodrigo também. Agora, eu percebia porque é que o Brancura me tinha avisado. Erik era um canalha, que não se importava de ver o irmão sofrer. Então o irmão endiabrado era o Erik, e o santo era o Rodrigo. Como é que eu pude ser tão parva? Como?Era óbvio, com 13 namoradas, ou ele era muito bom ou não prestava para nada. Neste momento, acho que é mais a segunta opção. Que estúpida, mas agora não importa, tenho de voltar á visão ou recordação, ou lá o que isto seja.
Rodrigo não aguentando mais, levantou-se e saiu da sala, triste e com o coração desfeito em mil pedaços, batendo com a porta ruidosamente. Na sala ficaram Erik e a rapariga, sozinhos. Erik tinha um sorriso, não bondoso e alegre, mas maldoso e arroaseiro. A rapariga, estava muito quieta e, pouco, assustada, mas tentava não mostrar-lo.
- Já agora acabou-se. - Declarou Erik.
- Mas ...
- Mas o quê? Se julgavas que ficaria contigo se acabasses com o idiota do meu irmão, estás muito enganda. Mas, muito enganada mesmo.
- Parvalhão! Idiota! Estúpido! Monstro!
- Pois, pois. Agora, se não te importas, sai.
Despois esta situação aconteceu outra vez, outra vez, outra vez e outra vez. Até que, finalmente, chegou á 12º namorada. A rapariga era magra e de altura média, tinha cabelos castenhos e olhos, estranhamente violetas, como uma bruxa. Porque dizia-se que as raprigas que nasciam com olhos violetas eram bruxas. Entram todos, sentaram-se, ela acaba com Rodrigo, o Rodrigo sai triste, ficam eles sozinhos e ...
- Está tudo acabado. - Disse, novamente, Erik.
- Aí é que te enganas. - Declarou ela. - Eu amaldiçoou-te Erik Anthony Rashell Adrian.
- O quê?
- Quando sentires a tua alma-gémea e te apaixonares por ela, irás perdê-la para o teu irmão. Ele irá amá-la de verdade e dar-lhe-á muitas alegrias, enquanto tu ficarás sozinho, a assistir.
- Bruxa!
- A única maneira de impedires que aconteca é, depois de a perderes e teres o teu coração partido, voltares a amar outra mulher e desta vez, verdadeiramante, de alma e coração.
- Como assim?
- Depois de a tua alma-gémea estar com o teu irmão, irá aparecer uma outra pessoa já tua conhecida, pela qual tu te irás apaixonar perdidamente.
- Sai. Não quero ouvir mais nada.
- Com todo o prazer.
Depois de ela sair, Erik levantou-se inquieto e começou a andar de um lado para o outro. Agarrou numa jarra de flores, que estava na mesa, e atirou-a violentamente contra a parede, fazendo com que ela se parti-se em milhares de pedaços no chão. A seguir, saiu da sala furioso e com os punhos fechados, e quando ele saiu o sonho transformou-se
De repente, estava, agora, num pequeno jardim de flores com várias borboletas e abelhas a voar por ali, e apareceu o Brancura.
O Brancura, assim que me viu, começou a mudar. Sim, a mudar! Começou a mudar de lobo para uma pessoa, como se fosse um Metamorfo (Um Metamorfo é aquele que se pode transformar em qualquer animal, só olhando para ele). Transformou-se na rapariga do sonho anterior, e tinha um vestido branco.

