Capitulo 28 - O
Beijo entre Amantes
Depois da conversa, um pouco demorada, com a Nessa o
dia passou a correr. As aulas começavam, e de repente, já estavam a acabar. As
aulas da manhã, finalmente, acabaram.
Desta vez, eu é que fiquei á espera. Mas que inferno!
Eu estava esfomeada e eles não se despachavam. Rodrigo acabou primeiro do que
Erik. Estranho, porque Erik era sempre o primeiro. Tive de falar, senão nunca
mais iria comer.
- Erik, não
quero ser má, mas... Despacha-te! Estou a morrer de fome.
- Mano,
concordo com ela. - Disse Rodrigo.
- Vão andando,
que eu já vos apanho. - Disse o Erik.
- Tens a
certeza? - Perguntámos eu e Rodrigo.
- Absoluta.
Eu e Rodrigo fomos andando para fora da escola. Pelo
caminho, ás escondidas, eu e ele fomos de mãos dadas. Era fenomenal, nada comparado
quando eu e Erik andávamos de mãos dadas.
Andar com Rodrigo, mesmo ás escondidas, era mais
apaixonante, querido e completamente diferente. Tinha a sensação de estar a ser
observada, não por Rodrigo, mas por outra pessoa. Olhei para trás discretamente,
e não vi ninguém, por isso, cheguei á conclusão de que estava a imaginar.
Mesmo antes de chegarmos a minha casa, ele fez-me dar
meia volta para ele. Abraçou-me e olhou para mim olhos nos olhos. Tinha os
olhos brilhantes, como estrelas.
- Amo-te. -
disse-me ele, de repente.
- Eu sei. Eu
também te amo.
Pôs a mão na minha bochecha, e a outra na cintura, e
deu-me um beijo. O beijo foi muito apaixonado, mas de pouca duração. Ainda no
beijo, senti as presas dele crescerem, por isso, parei o beijo. Ele sorriu-me,
mostrando as, bonitas e afiadas, presas.
- Encolhe-as! -
Disse-lhe alarmada.
- O quê?
- As presas
cresceram.
- Ah! Ok,
espera um pouco.
Ele abriu os olhos, e como se tivesse lido os meus
pensamentos, respondeu ás perguntas que eu estivera a pensar. E, se calhar, leu
mesmo os meus pensamentos.
- Não voltará a
acontecer, ninguém vai descobrir e tu não farias nada.
- Tu lês-te os
meus pensamentos?
- Talvez.
Deu-me mais um beijo e foi-se embora. Abri a porta e
fui almoçar rapidinho, porque tinha a aula de EV. Logo. depois do almoço, fui fazer a mala para
a aula. Era necessário tanta coisa, que eu perdi a conta.
Enquanto fazia a mala, pensava no caminho para casa
com Rodrigo. Tinha sido tão bom, eu sentia-me com em paz de alma. Ficava mais
descontraída e parecia que todo o mundo desaparecia. Éramos apenas eu e ele, e
tínhamos tudo o que desejaremos.
Saí de casa. novamente, para a escola. A meio do
caminho, encontrei Erik e Rodrigo, que vinham a sair do Mercedes branco do pai.
Corri até eles, e cumprimentei o pai deles, que ficou muito feliz por me ver.
Depois fizemos o resto do caminho para a escola. Tocou
logo quando nós entramos na escola. Fomos directos para a sala, e enquanto
esperávamos conversamos sobre os testes. A prof. Bebé apareceu, pouco depois.
A prof. falou que esperava melhores notas e que para a
próxima faríamos melhor. A Patrícia, delegada de turma da nossa turma, foi
entregando os testes, com a ajuda da Vânia, a Ana e o Vasco.
Tive boa nota, por isso, fui ver o teste, até chegar a
uma pergunta que perguntava quais as cores primárias que juntas faziam verde.
Virei-me para trás e perguntei aos rapazes se eles também tinha a pergunta mal,
como eu.
A seguir, ele fechou os olhos, como se ele estivesse a
concentrar-se. Tão depressa como apareceram, as presas desapareceram. Aos
poucos as presas foram encolhendo até desaparecerem. Isso fez-me descontrair.
Já não havia o problema de alguém vê-las. Pelos agora. E se voltar a acontecer?
E se descobrissem? O que é que eu faria?
- Não, eu tenho
a pergunta bem. - Disse-me o Erik.
- Eu também
tenho a minha certa. - Concordou Rodrigo.
De repente, a prof. perguntou-me se eu tinha a
pergunta 9 ( era a pergunta que eu tinha mal e que eles não tinham) tinha
escrito azul e amarelo. Eu estupidamente respondi:
- Não, tenho
amarelo e azul.
