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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Capítulo 15

Depois de me dizer aquilo, largou-me o braço e foi se embora. Foi se embora, com um ar de triunfo e prazer estampados no rosto. Parecia que aquela situação lhe dava muito prazer. Como se o sofrimento, tanto meu como do irmão, lhe agradavam. Seria aquilo possível?

Sim. Pelos vistos sim. Não precebo como é que ele conseguia, eles eram irmãos, sangue do mesmo sangue. Mas para Rodrigo, nada disso lhe importava, a única coisa com que ele se importava era em torturar-me. Tal como em muitos filmes, ele agora começa com um pedido simples, para depois me pedir algo mais complicado. E sabesse lá quando, é que irá parar a chantagem.

Eu tinha de fazer alguma coisa! Mas o quê? Não sei, mas tinha de pensar e falar com alguém para me ajudar. Logo que puder tratarei disso.

Pus-me a caminho, para não dar nas vistas e, para ver se este dia acabava mais depressa. O caminho parecia mais malévolo e assusador, do que alguma me pareceu. Quanto mais me aproximava da pequena casa, mais sentia o olhar gélico de Rodrigo e o olhar caloroso de Erik em mim. Arrepiei-me.

Subi as escadas normalmente, como se nada tivesse acontecido, e sentei-me ao lado de Erik e em frente de Rodrigo. Mas que pouca sorte. Tentei, não olhar para a frente, mas não conseguia. Estava quase a olhar para Rodrigo nos olhos quando Erik me distraiu, com a revelação.

- A Cris já sabe. - Disse ele.

Tudo parou. Os pais dele pararam de comer bolachas para olharem para mim, exclusivamente para mim. Era desconfortável, sentia que a anormal ali era eu. O olhar era carinhoso, mas também piedade. Eu não queria que tivessem pena de mim, pois isso fazia-me sentir fraca e inferior aos outros. E eu destestava sentir-me assim.

De repente, apareceu um rapaz. Era igualmente bonito e alto. Tinha cabelos castanhos caramelo e olhos castanhos esverdeados. Fazia lembrar os olhos de um gatinho. Podia ser primo deles. Só podia ser isso, porque Erik disse-me tinha apenas um irmão, Rodrigo. Sentou ao lado de Rodrigo, fazendo-me olhar para ele. Rodrigo olhou-me, e estranhamente, com um olhar triste, preocupado e compriensivo.

- Este é o nosso primo Aaron. Ele é filho da tia Madeleine e do tio Daniem, que se encontram fora. Foram fazer umas férias á Russia. - explicou-me, idiota, do Rodrigo.

- Muito prazer. - disse-lhe eu.

- Igualmente. - respondeu-me, para depois virar-se para Erik. - É esta a tua espantosa melhor amiga?

Fiquei boquiaberta. Ele já tinha falado dela aos primos. O modo como ele perguntou, fez-me preceber que era uma pessoa de confiança, e não um fingido.

Erik ficou, um pouco, corado. Tão corado como um morango, mas continuava adorável. Ficou assim algum tempo, por isso, pensei em responder.

- Sim, eu sou a sua espantosa melhor amiga, e recentemente namorada.

- Avançado! - Disse Aaron. - Então, tu já sabes o que nós somos?

- Sim. - Exclareci. - Erik contou-me á pouco tempo.

- Ufa! É que estou farto de fingir. E bem-vinda á familia maluca vampe.

- Obrigada. - Agradeci. - Adoro o teu nome, Aaron.

- Também eu. - Comentou ele. - Já agora, tens alguma amiga que quera namorar um vampiro?

- Aaron! - Repreendeu Rose.

- Não faz mal. E por acaso até tenho.

- Que bom. Como se chama?

- Vanessa. E atenção, ela é a minha melhor amiga, por isso, trata-a bem senão teremos problemas.

- Não se preocupe. Tratarei bem sua melhor amiga. - Disse ele. - E ainda bem que sabes a verdade.

- É, ainda bem que sabes. - Comentou Rodrigo. - E que não escondes nada, certo?

- Sim, porque eu ao contrário, de certas pessoas, sou honesta. - Respondi-lhe para o abafar e fazendo um olhar indicador para ele, quando dizia "certas pessoas".

- Não te importas com o que nós somos, querida? - Perguntou Rose.

- Não. - Respondi eu e expliquei logo a seguir. - Porque ... sempre fui fascinada pelo sobrenatural. Eu li-a, e lei-o, livros de ficção, vi-a filmes e series sobre isso; e ouvi-a sempre os relatos de coisas anormais que aconteciam por aí. E agora ... bem ... tenho uma das criaturas sobrenaturais, para mim, mais espectacularesdo mundo. - Respirei fundo e continuei. - Não digo isto só porque, o meu namorado é um vampiro, os meus novos amigos também ou porque a sua familia é vampe, também. - Virei-me para Rose e declarei aquilo que me ia no coração. - Eu amo esta familia!

- Oh! - Disse Rose. - Nós também te adoramos como familia.

- Obrigada.

- Não tens de agradecer. - Disse Erik.

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