Capítulo 22

Fuia a casa buscar a minha mala, pra apanhar a boleia do pai do Erik. O carro era um lindo, Mercedes-Benz branco deste ano. Por dentro, era de pele preta e macia. Estava muito brilhante, como se fosse acabado de comprar.
Erik sentou-se, nos bancos de trás, comigo. Mete-mos o cinto, e o pai do Erik arrancou.Como é que seria viver assim? Provavelmente, era muito bom.
- Erik, tu podes entrar em casa da avó sem seres descoberto?
- Sim. - Disse-me ele, antes de deixar chocada. - Até posso entrar no teu quarto, quando menos esperares.
- Experimente, entrar sem aviso, que vais o que te acontece. - Ameaçei-o.
- O que é que me acontece?
- Agarro-te, se conseguir, e amarro-te a uma cadeira, se encontrar corda.
- E depois?
- Ficas assim o resto da tarde.
- E?
- Quieto. - Disse-lhe. - Não mexe, não fala, não respira.
- Sim, meu capitão.
- Agora, retomando o tema de conversa. A sério que podes entrar?
- Claro, mas porque perguntas?
- Por nada. Curiosidade.
- A curiosidade matou o gato.
- Isso aconteceu, porque o gato não teve cuidado.
Quando dei por mim, já estava a chegar a casa. Enquanto eu tirava o meu cinto, já Erik tinha tirado o cinto dele e estava a abrir-me a porta. Pediu-me a mão, e eu não recusei, dei-lhe a minha mão.
Parecia que tinhamos recuado no tempo. No tempo em que, os cavalheiros, de fatos e laços ao pescoço, ajudavam as damas, com os vestidos compridos e lindamente decorados, a descer das carruagens, muito altas e grandes. Eram tempos, muito maravilhosos, onde as mulheres podiam gastar dinheiro no guarda-roupa e os homens podiam andar, até manhã, nos cabarés e ir á casa aos Sábados.
Depois de sair, ele fechou-me a porta suavemente e pediu ao pai, mais 5 minutos comigo. O pai ficou no carro á espera. Encontrava-nos á porta da casa a conversar.
- Erik, eu aquela pergunta, á pouco, porue queria que viesses ter comigo. Podes?
- Claro, seria um prazer.
- Ficarei á espera. - Disse-lhe, enquanto o abraçava.
- Quem é este rapaz? - Perguntou o pai, de repente.
Entrei em pânico. Deixei de abraçar o Erik, para o meu pai não pensar coisas. Como vou dizer lhe que tenho um namorado? E que fuia sua casa? Como? Acalmei-me e deixei fluir tudo.
- Pai, este é o Erik. Erik, este é o pai.
- Este rapaz é teu namorado? - Perguntou-me ele.
- Pai. Paizinho. Querido ...
- Vem aí coisa. - Exclamou o pai.
- Queres que eu diga? - Interrogou-me Erik, com calma.
- Importavas-te?
- Nada. - Disse-me ele. - Senhor, eu sou o namorado da sua filha. Espero que não se importe, porque eu irei cuidar muito bem da sua menina.
- E pedis-te autorização a quem? - Interrogou-o o pai.
- Eu pedi a ela, mas se tiver de pedir a si, tudo bem. - Exclamou Erik. - Posso namorar a sua filha?
- Talvez.
- O que tenho de fazer para poder namora-la?
- Quero a tua palavra. - Disse o pai, muito sério. - Se tomares bem conta dela podes namora-la.
- Cuidarei bem dela. Só por curiosidade, o que me acontece se a tratar mal?
- Vou a tua casa, com uma catana, e corto-te aquilo que tu tens entre as pernas. Entendido?
- Sim. - Respondeu Erik, muito branco. Parecia um fantasma.
Depois o meu pai fez mais umas perguntas rápida ao Erik. Ele respondeu a todas, com a verdade e amor nas palavras e estanpadas na cara. Fiquei ali a observar, o pai queria saber tudo sobre Erik e Erik queria agradar o pai. Depois de acabarem as perguntas, o pai mandou-me para dentro porque eram horas de jantar.
- Está bem. Vou só despedir-me dele?
- Despacha-te. E olha que eu estou aqui.
Abraçei Erik muito depressa. Estavamos perfeitos. Abraçei-o pelos ombros e ele pela minha cintura. Depois colocamos a cabeça de cada um no ombro de outro.
- Já tenho saudades tuas. - Disse-me ele.
- Eu também. - logo, ouvi o meu estômago com fome. - Tenho fome, por isso, vamos apresar.
- OK.
- Toma bem, conta do Brancura.
- Tomarei.
- Porta-te bem.
- Está bem.
- Beijinhos.
- Beijinhos.
Deu-me um beijo, muito suave e caloroso, na bochecha e foi-se embora, no carro do pai. Acenei-lhe e ele fez-me o mesmo. Dei a volta, e fuia para dentro para ir comer. Cheguei para a cozinha e sentei-me.
- Boa noite. - Disse a todos.
- Como foi? - Perguntou a avó.
- Bom. Conheci os pais dele, o irmão e o primo.
- São boas pessoas?
- Sim, tem uma casa enorme, um lago, etc.
- Deviamos preocupar com esse rapaz? - Perguntou o tio Rui, que lá estava coma a tia.
- Talvez.
- Porquê? - Perguntou a tia.
- Porque talvez, ele seja meu namorado.
- E se não a tratar bem, sabe o que lhe acontece. - Comentou o pai