Depois percebi que não tinha muita diferente, e que
todos se riram, até a prof. achou piada. O resto da aula foi assim, divertida,
mas quando cheguei a casa a piada foi outra.
Quando cheguei a casa, descobri que estava ninguém e a
porta de casa estava fechada. Procurei a chave na mala, na esperança que ela lá
estivesse, mas não havia chave nenhuma. Lembrei-me que a tinha deixado no
quarto, logo, não tinha como entrar em casa. O que podia eu fazer? Chamar a
vizinha? Ficar em casa de alguém? Talvez. Mas em casa de quem? Os rapazes!
Porque não me lembrei deles?!
Pus-me a caminho, pois a casa deles ainda ficava,
ligeiramente, longe. Começara a escurecer, enquanto eu caminhava para casa
deles. Quando lá cheguei já era noite.
A lua era cheia, no profundo e bonito céu estrelado, e
estava muito brilhante, como um grande diamante divino. Ouvi uma coruja. O som
que fazia parecia maquiavélico e frio, em vez de inofensivo. O vento
levantou-se fazendo assobios quando rosava nas janelas e ramos das árvores, e
os cães começaram a uivar. Não havia carro ou pessoa a passar por ali, era como
se tivessem sumido para outro planeta. No apareceu um relâmpago enorme que
chegou ao chão, ou pareceu chegar ao chão.
Abri o portão, que estava destrancado, e corri para a
porta. Toquei na campainha e durante 10 minutos ninguém me respondeu. Logo,
sentei-me no chão e enrolei-me, como uma bolinha. Estava assustada, e começava
a achar que havia ninguém em casa e que aquilo tinha sido má ideia.
Eu podia ter esperado, mas não.... Eu tinha de me
lembrar de vir para aqui! Talvez, devesse voltar para casa, afinal, não estava
muito escuro. Eu a acabar de dizer isto, e uma nuvem, vinda não sei de onde, se
meteu em frente á lua. Que nervos! Raios parta, mais á nuvem! Depois a Rose,
apareceu á porta.
- Boa noite! Em
que ... - Começou ela, até me ver. - Oh, querida. Queres entrar?
- Por favor. -
disse-lhe, um pouco com medo. - Quer dizer. Posso entrar?
- Claro.
Estávamos a começar a jantar.
- Oh! Não
queria interromper.
- Não
interrompes. Até fazes companhia a nós e jantas. Pode ser?
- Eu vim para
aqui, porque a porta da minha casa está fechada e eu não tenho chave para
entrar. - Expliquei a Rose, enquanto caminhávamos pela sala para chegarmos á
cozinha. - Mas, se a Rose, insistir eu fico.
- Eu insisto.
Mas vamos primeiro, avisar alguém que está aqui.
- Tem toda a
razão. Tem um telefone?
- Sim, na
cozinha.
Depois, em vez de virarmos á esquerda para a sala de
jantar, fomos para a porta da direita para a cozinha. O telefone estava na
parede ao lado da porta, liguei para o pai. Ele atendeu logo.
- " Quem
fala? "
- Sou eu, pai.
- " Onde
estás? "
- Em casa do
Erik. A porta estava fechada e eu não tinha chave, por isso, vim para casa
dele, enquanto esperava que me viessem buscar.
- " Podias
ter ficado com a vizinha Gabriela. "
- Não me
lembrei, desculpa.
- " Agora,
vem para casa. "
- Mas os pais
do Erik queriam que eu janta-se com eles.
- " Isso é
pedir muito. "
- Não. A Sr.
Rose diz que não.
- "
Deixa-me falar a Sr. Rose. "
- Está bem.
A Rose estava ao meu lado, por isso, foi muito rápido.
Estiveram a falar um bocado, mas não me importei, porque a Rose tinha-me dito
que faria de tudo para eu ali jantar. Era bom os pais darem-se bem, significava
que nos deixavam namorar. Mas, provadamente, que eu e Erik iríamos acabar,
porque o meu verdadeiro amor era Rodrigo. O rebeldemente amoroso Rodrigo.
O telefonema acabou e eu olhei para Rose. Tinha os
ombros descaídos, os olhos tristes, os lábios sérios e a cara abatida. Percebi
logo, eu não iria ficar para jantar em casa. Que treta! Bolas para isto!
De repente, a Rose começou a rir, um riso cheio de
animação. Olhou para mim e disse:
- Parece que
alguém vai ficar para jantar, e para dormir aqui.
Abracei-a e respondi-lhe cheia de felicidade:
- A Rose é a
maior.
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