Estamos no ultimo dia de aulas, e muita malta já
começa a ter ideias para ocupar as suas férias. Uns vão ao Algarve, outros á
piscina municipal. E existe que vá para fora passar férias, que é o meu caso.
Vou a Paris, como tinha dito.
Muitas raparigas disseram-me que era uma sortuda, mas
eu não acredito. Acho que sou um pouco sortuda, mas a maior sorte que tive foi
encontrar o amor da minha vida. Ele é que foi uma grande sorte. Acreditem ou
não, o amor á a maior sorte que existe.
Tal como sempre, Rodrigo veio ter comigo á noite e
passar a noite comigo. Nesta semana, ele tem está eufórico, por causa das
férias que faria com ele. Tem sido difícil acalma-lo, mas eu consegui.
Disse-lhe que se ele não se acalma-se, não iria com ele de férias. E resultou.
No entanto, ele está eufórico e eu estou muito
preocupada. Tenho medo que o resto da familia dele não goste de mim e que o
sonho, com o homem de manto se concretize. tenho tentado não mostrar isso á
frente dele, mas acho que ele já percebeu.
Neste ultimo dia de aulas, Rodrigo pediu, á minha avó
e ao meu pai, se podia ficar a dormir lá em casa. O pai não achou graça
nenhuma, mas com um acordo deixou. O acordo dizia que Rodrigo, se quisesse
ficar, tinha de dormir no beliche da sala. Ele queria muito ficar, por isso,
concordou com o acordo. Ele foi buscar as suas coisas e veio antes do lanche.
Lanchamos e fomos deixar as suas coisas, no meu quarto que estava recentemente
mudado. Tinha duas paredes brancas e outras duas paredes lilases.
Depois, tivemos o resto da tarde a ver TV, até á hora
de jantar. O jantar foi arroz, carne guisada e alface. Estava muito bom, mas a
avó meteu sal a mais na carne, por isso, ficou salvado.
Logo que acabamos de jantar, fomos preparar o beliche
para Rodrigo ir dormir. O pai e o avô foram ao café, e eu e Rodrigo fomos meter
os lençóis para ele não passar frio. Os vampiros não tem frio, mas metemos os
lençóis para fingir.
- Vocês,
vampiros, não tem frio, pois não?
- Não, mas
calor sentimos.
- Isso já eu
sabia. Pelos beijos que me dás.
- Não tenho
culpa. E tens muito sorte por eu me controlar.
- Tu? Tens
controlo?!
- Sim. Se não
me controla-se, já não tinhas sobrevivido até agora.
- Porque dizes
isso?
- Porque eu
tenho o enorme desejo de te provar e, ás vezes, é muito difícil. É verdade que
não me consigo controlar muitas vezes, mas nunca me viste perder realmente o controlo.
- O que
aconteceria?
Quando disse isto, ele chegou-se a mim e puxou-me para
o meu quarto. Sentou-se na cama e fez-me sentar ao seu colo, de frente para
ele. Agarrou-me pelas ancas e olhou-me nos olhos. Os seus olhos estavam
verdes-azulados e as suas mãos muito quentes.
- Se eu
perde-se o controlo completo, tu agora estarias deitada na cama sem uma pinga
de sangue. Estarias morta, numa cama desfeita por mim, entendes? - Disse ele,
muito sério.
- Sim.
- Óptimo.
Abracei-o, sem perceber porquê. Foi uma abraço
confortável e querido. Quando o abraço acabou os dedos subiram até ás minhas
costas e voltaram a descer, fazendo com o top fosse para cima. As mãos dele
deslizaram, por dentro o top e sobre a minha pele.
Ele beijou-me por detrás das orelhas, e desceu até ao
pescoço. Depois os lábios dele mexeram-se do pescoço para as bochechas, até
encontrar os meus lábios. Beijou-me com tanta intensidade, que o meu sangue
ferveu mais quente do nas outras vezes. Beijamo-nos outra e outra vez.
- Devimos parar
... agora ... - Tentei dizer-lhe.
- Tens ...
razão ... mas ... é ... tão ... difícil...
- Eu ... sei
...
De repente, ganhei força e empurrei-o para longe. Saí
do colo dele e sentei-me na cadeira que tinha na secretária. Respirava com
irregularidade e sentia-me a ferver. Queria voltar, mas não podia, pois
podíamos não parar. Ele estava igual e pensava igual a mim.
- Isto chama-se
controlo. - Declarei-lhe.
- Verdade. Se
não tivesse parado, eu não conseguiria parar. - Disse-me ele.
- Eu percebi.
Devia ir preparar-me para ir dormir. - Disse, olhando para o relógio que
marcava 23:30.
- Vou fazer o
mesmo. Até daqui a pouco. - Respondeu-me ele, saindo do quarto.
- Até daqui a
pouco. - Disse-lhe, enquanto fechava a porta, para me vestir.
Vesti-me mais depressa que pensava, por isso, quando
saí para ir para a sala encontrei-o com apenas as calças do pijama. Escondi-me
atrás do sofá, para que ele não me visse, e espreitei.
Era maravilhoso. Os músculos dele eram fortes,
bronzeados e nítidos. Quando a camisola dele deslizou pela pele dos músculos,
um calor percorreu-me. Era uma calor mais quente que o fogo e mais quente que o
próprio sol. Eu queria tanto puder passear mão pelos músculos e senti-los
queimar-me. Queria tanto. Era um desejo mais necessário que a água.
Abanei a cabeça e tentei esquecer o que vira. Voltei
para o quarto sem que ele me visse e fingi que só saia de lá naquele momento.
Ele acreditou, ou pareceu acreditar, pois ele olhou-me como se soubesse que era
mentira, mas passou-lhe depressa o olhar.
Despedi-me dele e fui dormir a primeira noite sem ele
a abraçar-me. Dormi bem, pois tenho a certeza que ele me veio ver, enquanto
dormia. Não sonhei ou acordei a meio da noite. O que foi bom.
De manhã tomamos o pequeno-almoço juntos e depois do
almoço ele ajudou a escolher a roupa para levar para a viagem. Há noite, ele
voltou para sua casa e não pode vir ter comigo, pois tinha de fazer ele a mala
para a viagem, pois na segunda - feira partiríamos para Paris.
Domingo fui e vim da minha mãe, e logo que cheguei fui
dormir, pois tinha de estar acordada muito cedo para amanhã.
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