Capítulo 21

- Para começar, vais concentrar-te apenas, e apenas, no teu animal. Pensas nele e em mais nada. Quando sentires um toque na tua mente, diz-me. - Disse-me Aaron.
Abria a minha mente e concentrei-me no meu animal. O lobo era lindo. Fechei os olhos e pensei nele. Depois senti o toque na minha mente, era suave, caloroso e muito confortável. Abri os olhos. E quando era para responder a Aaron, senti uma dor muito forte na mente. Levei a mão à cabeça, para ver se passava com uma massagem, mas não passou.
- É normal, eu sentir um dor muito forte depois do toque, na minha mente?
- Não. - Disse Erik.
- Então que se passa comigo?
- Não nada contigo, apenas tem a forma de ligar com o teu animal diferente do nosso. - Respondeu-me Rodrigo.
- Mas vou ficar ligada ao meu animal, certo?
- Sim. Mas o processo que será iniciado para isso, será mais complicado. - Disse Erik.
- O que tenho de fazer?
- Tens de cortar, um pouco, o teu pulso e dar o teu sangue a beber ao teu animal. Enquanto dizes um poema, o teu animal decide. Se ele aceitar, ficaram ligados, se não aceitar, esquece. Disse-me Aaron. - Estás disposta a isso?
- Sim.
- Então vamos começar.
Aaron veio ter comigo, com uma faca na mão. A faca era muito grande, parecida com as dos mestres de cozinha. Agarrou-me o pulso, com suavidade, e passou a lâmina. Abriu-se uma linha vermelha, por onde caíram algumas gotas de sangue. As gotas de sangue eram tão escuras, mas ao sol eram um cor de rosa velho. Depois Aaron falou:
- Agora avança. Depois, diz o poema que estás escrito , neste caderno. E enquanto lhe dás o teu sangue.
- Esse caderno será para escreveres, todas as aventuras que tiveste com o teu animal. - Explicou-me Rodrigo.
- ok.
Aaron vem ter comigo e, entrega-me um caderno de veludo branco como a pele do lobo com letras castanhas, onde se podia ler: O meu Diário Animal. Abri-o, e avancei. Estendi o meu pulso ao lobo e comecei a dizer o poema:

Animal meu
Vem a mim.
Segue a minha voz
Pois estou aqui.

Depois senti uma pequena mordida. Olhei o lobo, tinha o focinho vermelho, o que significava que tinha aceitado. E a minha ferida no pulso estava sarada. Agora, só estava uma linha rosa clara. Tirei um papel do bolso e molhei-o com um pouco da água do lago, e limpei o focinho do meu animal.
Pareci-a que todo o mundo, tinha desaparecido, era apenas eu e o meu animal. Sentei-me na relva, e o lobo veio ter comigo. Deitou-se a meu lado, com a cabeça no meu colo, e eu comecei a fazer lhe festinhas. De repente, senti as emoções do meu animal, ele estava feliz e descontraído. A seguir ele falou comigo por pensamento e eu ouvi.
Tem cuidado com o Erik, porque ele não é quem parece ser.
- Como assim?
Ele um lado maléfico.
- Achas?
Tenho a certeza. Mas não te preocupes, irei ajudar-te.
- Obrigada.
Aquele que te ama de verdade é o Rodrigo.
- Não é nada.
Em breve, perceberás o que digo.
- Em breve.
Queres brincar?
- Claro.
Fiz-lhe umas sossegas. Ele pareceu rir-se, tal como eu. Quando se libertou, lambeu-me a cara, deixando-me toda cheia de baba. Pude descontrair, um bocadinho, antes de voltar à realidade, pura e dura.
Eu sei que a realidade, agora, é dura, mas vai passar.
Abracei o lobo. O seu pêlo era muito fofinho, e estava quase a fazer com que adormece-se. Era como um casaco de peles, fofinho, quente e aconchegado.
- Não me deixes. – Disse-lhe.
Não te deixarei.
Olhei para, Erik que tinha no ombro a coruja, Aaron o morcego e Rodrigo o corvo. Cada um de nós estava no seu mundo.
- Obrigada pela ajuda, Aaron.
- De nada.
- Não queria ser desmancha-prazeres, mas… o teu pai não deveria levar-me para casa. – Comentei eu.
- Tens razão. - Disse Erik. - Pai, podes levar-nos a casa da avó dela?
- Claro, vamos. - Respondeu Marcus.
- Podem esperar, queria despedir-me do Brancura. - Pedi.
- Quem? - Perguntou Erik.
- Brancura, foi o nome que dei ao meu animal.
- Nunca pensei em dar nome ao meu animal. E tu? - Comentou ele com Aaron.
- Não. E tu? - Perguntou Aaron a Rodrigo.
- Nunca.
Adeus. Boas noites e Sonhos bons.
- Igualmente.
Tenho de ir, importas-te?
- Não, vais á tua vida. Adeus.
Adeus e Beijinhos.
Baixei-me, um pouco, e abraçei o Brancura. Depois ele foi-se embora, para trás da amendoeira. Já longe, enviou-me um último pensamento desse dia.
Adoro-te muito.
Quase voltei a chorara, mas não o fiz. Não era fraca, nem queria parecê-lo.
- Também te adoro.
Chama-me sempre que puderes, ou precisares de mim.
- Assim o farei.

Capítulo 20

- E quanto ao controlo pelo sague. Como te alimentas? - Perguntei a Erik.
- Animais.. Coelhos, galinhas, frangos, etc. Não é o mesmo que o sangue humano, mas aguenta-se.
- Diz-se que vocês só morrem com prata, é verdade?
- Depende. - Respondeu-me Rose. - É verdade que a prata nos mata. Mas para isso acontecer é necessário que a pessoa que nos mata seja a nossa alma-gémea. E tem de ser apunhalado no coração.
- Serem imortais, também é verdade?
- Sim. Mas, conforme vamos envelhecendo, começamos a perder a possibilidadde de ter filhos com humanos. E, anteção, que nós vivemos milhares de anos. - Disse-me Aaron.
- Dhampiros. - disse-lhe.
- O quê? - Perguntou-me Erik.
- Nos livros que li, e foram muitos livros, dhampiros era o nome dado aos filhos dos vampiros com humanos, pois eram meio humanos e meio vampiros.
- Nós chamamos Híbridos.
- Então se podem ter filhos com humanos, também podem ter entre dois vampiros?
- Só apartir de uma certa idade. - Disse-me , tranquilamente Rodrigo.
- Como assim?
- Só a partir, dos 100 anos, é que um vampiro pode começar a procriar com a sua parceira, antes é improvavel, mas não impossivel. - disse Marcus.
- É verdade, que quanto mais velho é o vampiro, mais precioso é o seu sangue e mais poderoso é o vampiro?
- Certo. - Disse-me Rose.
- Erik, eu preciso de saber uma coisa.
- O que é? - Perguntou-me ele.
- Quando nós vinhamos a caminho para lanchar, e depois apareceram uma coruja e um lobo. Quando olhei para ti, os tu pareces-te mudar. O que é se passou?
- Cada pessoa tem uma personalidade que a liga a um animal. Por exemplo:
o meu animal éa coruja , porque sou protector e ameaçador. O animal do Rodrigo é o corvo, assossiado á mensagem da morte e á vigilância silênciosa. Aaron é o morcego , porque ele é um vampiro de felicidade e de longevidade. A minha mãe é o tigre simbolo de beleza e inteligência, o pai é o tubarão, pois é corajoso e astuto. Qual era o animal que estava com o meu, ainda á pouco?
- Pelo que melembro, era um lobo. E o lobo é simbolo de sabedoria e cura, e também é muito ligado á familia. Principalmente, ao amor verdadeiro.
- Nós quando precisamos ajuda, chama-mos os nossos animais. E, como tudo não sabes, eu vou ensinar-te. - Disse-me Aaron.
- Obrigada, Aaron. - Disse-lhe. - Pode ser agora? É que estou cheia de vontade de aprender.
- Ok. Vamos lá para fora.
Seguimos todos, novamente, lá para fora. E fomos para perto da amendoeira. Estranhamente, quando chegamos já lá se encontravam, quase, todos oss animais. Aaron foi para trás de mim.
- Fantástico, já cá estão. - Comentou Aaron.
Olhei o lobo branco, estava inquieto e timido como eu. Andava de um lado para o outro, com eu estava a fazer. De repente, vi-lhe no olhar o que eu sintia por aquela familia: amor pelo Erik, esperança de Rodrigo mudar, a amizade pelo Aaron e adoração pela Rose e pelo Marcus. Era como se fosse eu, mas em forma animal.
- É como ver-me a mim, mas em forma animal. - Disse.
- Queres que o teu animal te obedeça? - Perguntou-me Aaron.
- Sim, mas também lhe quero dar liberdade.
- Sensato. E queres onde está e o que faz? - Exclamou Erik.
- Sim, mas quero apenas saber onde está. O que faz, não é da minha conta.
- Muito bem, queremos mais duas respostas. E teram de ser respondidas com sinseridade. - Comentou Rodrigo, á minha esquerda.
- Com certeza. - Respondi.
- Queres ficar vinculada ao teu animal? - Perguntou-me Aaron.
- Sim.
- Tens a certeza? Depois, não á volta a dar. - Disse Erik.
- Sim, quero ser como ele.
- E queres aprender a chamá-lo e a entendê-lo? - Perguntou Rodrigo.
- Sim.

capítulo 19

Acabamos de comer, e fomos todos para dentro de casa. Entramos, pelas portas enormes envidraçadas, e fomos nos sentar nos cadeirões que estavam na sala. Novamente olhei o teto era magnifico.
- É magnifico.
- Pois é. – disse o pai do Erik.
Assustei-me, mas também fiquei maravilhada. Marcus, tinha uma voz melodiosa, suave e leve, como uma pena. Estava sentado, meio, juntamente com Rose, pois era ele o mais velho.
Marcus e Rose estavam a Norte, eu e Erik a Oeste, e Aaron e Rodrigo a Este. A Sul existia uma lareira de mármore preto, muito bonita, que estava acesa. Dava, um pouco de calor á sala e , dificilmente, ao resto da casa.
No meio da sala, havia uma mesinha de madeira, com uma jarra de rosas vermelhas. A mesma cor de rosas que Erik me tinha dado esta manhã.
- Foi daqui que tu tiraste uma rosa, para me ofereceres esta manhã, não foi?
- Como é tu descobriste?! – Perguntou-me ele surpreso.
-Porque é óbvio.
- Está bem, foi daqui que tirei a osa que te ofereci esta manhã. Satisfeita?
- Muito. – Depois de lhe responder, virei-me para Marcus. – Sr. Adrian, eu …
- Marcus. – Corrigiu-me ele.
- Marcus, eu queria saber, porque escolheu Portugal para viver? Melhor. Porquê Alpiarça?
- Porque o meu filho, Erik, sentiu , ao fim de tanto tempo, a sua alma-gémea. E eu decidi, que seria melhor que ele a encontra-se, o mais rápido possível. Ou então … Eu nem quero pensar nisso.
- O que é que te poderia acontecer?
- Diz-se que quando um vampiro, sente a sua alma-gémea ele deve encontra-la e protege-la, até ela ser transformada numa vampira.
- Continua.
- E, se esse vampiro, não a encontrar ou não conseguir proteger, ele pode ficar doente. E em poucas horas, morrer.
- E se, quando o vampiro estiver quase a morrer, e ela aparecer. Ela pode salvá-lo da morte?
- Pode. – Respondeu-me Marcus.
- Não me disseste isso, na primeira vez, que te perguntei, pai. – Disse Erik.
- Não. Porque para, aquilo que a Cris perguntou acontecer, é necessário existir uma coisa. E se isso não existir, ele morre na mesma.
- O que é? – Perguntou, estranhamente, Rodrigo.
- É necessário haver … - Começou Marcus.
- Amor Verdadeiro. – Respondi eu.
- Exatamente. – Disse Marcus. – Se existir amor verdadeiro, entra o humano e o vampiro, o sangue do humano irá produzir um líquido, chamado Hidromel. Pode curar tudo no vampiro, caso ele o beba.
- Tenho outra pergunta.
- Pergunta. – Disse Marcus.
- É possível a mesma alma-gémea, para dois vampiros?
- Como assim? – Perguntou-me Erik.
- Por exemplo: A alma-gémea do Aaron ser a mesma que a do Rodrigo. Entendes?
- Sim. Pai, é possível?
- Sim. – Afirmou Marcus. – Mas, novamente, tem de existir amor verdadeiro entre os três, ou os três podem morrer. Se haver ódio de um parceiro pelo outro da alma-gémea, a alma-gémea pode começara ficar fraca e enlouquecer, ou suicidar-se.
- É verdade, que o Erik pode ler-me a mente, se beber de mim?
- É verdade.
- E, caso beba de ti, posso ler-te a mente, sentir as tuas emoções e encontrar-te onde quer que estejas.
- Altamente.
- E, se tu beberes de mim, podias ficar mais forte, ter mais velocidade, ouvir, sentir e ver melhor.